Capítulo 18: Surreal

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Continuaram juntas no jardim, a conversa fluia naturalmente, existia confiança que mesmo em pouco tempo, estava forte, não tinham medo de falar nada, risadas eram soltadas sem exitar.

  Maraisa iria no dia seguinte para mais um show em outra cidade, ficaram algumas horas por ali, estava madrugada e a cantora precisava retornar ao hotel. O silêncio no carro era aconchegante.

Maraisa: "Não quer subir comigo? Fica aqui hoje, por favor, quero ficar mais um pouco com você."- Olhou diretamente aos olhos da mais nova enquanto acariciava o lado de seus lábios.

S/N ouvindo a sua cantora a chamando para ficar com ela, aceitou. Não iria negar que queria sua presença.

Na cama do quarto havia uma cesta de boas vindas, nela tinha vinho e alguns aperitivos, as duas no momento se encontravam na varanda. A varanda, o lugar onde elas tem uma certa ligação.

A noite quente cala, três taças de vinho haviam tomado, e foi assim.

S/N observava cada detalhe, cada movimento, via arrumar o cabelo, amava cada coisinha da outra, mesmo ela não imaginando o quanto. Falava baboseiras para agradar enquanto sentiam a brisa, amava ver o sorriso que ela dava a cada palavra dita. Carícias e beijos eram trocados, se sentiam bem e seguras ali, na bolha delas, apenas elas e para elas.

As promessas que cada uma haviam falado em suas conversas vieram a tona, o desejo avassalador invadia o clima, o beijo a cada toque estava ficando mais intenso, sabiam o que iria acontecer em seguida.

A voz da cantora saiu arrastada enquanto dizia

"Esse é o momento em que você me diz e demonstra todas as coisas que me prometeu S/N, cada coisinha, quero ouvir diretamente de você, querida."

Sua mão passeava, conhecendo cada pedaço do seu corpo, o beijo foi tirando todo o ar das duas, ao separar, a mais velha puxa a outra para o quarto.

Destrinchou seu corpo, luzes apagadas porém não tinha escuridão, as luzes da rua chegavam fracas ao quarto, deixando tudo perfeitamente atraente. O tempo passava ali como nos relógios de Dali, o tempo era distorcido para ambas.

Cada toque era enlouquecedor, o beijo era quente, desejo era cítrico e ardente, roupas ao chão e mãos aos corpos, coração batia descompensado.

Beijos iam descendo acompanhando o passeio de suas mãos pelo corpo da cantora, era tão fácil a amar por completo. A cada parte nova conhecida, s/n citava detalhes do que queria fazer, ver a cantora na sua frente totalmente entregue a fazia pensar e falar coisas ao além do que sentia, desejos obscuros rodavam sua cabeça.

Gestos faziam a cantora perder o fôlego, cada toque a fazia arrepiar,a boca em seu corpo era como um raio eletrizante entrando em suas veias. S/n estava a fazendo esquecer quem era, ali se encontrava Carla, não existia Maraisa famosa, ali era ela de corpo e alma, gemidos viravam músicas e o desejo era surreal, elas se encaixavam perfeitamente.

No calor dos seus corpos se entregaram, podendo ouvir palavras desconexas e gemidos de satisfação. Não eram mais desejos oníricos.

Tinham conhecido cada lugar de prazer encontrado nesse jornada de amor, sabia satisfazer uma a outra e não esqueceriam nenhum detalhe daquele momento.

A noite foi em claro, corpos derretendo o tempo, o corpo e o coração, sobrando enfim o acalento ao fim do amor, dormiram juntas, abraçadas depois de um beijo calmo de boa noite, não era necessário mais nenhuma palavra.

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Boa noite amigoxx

Coração Em Sintonia-Maraisa e S/NOnde histórias criam vida. Descubra agora