CAPITULO 5

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POLINA IVANOV

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POLINA IVANOV

Acordo tremendo de frio, esqueci minha janela um pouco aberta, levanto-me e antes de fechar, observei a lua, está linda, bem grande e brilhante. Sento-me na beirada da cama pensativa, me afastar de Olivia não será nada fácil para mim, mas irmã Sônia tem razão, ela vai sentir minha falta, então se manter distante nos ajudará com a nova fase. Reparo que minha garrafa de água não está aqui. Não temos permissão para sair antes do horário, ou depois dele, mas estou com muita sede e já fiz isso outras vezes. Visto um vestido comprido e um véu sobre minha cabeça. Desço as escadas de mansinho e com cuidado, se a madre me pega ficarei no quartinho do castigo. Chego no final da escada e já começo a me arrepender, o breu toma conta do convento, e aqui a noite confesso que é bem assustador...

Continuo seguindo para a cozinha, segurando meu terço, há muitas imagens no caminho até lá, e elas no escuro dão um medo terrível. Passo entre uma delas e olho... Deus, perdoa, mas dão medo!

Ouço um barulho leve vindo da cozinha, me tremo toda, estico um pouco a cabeça para observar, o barulho paro e fico esperando. A luz está acesa. Sigo, e entro na cozinha, não vejo ninguém. Pego um copo, encho de água e começo a beber rapidamente. Estou de costas e sinto como se estivesse sendo observada... Deus, não quero olhar!

Respiro fundo e quando estou preste a virar, ouço um sussurro:

— Perdeu o sono, irmã?

Não pode ser um espírito, ou sei lá o que minha imaginação pensou. A voz é masculina, e tenho quase certeza de que um espírito não falaria isso... Eu acho! Viro-me e do outro lado da cozinha, na parte um pouco mais escura, se esconde alguém bem alto e está sorrindo... Por um momento pensei em me ajoelhar e implorar por minha vida para Deus, diante de tal criatura estranha. Mas quando olho com mais atenção...

— Meu Deus! — cubro meu corpo, estou apenas com um vestido branco comprido, mas o tecido não é grosso. — O que faz aqui a essa hora, senhor Vassiliev?

— Desculpe! — caminha para frente revelando-se. — Eu pedi permissão para a Madre. Preciso arrumar o encanamento da pia, e... — olhou o relógio em seu pulso. — São duas da manhã, este é um bom horário, já que todas estão dormindo... — me olhou dos pés a cabeça e fiquei com vontade de me esconder com vergonha. — Exceto a senhorita, Polina!

Sinto minhas bochechas quentes, ele dá um sorriso e se apoia na mesa com as mãos, mantenho meus braços no peito, ele olha para janela e depois volta me olhar, mas não o encaro.

— Estava com sede?

— Hã... Como é que...

Ele sorri e olha para minha mão, sorri de volta e coloco o copo na pia, esquecendo-me de cobrir novamente.

— O senhor não acha que está muito tarde para fazer isso?

— Um pouco, mas tem muita coisa para resolver, então não tive escolha. — Ele desvia o olhar. — Mas tenho permissão para entrar a hora que for, no convento, já que sou o caseiro.

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