Eram aproximadamente 19:00 da noite, e dois cariocas, esperavam suas ilustres visitas. O mais velho, conhecido como Ricardo Gonçalves, o famoso "RJ". O homem, de pele retinta e dreads loiros, era um carioca que trabalhava na sede do Brasil - Chefiada por Luciano da Silva. - e era o responsável pelo estado do Rio de Janeiro, com isso, tinha um funcionário de confiança para cuidar de cada municipio, o que facilitava e muito a vida do homem. O mais novo, também de pele retinta, contava com dreads vermelhos e, era um niteroiense muito próximo de Ricardo, que poderia ser visto até como um filho para o mais velho. O niteroiense, conhecido como Igor Gonçalves, ou "Nikiti", - por coincidência, tinha o mesmo sobrenome de Ricardo - era o funcionário que supervisionava o município de Niterói, e mesmo não sendo capital, era de extrema confiança de Ricardo.
Ricardo andava de um lado para o outro na sala de sua cobertura, esperando seu amado paulista chegar. Sandro Paulo de Souza, era o "SP", o paulistano que chefiava o estado de São Paulo, e nas horas vagas, era o namorado de Ricardo. Após anos de negação, finalmente ficaram juntos, e essa noite, teriam o possível jantar mais importante de suas vidas, o jantar onde contaria com a presença ilustre de seus "filhos". Sandro também tinha seu filho, mas diferentemente de Ricardo e Igor, não era de consideração, o famoso "SP junior", ou melhor, Paulo Junior de Souza - o menor era realmente filho de Sandro. Tiveram uma história conturbada, até finalmente serem pai e filho. - popularmente chamado apenas de Junior. O casal mais velho, havia "trapaceado", por assim dizer. Apenas haviam contado que haveria um jantar, na casa de Ricardo, no Rio, para apresentar-los formalmente como um casal, mas não contaram o pequeno detalhe que o filho do outro, iria também. Sabiam que se contassem, seus filhos não aceitariam ir para o jantar, até porque os dois sempre tiveram uma rivalidade desde a infância até a adolescência, já haviam partido para agressão física algumas vezes, e sempre trocavam farpas e alfinetadas. Poderia assim dizer, que não suportavam a presença um do outro, era algo desgastante para ambos e, para quem estivesse por perto.
Sandro já estava chegando, e decidiu enviar uma mensagem para Ricardo, avisando que estavam chegando no andar da cobertura do mesmo, e que haviam chegado em segurança.
Text Messages on.
meu carioca 🤍
oi.
Ricardo, já estamos chegando
já abre a porta.oi tchutchuca
chegou bem?
fica mec, tá aberta.sim
beleza
ai rick, será que esses dois não vão se matar?
trouxemos coisa pra dormir... o quarto de hóspedes tá vago?pra vc nn, pra vc só minha cama 🤷🏾♂️ KKKKKK
então boneca...Text messages off.
Quando Ricardo ia responder, a campainha tocou, e a porta se abriu. Ricardo suava frio, mas assim que viu o seu paulista, com uma calça de alfaiataria preta, que marcava bem suas nádegas fartas, e uma blusa social por dentro da calça, com os três primeiros botões abertos, acompanhados por joias prata e a aliança de namoro, sentiu seu coração pulsar. - e não só o coração -. O paulista prontamente abraçou seu namorado, deixando duas malas na porta e, uma figura não identificada por Igor, que estava um pouco mais afastado. Após o abraço apertado, o carioca mais velho assumiu a fala.
-Igor, vem ca muleque, tem vista pô! - Disse brincalhão, o carioca.
O niteroiense se levantou do balcão com cooler anexado, no qual ficava na cozinha, e foi até a sala.
-Fala tu, tio. Suave? - disse o niteroiense, puxando o paulista para um abraço.
-Tô bem, Nikiti. E você? Tá grande! Já tá um rapaz, e bonito viu! - Disse Sandro, recebendo um riso tímido de Igor. - Tanto tempo que não nos vemos... Por falar nisso... - O paulista se calou, e de trás dele, veio Junior.
