3- Álcool

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me espreguicei ouvindo minhas costas estralarem, arregalei os olhos com medo de ter quebrado alguma coisa mas nada aconteceu, apenas estava em uma posição torta.

olhei para Kyle que estava acordando como eu, ele olhou para a minha cama, como não me viu lá olhou para o sofá- você dormiu no sofá- ele perguntou- sim, aparentemente- disse- cacete, Stanley!- ele fala e eu fico confuso- você sabe o quão faz mal dormir num sofá?- ele fala- não?- digo e ele suspira- porra, Stan- ele se levanta e vai ao banheiro.

meu cabelo com certeza estava todo desarrumado, minha roupa amarrotada, costas doendo, pareço um mendigo.

a gente começou a ir em um café perto da universidade de manhã, a comida e as bebidas são simplesmente maravilhosas e o lugar é bem agradável, ir lá de manhã é uma sensação muito boa, ainda mais estar com uma pessoa que você gosta.

mudei de roupa e fiquei mexendo no celular esperando Kyle sair para eu poder entrar.

depois de um tempo ele saiu e eu entrei, lavei meu rosto, meus dentes, penteei meu cabelo, etc. me olhei no espelho e parece que não dormia há dias, olheiras fundas e olhos levemente vermelhos, sempre tive olheiras, mas estavam um pouco mais fundas que antes. saí do banheiro e vi Kyle pegando no celular e na carteira e colocando no bolso do casaco marrom claro que estava usando.

peguei meu celular e minha carteira também- vamos?- perguntei e ele assentiu com a cabeça.
saímos do dormitório vendo alguns adolescentes já acordados conversando ou sozinhos. quando saímos da universidade fomos em direção à cafeteria.

estava frio, era um frio agradável, as ruas estavam vazias por ser um sábado de manhã e o sol ainda não tinha nascido por completo, era confortável estar ali com ele.

- como estão as suas costas?- ele pergunta quebrando o silencio- só doem um pouco quando eu viro- respondo- mas tá melhor do que quando eu acordei - digo e ele não diz nada, ele normalmente nãos fala muito de manhã.

depois de uns 5 minutos andando chegamos na cafeteria, entrámos e pedimos a nossa comida, eu pedi um bolinho de mirtilo e um café puro e Kyle pediu um bolinho de framboesa e um café com leite.

nos sentamos de frente para o outro em uma mesa perto da janela.
ele ficou ali, olhando para a janela, sinceramente, não sei oque as janelas têm que eu não tenho. provavelmente serem de vidro, mas vamos ser justos, sou mais bonito que uma janela, por favor.

-a festa do Clyde é que horas mesmo?- pergunto- começa ás 23:00- ele responde agora olhando pra mim.
a comida chegou e comemos- me dá um pedaço- pedi- ai que ódio- ele disse e me deu o bolinho, sorri e mordi um pedaço pequeno- caralho que bom, mas o meu é melhor- disse- que mentira- ele disse- me dá o seu- ele pediu e eu dei, ele mordeu um pedacinho- bora trocar?- ele falou e eu ri- eu falei que era melhor- eu disse. ele ignorou e comeu o seu- nem tanto- ele falou dando um gole no café. nunca vi uma pessoa com um orgulho tão grande, ele odiava estar errado e mesmo se estivesse não admitiria.

voltamos para a universidade, eram 08:04 quando chegámos, achei Kenny pelo caminho- oi Kenny- disse- oi Stan, oi Kyle- ele disse sorrindo, Kyle apenas fez um "tchauzinho" com a mão- você vai a festa do Clyde hoje, né?- Kenny perguntou se encostando a um armário atrás dele- uhum- disse- e o Kyle tbm- disse com um sorriso- o Kyle?!- ele disse arregalando os olhos- caralho!- ele disse- só vou por causa desse gay- Kyle disse e apontou pra mim. Kenny soltou uma risada pequena- acho melhor mesmo, ele sozinho já é um perigo imagina depois de uma festa, todo bêbado, desnorteado, não conseguir dizer uma palavra e quase sem conseguir andar- Kenny fala- para, nem fico tão mal assim- disse tentando me defender sabendo que era tudo verdade- pois não, você fica horrível, ainda mais a ressaca que você tem no dia seguinte- Kenny fala e eu apenas reviro os olhos.

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