Havia um Império, cujo seu Imperador era perverso, mau, horrendo, porém, havia seus súditos, que tinham a esperança que um dia, se levantaria um Rei, honrado por sabedoria, liderança e gentileza.- Estamos há dias sem comida, por favor, nos ajude - diz a mulher, que beirava a calçada, onde estava sua tenda - Tsk - o estralar de língua ouve-se, vindo de um nobre que passara sua carruagem à deriva.
- Por quê uma carruagem está passando por aqui? Aqui é área apenas para pedestres - digo
- Menino - a mulher me chama - Fale baixo, se não, os nobres te matarão. O povo mal sabia como era o rosto de sua majestade, muito menos saberia o rosto de um príncipe de sangue não Real.
Enfurecido, o garoto de cabelos escuros e olhos verdes, onde abaixo, havia certas olheiras, correu, em direção ao Palácio.
Correu, correu e correu, sua raiva descontou toda na corrida, seu suor e olhos semi cerados pelo o ódio, não houve tempo pra sequer notar que sua respiração estava ofegante.- Filho!? - Adelia, a mulher com cabelos de cor platinada, se assusta com a chegada de Sirius em seus aposentos, onde a mesma estava na mesa, assinando papéis.
- Até quando, minha mãe? - ela me olha intrigada, porém já sabendo o que viria de seu filho - Até quando nosso povo vai sofrer nas mãos desse tirano? - ela descansa a pena em qual escrevia e vem em minha direção
- Você tem apenas 13 anos, por que se preocupar com eles? - a mesma também sentia angústia em ver como os cidadãos da cidade em qual ela tanto amava, estava a mercê da brutalidade da escassez.
- Não podemos morrer sem fazer nada, ele merece a morte - ela dá um pequeno sorriso e toca no ombro do filho
- Não deixe que mais ninguém ouça você falar essas coisas, guarde tudo pra si, nutre todo o seu ódio, e use sua sabedoria, quando assim, lhe for útil. ‐ encarando seus olhos ela diz, séria
- O dia de revolta virá, meu filho, e não está muito longe. - Tais palavras, fizeram seu coração arder, sua esperança e determinação cresceram juntamente, igual sua sabedoria.
Sirius, queria justiça.
Sirius, quinto filho na linhagem de sucessão ao trono, dono de cabelos à medida das orelhas, de cor escura, olhos na tonalidade verde, mais esverdeado do que as próprias emeraldas, podiam alcançar. Sua mãe, Adelia, se tornou a segunda concubina do atual rei, ela realmente amava o rei quando mais nova, porém, amadureceu e viu que o Rei, não era o que ela achava que ele era. Adelia caiu na real, ele não era aquele por quem havia se apaixonado, o Rei havia se corrompido.
No dia em que eu completava 15 anos, houve um acidente ao caminho de Mory, um pequeno ducado, entretanto, muito importante para o reino em si. Um grande incêndio devastou o vilarejo, deixando diversas pessoas desabrigadas e desesperadas, no mesmo momento, saí de dentro da carruagem e tentei ajudar o máximo de pessoas que poderia conseguir, minha mãe tentara me impedir, porém, viu que era inútil e logo se juntou à mim. Ela com toda a sua confiança e sensatez, liderou os homens para tentar conter o fogo, ela dava instruções perfeitamente bem e logo em poucos minutos o fogo havia acabado.
Minha mãe é a pessoa que mais admiro na minha vida, sua sabedoria é algo que quero ter, e, assim ser um bom líder, igual minha mãe.Ouvimos um grito muito alto, que chegou a me dá arrepios, o grito era de tristeza e ódio ao mesmo tempo. Saí depressa e corri em direção ao grito, a voz repetia - Não, não, não, meus pais, não! - E mais choro podia se escutar, quando me aproximei o suficiente para vê-lo, ele estava com sua mãe em seus braços, enquanto o mesmo grita para a casa que ainda pegava fogo, ele levanta e tenta entrar na casa, porém, o paro - Não entre, você também irá morrer! - digo, segurando-o, e sinto as lágrimas dele cair em meus ombros, deixando minha roupa molhada com elas. - Oh, céus... o que nós fizemos para merecer isso...? - ele indaga, caindo sobre seus joelhos - Se não fosse o rei... - meu sangue esquenta na hora ao ouvir que o rei estava metido nisso
- O rei? - indago olhando em seus olhos escuros
- Sim, eles nos ameaçou, disse que nos mataria se não falássemos sobre uma moça, chamada, Elena. Mas não existe uma Elena dentre nós, e mesmo assim ele tocou fogo em tudo! - seu grito de dor era de arrepiar - M-meu pai, foi ajudar a minha mãe... e agora... ele está... - com os olhos cheios de lágrimas ele olha para a sua casa, que estava cheia de cinzas.
- Não adianta reclamar isso com o rei, meu filho! - minha mãe diz, esfregando a testa - Se ele fez isso sem dor e nem piedade, acha mesmo que ele vai se sentir culpado pela as mortes que ele causou!? - ela segura meu braço, encarando meus olhos
-Você é um príncipe "ilegítimo", segundo os monarcas do Palácio e em momento algum eles nos daria ouvidos, então comporte-se como tal! - desisto de sair e ela solta meu braço - O grito, o olhar, as palavras de desespero que ouvi e vi daquele garoto, me fez sentir impotente. - digo e ela se agacha à minha altura
- Você não pode fazer nada, eu não posso fazer nada. Espere o momento certo, Sirius - ela dá um breve beijo no topo da minha cabeça. - Apenas concordo, sem protestar.
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Dias se passaram, e eu mal saía de meus aposentos, quando alguns boatos começaram a circular pelo os servos - O ducado que pegou fogo
- A alteza, o príncipe Sirius estava lá - um servo diz
- Ele estava indo para fora da capital e tal cidade não estava no trajeto - uma serva diz, tapando a boca
- Será que queriam tirar a vida de vossa alteza!? - outro berra, fazendo os outros dois servos saírem correndo ao ouvir a porta de meu quarto abrindo por completa.
Eu havia escutado-os.
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A Era De Ouro
Ficción históricaO que fazer quando o grande reino da nação está sobre o poder e a tirania de um Imperador perverso e cruel? Mortes, ódio, injustiça e miséria, seriam o suficiente para um golpe de estado, onde os principais mandantes são um mísero príncipe, cujo, sa...