Ambos os garotos se encaravam com raiva, ódio, rancor. Era palpável a tensão - por incrível que pareça, não sexual - no ambiente. Junior já estava com uma carranca, já que havia escutado o carioca mais velho dizer o nome de Igor. O maior também tinha um rosto azedo, uma expressão cínica e rancorosa. Poderia facilmente se dizer, que saiam raios dos olhos de ambos e, que dentro da cabeça deles, estavam se matando. Nikiti olhou para Junior de cima a baixo, e parou os olhos na camisa do Corinthians que o menor usava, imitou uma expressão de vômito, e estampado em sua face agora, se encontrava uma expressão de nojo. Junior arregalou os olhos com a cena, e também o olhou de cima a baixo, parou seu olhar no escudo do Flamengo presente na camiseta do maior, e revirou os olhos, agora, com uma expressão de desgosto.
Os mais velhos ali presentes, se entre olharam e olharam para a cena novamente, e quando iam intervir, Junior começou a falar.
-Salve, Nikiti. - Disse a última palavra em sílabas, afim de provocar o maior, já que por mais que fosse o apelido que Igor mais gostasse, odiava ouvir seu apelido favorito saindo da boca do paulista irritante.
-Fala, garoa. - Nikiti não ia, e nem deixou barato, sabia que o paulista odiava o apelido de "garoa", então, resolveu devolver na mesma moeda.
-Aí mano, sabia que aqui no RJ os cara usa pano de chão como camisa não. - Junior provocou, se referindo a camisa do Flamengo, na qual Nikiti usava.
-'Coé, também não sabia que na terra da garoa os cara usava saco de lixo, ta ligado? - Nikiti devolveu a provocação, com um sorriso cínico em seu rosto.
Antes mesmo que Junior pudesse rebater, Ricardo tomou o controle da situação.-Qual foi, já vai começar? Os dois pode baixar a bola aí, bora jantar, que ninguém veio ver 'ces brigando, môro?! - Exclamou Ricardo, que estava com a mão passada na cintura do seu amado. Guiou as visitas até a mesa de jantar, para servir a todos.
Após servidos, os adultos na mesa conversavam, e vez ou outra, os adolescentes também - Mas não entre si, já que nunca tiveram uma conversa que não acabasse em discussão -.
Quando todos haviam terminado sua refeição, foi a vez de Sandro puxar um assunto.-Vem cá, Rio. Tu tinha me falado que o quarto de hóspedes 'tá em construção... Se eu vou dormir contigo, onde Junior vai dormir? - Ambos os adolescentes estavam mexendo em seus celulares, mas no momento no qual Sandro fez a pergunta, largaram os telemóveis e passaram a prestar atenção na resposta de Ricardo.
-Então... meio que, como os dois aí já 'tão grandinhos, devem conseguir dormir no mesmo quarto sem se matar, né? - Ambos os dois gritaram um "O QUE ?!" em uníssono. - Poise, 'ces que se espremam lá, dorme de conchinha, sei lá. - Nikiti ia se impor, mas seu pai não deixou.
Os dois se encararam com fúria, e os adultos deram um último gole no vinho antes de avisarem que iriam se ausentar, indo ao seus aposentos. Ricardo deixou claro que, Nikiti teria que mostrar o quarto e o resto da casa para Junior. Ambos fervilhavam de raiva... Seria um longo mês.
_
Fala meus lindos! Essa é uma história focada no shipp dos municípios. Espero que gostem, e caso tenham uma reação positiva a essa fic, posto o próximo capítulo!!
O cap é curto, ta mais pra um prólogo, mas ok.
Uma parte bugou, e ficou em itálico, não era pra ter acontecido isso vius, então relevem.
Só lembrando, essa AU não é minha, mas fiz minhas adaptações, ok?
É isso xuxus, amo vcs.🤍
Apreciem com moderação, e se beber, não durma no mesmo quarto que seu rival. 🤫
VOCÊ ESTÁ LENDO
Mania de paulista.
Fanfictiononde um jantar entre RJ e SP trás a tona a rivalidade de Niterói e São Paulo Júnior. ou onde a da maior erva da ninha, floresce a mais bela rosa. personagens não são de minha autoria, todas as imagens são do Twitter/X da @httpsnyana. vão lá dar uma...