𝘊𝘩𝘢𝘱𝘵𝘦𝘳 2

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Inglaterra, Londres - um ano atrás

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Inglaterra, Londres - um ano atrás

Samantha Adams

  Fiquei duas semanas sofrendo pelo desgraçado. Me trancava no quarto e chorava até soluçar, e acordava pela manhã com os olhos inchados. Colocava músicas tristes pra me deprimir e comia besteiras sem parar. A dor foi insuportável.

  Eu sabia que, enquanto estava ali morrendo, ele estava do outro lado do quintal fodendo sua nova namorada. E ele nem se quer entrou em contato. E eu esperei. Esperei uma mensagem, uma ligação, um áudio, qualquer merda. Mas nada.

  Um dia vi ele online e me humilhei ao mandar mensagens. Falei que sentia sua falta, que o amava amargamente e que eu o desculpava. Ele visualizou e não respondeu. Aquilo doeu tanto. Você acha que é importante para a pessoa mas não passa de uma ilusão. Foi um tapa na cara bem dado. Mas passou, no fim tudo passa, não é mesmo?

  E depois dessas semanas dolorosas, estava eu em um dia ensolarado jogando tênis na quadra quando meu pai apareceu todo alegre. E foi umas das poucas vezes que o vi vestido de roupas informais. Com uma bela camisa Tommy Hilfiger cor de pêssego e uma calça social branca, ele carregava consigo papéis e vinha em minha direção, pronto para dar um recado.

— Sam. — ele me chamou do lado de fora da quadra, enquanto retirava seus óculos Ray Ban do rosto bronzeado. Deixei a raquete de tênis em cima do banco e fui ao seu encontro.

— Oie pai. Tá bonitão em. — lhe dei um abraço aconchegante. — O que são esses papéis?

— Bom... nessas semanas andei conversando com Julian, meu corretor. E pedi à ele para pesquisar apartamentos pelo centro da cidade. — meu pai deu uma pausa dramática.

— E aí? — meu coração pulava ansiosamente pela notícia.

— Ele encontrou um, no centro. Do jeito que você queria. — seu sorriso se alargava pelo rosto. — Fechei contrato de compra hoje. Está aqui seus papéis.

— Aí, não acredito. — berrei em seus ouvidos, eu pulava de alegria como uma criança que acabou de ganhar um brinquedo dos sonhos. Mas no caso, meu brinquedo era um apartamento novinho em folha. — Obrigada, obrigada, obrigada. — agarrei meu pai em um abraço agitado. — Quando posso me mudar?

— Aí é você quem sabe. — Papai me entregou os papéis e recolocou os óculos escuros. — Tenho uma conferência online agora, querida. Estarei no jantar.

  Meu pai saiu e me deixou ali, no ápice da alegria. Finalmente o que eu mais queria eu havia conseguido. Independência. Conquistar algo que sempre quis foi uma das melhores sensações que eu poderia sentir. E eu finalmente entendia meu pai.

𝐌𝐑. 𝐌𝐀𝐒𝐊𝐄𝐃 | 𝙻𝚘𝚗𝚍𝚘𝚗Onde histórias criam vida. Descubra agora