Chad odiava o modo desprezível como Loen se referia a Galeine, sua pronúncia tão cheia de maldade e sua passividade de suporta - lá por sentir seu ego alimentado, era trágico o quanto se conformava com pouco, sabia que a morena havia ouvido, e ainda que tivesse conseguido colocar para fora Loen depois de cuspir o quanto estava farto de sua presença ela já não estava mais lá quando a procurou, somente havia ele e o silêncio.A deixou com lágrimas nos olhos, e com um longo dizer que nunca seria ouvido por ninguém. Os prós e os contras, também há fazia reconhecer que Grabber não a machucou e que aquela não era a intenção dele, mas não queria ver qual seria a sua reação se decidisse não voltar.
Aquilo para ele funcionava como um teste, caso estivesse tentando subestimá-lo, não havia nada que quisesse e que não conseguisse, em relação a ela, era tentador demais deixar - la escapar, somente para vê-la resistir mais uma vez, vê - la desobedecê-lo. Ele era como o vento, jamais percebido, sagaz e ágil como uma raposa e seus silenciosos passos em direção à sua presa.
Incrivelmente um fantasma, onde nenhum olho o enxergava, onde estava acostumado a ser mais esperto e tirar vantagens, aprendeu muito com a própria mente criativa e ao mesmo tempo doentia. Sabia sempre o que fazer, qual caminho o levaria mais rápido até seu objetivo, seu lado egoísta sempre o direcionando para o que agregaria algo, que lhe fosse satisfatório, nem sempre material, podia ter o que quisesse, era apenas pegar.
Grabber havia aproveitado para comprar algumas coisas antes que a escuridão tomasse conta, não era um problema entrar com a máscara no pequeno mercado onde algumas crianças se encantaram com o que achavam ser uma fantasia. Caminhando em direção ao veículo para guardar as sacolas das compras, um dos moradores que havia ficado sem vaga para estacionar devido ao furgão ter ocupado a última, aproximou - se enquanto dizia:
- Aí cara! - o timbre arrogante, facilmente foi notado por Grabber - Será que dá para você tirar essa droga daqui logo? - gesticulou com os braços, Grabber o olhou com a tranquilidade que o homem não tinha para leva - lo ao extremo de seu nervosismo - Eu estou cansado meu amigo, trabalhei o dia todo e você está me atrapalhando. Está ouvindo o que eu estou falando? Você é surdo? Doente?
Imóvel, Grabber permaneceu parado alguns segundos, como se não o estivesse vendo, ignorando as provocações, abriu a porta do furgão colocando as mesmas sacolas dentro do veículo, sentindo seu desdém, o homem prosseguiu, aproximando - se enquanto Grabber permaneceu calado, de costas, ajeitando as sacolas no banco:
- Eu estou falando com você, seu.... - pesou a mão direita na nuca de Grabber com a intenção de trazê - lo
para trás e fazê - lo continuar ouvindo suas queixasAo sentir ser tocado, ele se virou mais rápido que o homem pode esperar, usando o braço esquerdo para empurra - lo contra o furgão, e manter a mão em seu pescoço consumido pela gordura do sobrepeso, surpreso com a reação e reflexo, o homem levantou as mãos como quem não queria briga, depois de tê - lo instigado e o levado aquilo.
Irritado, Grabber o encarou, controlado a respiração para que o mesmo não se sentisse capaz de desequilibrar alguém, muito menos ele, o silêncio ao redor, era a segunda coisa que o incentivava a dar a ele um final lento e discreto. Retirando o cinto que prendia a calça social do homem, Grabber o ouvia questiona - lo sobre o que estava fazendo:
- Está vendo isso? - usando um pouco mais de força para enforca - lo, agora sim via sua pele envermelhar pela dificuldade de respirar, levantou a fivela, mostrando a ele, a mantendo bem próxima de seu rosto - Você vai morrer mais rápido do que vou rasgar seu estômago com isso
- O que? Você está maluco? Quem é você? - o homem temia a ameaça porém, ainda demonstrava a valentia que não serviria de nada, Grabber o encarou com os cristais de seus olhos azuis claros, iluminados pelo entardecer sem sol, como se o hipnotizasse e o fizesse se esquecer de gritar
- Não interessa!
Com o fecho da fivela, sem esforço algum, nem piedade, o passou centímetros acima do umbigo do homem, rasgando por inteira sua barriga antes mesmo que sentisse ser talhado e ver o sangue escorrendo em quantidade, cremoso o suficiente para cair junto com o que trazia dentro do corpo, como Grabber havia dito que morreria.
Unicamente estalou os olhos, sem expressar a dor que chegou depois de ter sido ferido, pela rapidez do mascarado em abatê - lo ali mesmo, atrás do furgão, com os arbustos de plateia, que serviram como esconderijo para o corpo jogado de qualquer maneira enquanto vestígios de seu intestino ficaram pelo chão, pela profundidade do que um único fecho conseguiu alcançar.
