Canadá, 31 de outubro de 1985.
Estava tudo tão colorido, as pessoas fantasiadas não me causavam tanto medo, eu gostava daquilo.
- Boo! - dizia meu pai saindo de trás de um carro qualquer no meio da rua enquanto voltamos pra casa.
Nós estávamos rindo, minha mãe estava tão linda vestida de bruxa. Aquele roxo em sua roupa, realça seus olhos e principalmente seu sorriso. Meu pai me coloca em suas costas, e corria. Minha mãe ficava brava quando não nos alcançava.Chegamos em casa, minha mãe sempre perdia as chaves em sua bolsa, isso a estressava.
Entro correndo, agitada pela quantidade de doces que havia comido. Minha mãe me dá um banho curto e quente, me coloca em minha cama e deposita um beijo no topo de minha cabeça.- Boa noite, Lia. - ela dizia saindo e deixando a porta encostada.
Não estava com sono, apenas menti, planejava ficar acordada e pegar mais doces de madrugada. Espero até que as luzes se apaguem, mas isso não acontece, apenas escuto alguns barulhos no andar debaixo. Levanto da cama e desço lentamente as escadas.Mãos trêmulas, falta de ar.
Me deparo com um cheiro metálico no ar, aquilo vermelho era...sangue. Por toda parte. Vejo ele se virar, aqueles olhos, sem remorso algum. Ele pega a faca no peito de meu pai e a tira, não se vira, apenas sai correndo.
Acontecimento traumático. Gritei, chorei, pedi ajuda quase sem voz.
Fiquei na casa de parentes, parentes, parentes...orfanato. fui jogada lá.
Me sentia sozinha, excluída, infeliz. Quando a madame do velho orfanato não olhava, as crianças riam de mim. Mas por que? Elas não eram tão diferentes de mim...Ou talvez apenas não viram seus pais sendo mortos. Me isolei por muito tempo, não comia, não saia, apenas estava ali.
Até fazer meus primeiros amigos, pela primeira vez em muito tempo, me senti criança novamente, esquecia do que tinha acontecido por um tempo, mesmo com pesadelos me atormentando todas as noites.
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Máfia in new York
Mystery / ThrillerAmélia Williams é uma garota nascida em 1980 na Califórnia. Ela teve uma vida tranquila para uma garota de 5 anos, Seu pai, um pouco ausente, mas sempre que podia passava o restante do dia com a família, Sempre havia amor. Em um fim de tarde de 1985...