Ele era meu e eu era dele, não havia porque complicar tanto, não é?
E aquele sentimento de ser observado foi esquecido....
AGORA.
Aemond*
Me sentia tão livre em cima de Vhagar, enquanto passeava com ela, sozinho e livre no céu. Havia tido mais problemas que faziam com que Lucerys tivesse que ir e vir de Dritfmark, o que fazia com que passávamos bons tempos distantes um do outro. Eu sabia que ele estava tentando dar seu melhor, mesmo com várias turbulências com negociações e as embarcações, entretanto algo não parecia estar muito certo ultimamente.
Porque de repente tantos problemas?
Eu não desconfiava que ele estava usando desse pretexto para se manter afastado de mim, não mais. Na verdade, estávamos bem próximos e ele estava mais relaxado ao meu lado, até mesmo comentava sobre os problemas diários e como a corte era um porre, o que eu concordava avidamente.
Não suportava mais treinar a tarde com tanta gente por perto, afinal os comentários estavam beirando o ridículo. Como eu, um ômega marcado, treinava com um alfa solteiro? Ah, o melhor era como eu era tão horrendo que o próprio marido fugia para não ficar comigo.
Estava de saco cheio de tudo, então parei de treinar tão diariamente e mesmo quando ia, era sempre em horários vazios e quando o sol ainda nem havia se levantado.
— Sério, porque não saem daqui e vão morar longe? Nada contra Mond, é só que não sei como você aguenta — disse Criston bufando e irritado, o que me fez encara-lo confuso e arquear as sobrancelhas. — Eles ficam falando de mim também, isso é tão desconfortável. Me comparar a um príncipe é tão maldoso, já que sou apenas um cavalheiro real.
— Claro, claro. — falei rindo ao ver a preocupação dele, afinal não era como se ele fosse o mais "mal falado", afinal essa função era minha. Criston olhava ao redor do jardim com curiosidade. — O que está buscando? Ultimamente você anda tão estranho.
E era verdade, Criston não era do tipo que se preocupava com boatos em relação a si, sendo bons ou ruins, então vê-lo tão apático com a corte assim como eu, era uma novidade. Além disso, ele estava se atrasando vez e outra para os treinos matinais e também parecia desligado em muitas das lutas, o que não combinava bem com o cavalheiro.
— Não estou estranho, você está bem desocupado ultimamente para imaginar coisas — disse Criston sorrindo de lado e me encarou divertido, o que me fez franzir a testa em desconfiança. — Aí, para de me encarar assim Aemond. Não é nada. Eu já escondi alguma coisa de você?
— Olha, na verdade, já escondeu sim — falei rindo ao vê-lo revirar os olhos e bufar, mesmo que tivesse a sombra de um sorriso divertido nos lábios. — Você comeu escondido aquelas tortas importadas, apenas porque não quis lhe dar um pedaço. Tão maldoso, deveria ter mandado te enforcar na época.
Criston começou a rir e eu também o fiz, me sentindo leve e divertido. Pensar naquelas épocas passadas era um pouco difícil, pois muitas das vezes minha mãe trazia coisas para mim. Claro que, era sempre com pedidos para algo, como ir estudar com mais afinco, visitar o meu pai moribundo ou participar das sessões de chá dos ômegas da nobreza. Ainda sim, eu sempre pensei nesses cuidados como uma demonstração de preocupação dela, como minha mãe, mesmo seus pedidos não eram tão ruins para mim, então eu obedecia agradavelmente a eles.
E pensar que os meus pedidos eram brandos porque Aegon pagou por todos os pedidos pesados dela.
O que leva uma mãe a ser um monstro para um próprio filho? Não queria pensar nisso, me apavorava apenas com a ideia de ter filhos.
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Meu Ômega Lúpus - Lucemond
FanficAemond Targayen não era muito querido pelos céus, era isso que pensava, mesmo sendo um príncipe, não havia conforto em sua posição, apenas mais uma peça na mão daqueles que estava ao seu redor. Quando ele despertou como um ômega Lúpus, isso imediata...