Capítulo 1

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Phillip

Eu não estou pronto, definitivamente não. Com as pernas trêmulas e completamente inseguro dessa viagem, embarco no meu avião, que tem como destino o país de origem de minha mãe, Karina, o Brasil. Respira Phillip, se acalma. Vai dar tudo certo. Penso, seguindo meu caminho até meu assento. Esquece, estou morrendo de medo, sem dúvida alguma. Nenhum tipo de pensamento positivo vai me fazer mais tranquilo agora.
A mínima ideia de abandonar a Inglaterra já me dá um frio na barriga. Mas só de pensar nos meus pais, todo esse medo se vai como um passe de mágica.
Encontro a minha cadeira que fica ao lado da janela, que, pensando bem, isso foi uma péssima ideia, considerando meu pavor de altura.

— Oi. Err... Hi, good morning. — diz uma moça se acomodando ao meu lado. Ela tem uma aparência bem típica brasileira, a pele levemente bronzeada e os cabelos escuros cheios e com uma leve ondulação. — Está nervoso?

— Ah... Olá. — devolvo o cumprimento no idioma que acredito ser o seu nativo. — Confesso que estou um pouco nervoso.

— Te entendo perfeitamente, viagens de avião me deixam apavorada. Aliás, meu nome é Célia.

— Prazer em te conhecer, sou Phillip.

Conversamos um pouco sobre como morremos de medo de voar em aviões. E Célia me contou que seu maior medo era abandonar seu filho.

— Eric, o nome dele. Acho que ele deve ter mais ou menos a sua idade, garoto.

— Jura? Que coincidência. Adoraria conhecê-lo, afinal, os filhos são um reflexo de seus pais.— a doce moça ri e agradece o elogio.

— Eu também adoraria conhecer seus pais. — ou não. — Eles devem ser uns amores de pessoa, assim como você.

Queria poder concordar. Não sou nem um pouco parecido com meus pais, eles brigam o tempo todo, já eu evito isso ao máximo. Esse é o motivo da minha viagem, eu preciso fugir um pouco dessa situação. Por conta disso, eu e minha irmã mais velha, Diana, decidimos passar um tempo no Brasil. Diana é apenas dois anos mais velha do que eu e vai estudar o terceiro ano de ensino médio, já eu, o primeiro. Ela nasceu na Inglaterra, país de origem do meu pai, Jonh, e eu no Brasil, porém me mudei para junto de Diana posteriormente,e é por esse motivo que sabemos os dois idiomas. 
Fiquei sabendo que a matemática no Brasil é mais complicada, mas não estou preocupado com isso, já que sou praticamente um gênio nessa matéria, o preblema é lingua portuguesa. Por mais que eu seja praticamente fluente em ambos os idiomas, não sei praticamente nada de gramática.
Não vejo a hora de chegar e de encontrar minhas tias, Tatiana e sua esposa, tia Rebecca. Tia Tatiana é a irmã mais velha da minha mãe e é a pessoa mais legal que conheço. Ela e sua esposa moram em uma região mais nobre de São Paulo, de onde a sua família toda veio. Toda a minha família por parte de materna sempre teve uma condição de vida privilegiada, não é a toa que minha mãe conseguiu uma vida na Inglaterra.
Eu adoro ter duas nacionalidades, não só pelo fato de saber dois idiomas, mas por eu poder escolher onde fazer faculdade. Meu sonho é ser cirurgião, ganhar bem e sustentar minha esposa e filhos. Estou muito ansioso para essa minha nova vida em outro país, principalmente em relação a amigos, já que nunca tive muitos. Tenho muita dificuldade nisso... Mas espero mudar isso nos próximos meses.
Minha vida na Inglaterra sempre foi meio solitária, por mais que eu tenha apenas 15 anos. Eu geralmente tinha um amigo mais próximo, era apenas isso e,claro, não ia com a cara de nenhuma garota. Enquanto isso, os outros alunos tinham um grupo enorme de amigos, eram populares e tinham namorada, ex-namorada e ex-da-ex-namorada.
Durante as longas 17 horas de voo, Célia, uma moça muito simpática, por sinal, me contou que seu filho era bem sociável, porém muito tímido e gostaria que nos conhecessemos, seríamos bons amigos.

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Olá, querido leitor ;)
Espero que esteja gostando, mais capítulos virão! Vote se gostar e comente o que está achando.
Obrigada por ler!!
– Inowk

Intercambista Phillip (BxB)Onde histórias criam vida. Descubra agora