13.

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Ret

O baile tinha acabado de começa, tudo conforme o planejado, lotado, música boa, bebida e a vibe.

- hoje vai render- Hariel diz todo feliz subindo a escada do camarote.

- se liga em, não me dá prejuízo se não te devolvo pra tua mãe - digo sério.

Hariel pra mim ainda era um adolescente, não via ele como homem, deve ser pelo jeito dele ser bobão e achar que a vida é brincadeira.

...

Olho de longe vendo a loira subir toda bonita, cumprimento ela com um beijo no pescoço, fazendo seu sorriso aparecer.

- toda bonitinha tu- digo no seu ouvido por causa do som

- você também, e esse cabelo branquinho?- ela passa a mão

- nevou vida- puxo ela logo pro beijo, tava enrolando demais.

Estava entre beijos com a Carolina, e o beijo tinha aquele gosto de sempre, bom. Meu olhar parou em um lugar específico, que me fez ficar sem entender.

- oque foi?- ela me olha e depois olha pra onde estava olhando.- aquelas são minhas amigas, vem conhecer.

A Carolina segura na minha mão, eu fui, eu devo está neurótico, acho que a briza já bateu pô.

Descemos as escadas, e pá, não era quem eu estava pensando, vi coisa onde não tinha, tenho que me controlar na maconha.

- esse aqui é o Ret meninas, o dono daqui- Carolina diz toda animada.

Olho pros lado pra vê se eu realmente estava doido

- satisfação - meu olhar volta pras meninas.

Elas sorrir eu fico na minha, pô eu não tô doido não.

- cadê ela?- Carolina pergunta pra a outra mina que tava sentada.

- disse que ia no banheiro, acho que passou mal - olho sério pra garota que disse isso.

Ela tá aqui, eu não tô maluco.

- já volto - digo no ouvido da Carolina que assente.

Por isso nosso lance dava certo, não tem cobrança, melosidade, chatice e pá.

Comecei a andar no meio da galera Memo, fui em direção ao banheiro, o lugar tava vazio, encostei na frente do corredor onde era o banheiro, esperando a pessoa que eu acho que é, sair.

Pego meu celular pra esperar, começo a mexer mas me assusto ao ouvir um barulho de vômito.

Nem pensei já abrir a porta, dando de cara com a criança vomitando, oque que ela tá fazendo aqui? A mãe dela pediu pra da uma proteção porque ela ia precisar passar uma semana na casa da sua irmã, e eu nem sabia que essa garota vinha pro baile.

- Ana - ela paralisa ajoelhada na frente do vaso- tu tá bem?

Escuto sua respiração, ela nem me olhar mas concorda com a cabeça.

Me aproximo dela fazendo ela levantar, ela não nega ajuda mas também não me olhar, quando viro seu rosto, ela estava toda vermelha como se tivesse chorado.

- tá chorando porque?- fico sem entender.

- não tava chorando - ela sai de perto de mim e vai lavar o rosto- você está no banheiro de mulher - sua voz sai alta dessa vez.

- mermão, eu tô querendo saber qual da fita que tu tem aí, passando mal- digo sério

Finalmente ela me olha, foi aí que eu não consegui manter o olhar e desviei.

- obrigada pela preocupação, curti o baile, eu vou embora - ela diz saindo do banheiro mas eu puxo ela.

- oque que tá acontecendo?

Eu estava ficando sem paciência, a criança não responde.

- você não entenderia, Ret - minha mão afrouxou o aperto e ela saio dali me deixando sozinho.

Logo sai do banheiro, eu fiquei preocupado com a mina, mas ofereci ajuda e ela não quis, não vou ficar correndo atrás de ninguém não.
...

Subo pro camarote e chego perto do L7

- mano- ele me olha- leva tua prima pra casa.

- que?- ele me olhar sem entender

- ela tava passando mal, mas não me disse qual era a fita, tô ligado que ela não gosta dessas paradas de baile.

L7 me olha confuso, ele estava muito chapado.

- deixa quieto - me levanto e pego a chave do meu carro e desço as escadas.

VIVAZOnde histórias criam vida. Descubra agora