Simples - Kelmiro/Dimaury

Cinco de Copas

!!!!!! ALERTA DE GATILHO: Relacionamento abusivo; Violência.!!!!!!!!!

Gente, perdão pela demora! 

AMEI gente vindo me cobrar pra atualizar, COBREM MESMO porque eu mesma me cobro muito pra não deixar as coisas pra trás! Dói tanto histórias pela metade que nunca são terminadas né? NÃO ME DEIXEM. 

Mas o motivo que me fez demorar essa semana é que o puerpério insiste em não finalizar, e tem dias que são mais pesados que outros. O corpo pode levar pouco tempo pra recuperar, mas a mente não! 

Mas vamos á história em si! 

Quero pedir desculpas ás Dimaury que estão pedindo o hot deles, VAI TER. Mas eu preciso construir primeiro a história, então aguardem mais três/quatro capítulos. Prometo que valerá a pena a história. Peço também para não me matarem com a sequência do capítulo de hoje. Ele foi inspirado no que eu li da entrevista que o Diego e o Amaury deram para a Extra, e eu juro: me matou. Então eu quero sim, usar a história para abordar pontos sensíveis muito existentes em relacionamentos. Não quero jamais magoar ninguém, muito menos os meninos (que salvam a minha vida todos os dias), mas tô deixando a escrita fluir. Sabemos que aqui é ficção, mas mesmo sendo, vem coisa forte! 

No mais, prometo um final feliz (faltam muitos capítulos ainda para o final) e desejo que leiam até o epílogo. 

A música do capítulo de hoje é:

Gaiola - Henrique e Juliano

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 Enquanto Kelvin e Ramiro consumiam-se em prazer durante a noite, o bar lá em baixo estava em surto. Após a apresentação talentosa de Diego, o mesmo não conseguiu desvencilhar-se do aglomero de pessoas ao seu redor querendo que cantasse mais de suas músicas, emendando sua estadia no palco com a presença de outros e outras que estavam ali para aproveitar a noite.

Deixou Luana mais emocionada ainda, cantando com ela, assim como abriu espaço no palco para fazer um rodízio de vozes com outras pessoas, deixando o coração se apagar um pouco e a mente voar livre pela noite, precisava daquele carinho e atenção que estava recebendo, pois se ficasse sozinho, desabaria. Estava adiando seu sofrimento há dias, e não sabia por mais quanto tempo conseguiria manter-se assim.

"Tá, já tô despedindo

Só não precisa ligar mais de cem vezes, já tô quase indo

Será que dá pr'ocê falar mais baixo?

Tô apertando o celular na orelha e tão te ouvindo alto [...]"

Diego viu Amaury saindo quando finalizou sua música, mas não conseguiu ir atrás do moreno. Suas pernas travaram enquanto seu coração suplicava para no mínimo, uma conversa. Mas seu maldito coração o havia colocado naquela situação, e por isso estava ali para sair da prisão que se colocou, não para dar voz ao que os sentimentos pediam e ceder aos desejos e impulsos de seu corpo. Não podia. Não queria.

"Você não vai arrumar outro! Quem acha que vai te querer?"

Num lampejo de memória em meio á cantoria desafinada de alguém no palco, apesar do bar incentivar a pobre alma a ensurdecer os ouvidos até dos mortos, naquele movimento todo, mesmo na presença de seus colegas de trabalho na nova novela, ninguém perceberia que sorrateiramente se esgueirava para fora do bar.

As lembranças de seu recém término ainda machucavam demais, e não sabia o que mais doía: as palavras que ouviu, sendo repetidas incansavelmente na sua mente, o testando e fragilizando mais ainda, ou a dor física que seu corpo carregava pelo que passou. Algo na sua mente ainda bloqueava o flashback, tentando como última opção para que Diego não caísse no mesmo abismo que sempre caia durante esses dois anos de relação: ciúmes, briga, posse, abuso, sofrimento, solidão, ele se culpando e voltando.