6 0 0
                                    

"Todas as minhas dúvidas foram esclarecidas, mas, ainda se houvesse um jeito, eu claramente renunciaria, muitos problemas podem surgir" 

Fim da manhã

 Os dois saíram correndo casa de Cornélio com o intuito de retornarem a escola e consequentemente a aula antes que fosse descobertos. Entretanto, ao chegarem um dilema, o muro.

- Essa não, e agora? - diz Antônio.

Antes haviam conseguido por conta do auxílio da árvore no lado de dentro, agora não tinha quase nada que pudesse os ajudar. Diante dessa situação, Laura tenta se concentrar e usar seus poderes.

- Laura... - a adverte com medo que tivesse alguém olhando.

- Vem! - diz já acima do chão.

- Mas você não consegue me levantar...

- Eu posso tentar...

Ela pega as suas mãos e apoia-se em seus pulsos, o levantando, com dificuldade - Ai... - não aguentava o seu peso. Certo momento ela o solta, porém, ele consegue se apoiar no muro, ela pousa e novamente com o auxílio da árvore, ele desce. Ao tornarem de frente, dão de cara com o diretor.

- Tio Edmundo! - falou Laura espantada.

- Os dois já pra diretoria - disse num tom de aviso.

- Mas tio.... - ela tenta.

- Sinto muito, mas, vou ter que chamar seus pais.

*****

- PULANDO MURO! FICARAM LOUCOS!?

- Calma Catarina, também não precisa gritar assim com eles - Petruchio tenta amenizar as circunstâncias.

Ela respira fundo, e concluí: 

- Porque fizeram isso?

Dessa vez, Laura não tinha nenhuma desculpa pra dar.

- Respondam! Porque que fizeram isso?

- A-ah... - tenta se explicar - Hora mamãe... - nisso acaba falando a primeira coisa que veio em sua mente - Minhas regras vieram... e eu não podia ficar na escola assim! - disse em sussurros para mãe.

- Ah... - pareceu se sensibilizar - Mas, precisava pular o muro?

- Foi o desespero! Não estava preparada...

- Antônio, porque você foi com a sua irmã? - ela o questiona.

- E... Eu não podia deixa-la sozinha!

- Mas e o seu irmão?

- O Júlio sabe se virar!

- Que!? - diz o garoto que também estava na sala, pois o horário havia acabado.

- Bem, como tudo já está resolvido deverei dá-los uma advertência, porém, se acontecer novamente terei que suspende-los - disse Edmundo.

- Me desculpe Edmundo, tenho certeza que não irá, pois se acontecer, OS DOIS, tão me ouvindo? OS DOIS FICARÃO DE CASTIGO, E EU NÃO VOU QUERER SABER DE NADA!

Herança de sangueOnde histórias criam vida. Descubra agora