Day 31 - Finale

110 9 18
                                    


Narrador P.O.V.

Rosé entrou no carro com uma sensação ruim, as horas que passara naquele café esperando e tentando se concentrar para o que estava por vir pareceram uma eternidade, sua cabeça girava e girava e tudo acabava em Lalisa.

Ela não entendia muito sobre o amor, afinal desde os 11 anos ela deixou de acreditar que existia a possibilidade de alguém acreditar nela e amá-la, não sabendo de tudo que aconteceu, como alguém poderia amar alguém que foi acusada de matar um bebê? A Insanidade mental era seu destaque mais peculiar que dominava o topo de doenças que a garota teve associada a ela.

Como alguém poderia amar alguém assim? Como alguém seria capaz de acreditar que aquilo era lorota porque nunca conseguiram identificar de fato algum problema mental na garota? Lalisa só poderia estar ficando louca, mas Rosie teria que ser sincera e admitir que no fundo ela só tinha medo de sentir a mesma coisa, afinal, esse tempo em que esteve investigando tudo às escondidas ela se encantava com cada ato da garota, os detalhes é que lhe fodiam.

— Por que eu sinto que você está tão aérea, Rosie? Não deveria estar concentrada no que vamos fazer?

— Hum? Ah, só estou nervosa Noodle, vai ser a primeira vez que eu a vejo depois de anos.

— Está com medo dela?

— Eu não sinto medo, Miyeon. Não mais, não depois de tudo que passei naquela clínica.

— Bom, deve ser por isso que você é tão durona assim, certo? Vai ficar tudo bem, Rosie meu amor, tudo se resolve hoje.

— Espero que sim.

...

Enquanto isso, no barracão, Chaeyoung tentava a todo custo não parecer nervosa, ela precisava seguir o plano, a única pessoa em que ela podia confiar era Miyeon, afinal foi ela quem a ajudou desde sempre, desde aquele dia em que tudo mudou.

~Flashback on~

— Noodle, você tem certeza disso?

— Sim, a gente precisa dar um susto no bebê, só assim ele para de chorar, foi o que a mamãe disse.

— Mas a Rosie não vai deixar a gente fazer isso, e tem a Alice, o que faremos com Alice?

— O plano é o seguinte, eu e você iremos usar essas máscaras, e vamos vestir a mesma roupa que Rosie está usando, então eu assusto Ali primeiro e faço seus pais saírem de casa com ela, depois você dá o suco com sonífero para minha mãe e assustamos Rosie e a bebê.

— Mas ninguém vai se machucar, certo? Não quero machucá-los.

— Eu já te expliquei Chae, às vezes as pessoas se machucam mas é porque elas merecem, hun? Só quem merece se machucar vai se machucar.

E o plano saiu como previsto, não por Chaeyoung, mas sim por Miyeon. Ela conseguiu se passar por Chae e agredir Alice, que teve que ser levada ao hospital, adultos fora de casa. O segundo passo foi simples, o suco não tinha nada dentro, a babá sabia e queria ver o que a criança era capaz de fazer.

Depois de várias tentativas de convencer Chaeyoung a cumprir sua parte no plano, Miyeon prendeu a garota no armário, fez o que foi necessário e jogou a culpa na outra garota, contando uma versão própria para a pequena Chae que confiou cegamente na amiga após ver a irmã segurando a bebê sem vida.

Existem muitos tipos e vertentes da maldade no mundo que podem ser as mais cruéis e inacreditáveis, mas o que aquela garotinha fez com um bebê tem algo pior do que toda a maldade do mundo, a covardia de fazer mal a um ser indefeso, e aquela pequena garotinha carregava algo destrutivo dentro de si, a vontade de ver as pessoas sofrendo em suas mãos era tanta que até sua mãe questionava se ela era realmente humana ou era alguma filha perdida de Lúcifer.

O Assassino Pode Ser Você - especial de Halloween ChaelisaOnde histórias criam vida. Descubra agora