Nos últimos dias estive vivendo no automático, apenas a dor, a angústia e a necessidade de cumprir uma rotina davam movimento ao meu dia.
Havia muita escuridão, silêncio, solidão, medos e "porquês". Mas não havia nenhuma resposta sequer que me motivasse a continuar vivendo essa vida de lutas sem vitórias.
Até que ouvi sua voz e como quem acorda em cima de uma maca de hospital, depois de ser reanimada, foi assim que me senti.
Assustada, perdida, mas descontroladamente desperta e com a sensação de que preciso resolver algo com urgência, preciso ir á um lugar, alguém me espera e não posso perder tempo.
Mas quem? Aonde?
Meu peito dói como se uma fina espada estivesse ultrapassando meu corpo de um lado a outro.
Lembro da noite escura, da longa estrada onde estávamos juntos. Não havia luz, apenas as estrelas, o mistério infinito e os nossos corpos unidos num abraço quente de quem encontra a outra parte há tempos separada.
Ouço meu nome, desperto novamente. Era um sonho...lágrimas...será que um dia vamos nos reencontrar?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu Inferno Astral
Non-FictionMinha Coletânea de Gritos Silenciosos. Quem sabe um desses pode ser o seu?