O maior incômodo dele, não estava na dificuldade de remover os vestígios de sangue, que ainda trazia entre os vãos de seus dedos, com a água fria do banheiro e sim, de Galeine estar quinze minutos atrasada do horário combinado. Ele fez exatamente o que foi proposto, ainda que soubesse que aquilo seria um erro e traria a ela a nostalgia, coisas que abalasse seu emocional.
Não era mais um problema entrar no banheiro masculino para encontra - lo como julgava ser antes das descobertas daquele dia e começo da madrugada. Ela secava as lágrimas que caíram a caminho de lá com a frente da palma de sua mão como uma criança, poderia tentar o quanto quisesse mas não conseguiria esconder dele que esteve chorando, e que estava até chegar com os passos mais rápidos que pode dar.
As nítidas luzes fluorescentes do banheiro incomodavam seus olhos irritados pelo choro, as seis portas das divisões dos sanitários estavam abertas e entre abertas, sem vestígios de haver alguém ali, antes de repetir seu nome pela segunda vez, olhou para o lado movendo apenas o olhar, o vendo de costas.
Ouvia a torneira aberta e a quantia de água que escorria, Galeine encheu os pulmões de ar, o soltando em seguida, com um longo e silencioso suspiro, cerrando brevemente os olhos para diminuir a ardência dos mesmos, havia três espelhos grandes e mais três torneiras ao seu lado direito, e sobre uma delas, a parte de baixo da máscara de Grabber:
- Estou aqui - a voz dele foi modificada pelas paredes de azulejos brancos, que abafafam o som do lado de fora, a tornando mais firme e autoritária, estremecendo com a fala, Galeine piscou diversas vezes, confusa, sem desviar os olhos da máscara que certamente não havia sido deixada ali por acidente - Você está chorando? - ouviu o picarrear dela, de quem tentava disfarçar como realmente estava - Você está chorando Galeine? - fechou a torneira, buscando pelo papel no refil para secar as mãos - Você não quer ir embora
- Não importa
Responder daquele jeito, mesmo que tenha sido a coisa mais longa que conseguiu dizer sem voltar a chorar, o fez sentir o peso que o deixava em dúvidas, se devia questiona - lá do motivo de retornar assim, mesmo que a razão parecesse óbvia.
Ouviu o respirar fundo dele e o peso de seu pé esquerdo sobre o pedal que abria a lixeira para descartar o papel usado, ele parecia um pouco mais sério e direto, o que a fazia temer sua inconstância, Galeine fechou brevemente as pálpebras sem treme - las, mesmo ao sentir a presença dele mais próxima, lentamente.
Até ter o rosto tocado por suas mãos geladas, devido a água que havia passado por elas, Grabber somente tinha a mostra o formato de seu queixo e lábios, o suficiente para que ela pudesse ter noção de alguns de seus traços, que embora fossem poucos, eram satisfatórios. Ela finalmente podia ver uma parte depois de dias tentando imagina - lo como supostamente seria por trás daquela máscara.
Com ternura, suas mãos se encaixavam na maciez da pele dela, uma face tão fina e delicada, Grabber olhava no fundo dos olhos castanhos escuros dela, vendo a vermelhidão que dividia espaço com o brilho das novas lágrimas que se formavam, Galeine não sabia o porque a agonia a visitava novamente e porque do pensar que, ele se importava com aquilo.
Aquele olhar cheio de dor só poderia ter sido causado por algo, ou alguém, ele era bom em decifra - lá, inclinou o queixo dela para si, para que olhasse apenas para ele, sem fugir de seus olhos azuis, que pareciam muito mais claros agora, nem do que apresentava. Somente a pele morena de seu rosto, já era convidativa o suficiente para seus dedos deslizarem sobre e sua mente o levarem para além da roupa que ela usava.
Ela o deixava louco, pensou ele, totalmente próximo, gostando de ver a diferença do corpo de ambos, onde o dele poderia cobri - lá e o dela ser totalmente dominado. Sentindo as costas contra a pedra da pia, Galeine permitia aquela aproximidade, instigada ao que ele faria, sempre sobre o controle dele, pausadamente, Grabber pronunciou quase em um sussurro:
- Olhos como os seus, não deviam chorar
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𝗗𝘂𝗿𝗮𝗻𝘁𝗲, 𝗲 𝗮𝗼 𝗱𝗲𝗰𝗼𝗿𝗿𝗲𝗿
Hayran Kurgu𝗦𝗲𝘂 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗻𝗼𝘃𝗼 𝗗𝗮𝗿𝗸 𝗥𝗼𝗺𝗮𝗻𝗰𝗲 Com The Grabber (Telefone Preto) Durante a festividade em comemoração ao Halloween uma figura mascarada faz Galeine Rover uma de suas vítimas Para +16 Contém: Violência | Tortura | Sexo | Assassinat...