Capítulo 4~

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*** NÃO REVISADO ***

~♤~

Joe

Cheguei em tempo recorde ao local enviado por Carter. A casa abandonada não era tão velha como imaginei, era um lugar novo, em bom estado e com cômodos bem propícios a cena de crimes. Haviam vários policiais, agentes e peritos no local, fazendo o devido trabalho, até mesmo a imprensa em busca de respostas para a população estava presente.

De longe avistei o diretor Robin e o puxa saco do Kal o rondando, ele estava forçando a barra, isso me enoja. Andei em direção ao David que havia montado um suporte para verificar as armas encontradas. -tirei os óculos escuros e parei ao seu lado observando os objetos cortantes semelhantes aos encontrados em outras cenas de crime.

-Alguma digital? Sangue? -perguntei.

-Encontramos algumas manchas de sangue nas facas, outras pelo chão em alguns cômodos, mas tudo indica que seja da vítima, quer dizer não sabemos se há mais de uma vítima. -concluiu David com um longo suspiro frustrado.

-Não é possível que ainda não tenhamos nada que nos leve à esse verme! -esfreguei a mão no rosto frustrado. Percebi Matt se aproximando. -Me diga que tem algo relevante.

-Pelo mal cheiro, tudo indica que tem um corpo em decomposição escondido em alguma parte. -Matt cruzou os braços e parou ao lado. -Os policiais irão usar um cão farejador para facilitar.

-Ótimo! -resmunguei. -Vou falar com o diretor. -me afastei dos dois e fui até Robin.

-Detetive. -ele assentiu ao me ver.

-Diretor. -assenti de volta. -Preciso falar com o senhor. -Kal me olhou com desgosto e eu continuei ignorando-o. -Em particular. -enfatizei.

-Tudo bem. -o diretor se afastou e eu o segui, paramos no quintal. Haviam alguns homens fazendo escavações. -E então? Em que posso ajudar detetive?

Mas uma vez olhando ao redor avistei a agente Dafne, ela parou e começou uma conversa com David. Quando ela olhou em minha direção, desviei o olhar.

-Quero que tire a agente Dafne do caso. -fui direto, o que provocou uma surpresa em Robin.

-E porquê isso? -sua confusão era nítida. -Ela fez algo de errado?

-Não. -olhei mais uma vez para ela. -Com tudo o que está acontecendo, o desaparecimento de Bryana... -podia sentir a frustração sobre meu corpo. -Não posso arriscar a vida de outra agente, prefiro assumir o caso sozinho.

-Detetive, isso é algo que podemos fazer juntos... -ele começou. -Vamos proteger nossa agente, assim como fazemos uns com os outros, somos um time, além disso a agente Dafne pode nos ajudar, seu currículo é brilhante. -argumentou.

-Diretor, só estou tentando proteger mais um agente. -tentei convencê-lo. -Está á frente do caso, é está no olho do furacão e não posso correr o risco de que outra colega se machuque. -ele ponderou mas assentiu concordando.

-Tem certeza? -perguntou ele convencido.

-Sem nenhuma dúvida.

-Vou conversar com a agente Dafne e daremos entrada nos documentos. -assenti.

Percebi uma movimentação diferente, ouvi latidos e policiais se aproximando do local das escavações. David que estava próximo examinou algo no buraco cavado e assentiu. Outros agentes foram até o local, inclusive Matt que trabalhava de forma indireta no caso. David conversou com outros peritos que o auxiliavam e veio até minha direção com o diretor.

-Senhor. -ele assentiu para Robin. Sua expressão não era nada boa.

-Encontraram algo? -perguntou o diretor.

-O que encontraram? -perguntei sentindo impaciência.

-Encontramos um corpo... -ele ponderou por um momento e olhou pra mim cansado. -Pelas características, trata-se do corpo de Bryana.

Aquela informação foi um choque. Por um momento senti como se estivesse em um mundo paralelo. Acho que fiquei surdo porque vi que o diretor Robin e David falavam, mas eu não podia ouvi-los. A mesma sensação de impotência que senti quando acordei no hospital e recebi a informação que Bryana tinha desaparecido, corre minhas veias agora. Robin deu uma leve batida em meu ombro mostrando seu lamento. -assenti e comecei a caminhar para fora dali.

Saí a passos rápidos e encontrei Matt no meio do caminho me olhando com pesar. Ele fez menção de falar algo, mas balancei a cabeça.

-Agora não Matt.

Passei bem longe da barreira que a imprensa fervorosa fazia na frente da casa. Quando senti que alcancei um lugar seguro olhei pra cima tentando respirar com calma. A dor no meu ombro estava insuportável, mas nessa hora foi uma anestesia.

-Porque Bryana? PORQUÊ?

Dafne

Pela reação de Joe senti que havia algo errado, ele parecia desnorteado, isso me angustiou de forma inexplicável. David lhe disse algo e após uns breves minutos Joe saiu, foi andando sem direção. -virei-me para ir atrás dele e entender o que estava acontecendo, mas senti quando alguém segurou meu braço me impedindo de continuar.

-Agente Dafne. -pela voz era Matt.

-É Dafne! -esbravejei. Ele soltou meu braço, mas permaneci no mesmo lugar olhando na direção de Joe até perde-lo de vista.

-Dafne. -ele corrigiu. -Pelo o que conheço de Joe, é melhor deixá-lo sozinho agora.

-Mas aconteceu alguma coisa, ele parece transtornado. -olhei para ele preocupada.

-Sim, aconteceu. -pela sua expressão, notava-se que era algo difícil de digerir. -Encontramos o corpo de Bryana.

Aquela informação me deixou sem reação. Por um momento até eu fiquei desnorteada, agora entendo o porquê Joe saiu daquela forma. Se Bryana se tratava de seu amor platônico, agora as coisas realmente ficaram impossíveis.


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