Meu Cunhado Atrevido

capítulo 3. muito tempo

Park Jimin

Depois que jungkook fugiu do restaurante, fomos para casa e esperávamos encontrá-lo lá. Uma parcela de culpa infinitesimal de culpa me consumia. Eu sabia que tinha passado dos limites ao beijar Jungkook, suas lágrimas me deram a conclusão de que ele estava começando a gostar de mim de verdade. Confesso que ninguém nunca tinha me beijado com tamanha intensidade, nem mesmo sua irmã que tinha um beijo suave. Ninguém tinha puxado o cabelo da minha nuca daquele jeito. Nunca conheci ninguém que tivesse aquela pegada que faz você entender a diferença entre hipismo e Rugby. E pensar em como eu havia gostado de seus toques e de seu beijo, só aumentaram minha parcela de culpa por o fazer chorar. Eu sabia que Jungkook não poderia me ter em hipótese alguma e ainda lhe dei esperanças com aquele beijo. Por culpa minha Jungkook está em algum lugar de Seul sozinho e muito triste. Tudo porque eu brinquei com seus sentimentos...

— Jimin, ele não atende o celular — Soyeon disse ligando pela milésima vez. — ele esta rejeitando as Ligações. O que ouve no banheiro?

Senti meu corpo todo tremer quando ela pronunciou aquela pergunta. O que eu diria? Mordo os lábios procurando algo sábio para dizer à ela. Se eu mentir, hora ou outra a verdade virá a tona e tudo isso pode desencadear o fim de meu relacionamento com Soyeon.

— bom eu.. — começo ao parar o carro no sinal vermelho ainda procurando as palavras. — eu o..

— Não adianta ficar ligando — yoongi me cortou tocando o ombro da morena que ganhou sua atenção— se ele fugiu é porque algo estava realmente o chateando. E quando isso acontece com ele, tudo que podemos fazer e torcer para que ele esteja  em casa.

As palavras do platinado fizeram meu coração apertar. Eu gostava de jungkook como um irmão, e estava me sentindo um verdadeiro lixo por o provocar antes, eu brinquei com seus sentimentos e isso era uma coisa horrível de se fazer. Não o culpo por ter fugido daquela forma.

— esta bem, quando chegarmos vou lhe perguntar o que aconteceu — novamente, meu coração bateu forte quando Soyeon se pronunciou.

— Não, Jungkook já anda assim á um bom tempo. E por mais que ele te ame, eu duvido que ele falaria de seus problemas com você Soyeon— Yoongi disse no banco de trás vestindo sua jaqueta — vamos dar um tempo para ele, a última coisa que ele precisa é de um interrogatório sobre sua vida pessoal. Ele pode ter cido rejeitado por alguém. Se eu que sou seu melhor amigo ele não comentou, imagina com vocês? Ele mal olha na sua cara Soyeon e falta pouco tacar uma cadeira na cara do Jimin só por ele existir. Acham mesmo que ele vai se abrir com vocês?

Era verdade, jungkook odiava ficar junto da família, era como. Se faltasse algo em si ou como se ele estivesse sobrando em algo que ele não queria. Sempre demos nosso melhor para adequar Jungkook em todos os jantares que Soyeon insistia em dar e queria que ele usasse terno e gravata. Eu sempre dizia que ele poderia se vestir da forma que achasse melhor, já que eu também não me vestiria como um magnata ou coisa assim. Mais no final, tudo que eu ganhava era um suspiro e um olhar torto e no fim, Jungkook acabava não descendo para jantar. Ficava no quarto como se lá fosse seu abrigo, seu refúgio de todo mal do mundo.

Eu sei que não deveria ter feito nada daquilo, as provocações e tudo mais. Eu queria ganhar a atenção de Jungkook, queria que fossemos amigos e que ele confiasse em mim pelo menos um pouquinho. Mais tudo que tentei resultou em um ódio constante. Então, eu o provoquei uma vez quando ele chegou da escola. Ele ficou estático no primeiro momento mais depois acabou me xingando um bocado antes de ir para o quarto um tanto envergonhado. Ele não tinha sido educado, mais pelo menos tinha falado algo além de "Sim, não e talvez" e acreditei que fora uma boa ideia. Eu não acreditei que ele poderia sentir algo por mim. Se é que ele sente algo.

Suspiro ao ver que o sinal em que estavamos, já havia aberto e um carro buzinava atrás de nós. Continuo nosso trajeto longínquo até em casa. Soyeon tentou ligar para ele mais duas vezes, mais nada aconteceu. Quando chegamos, ela foi direto para o quarto de Jungkook, e encontrou o guarda roupas revirado, a mala havia sumido e no travesseiro ele havia deixado uma carta. Curta, porém nela dizia muito de seus sentimentos naquele momento. E era estranho, já que não era destinada a sua irmã ou a mim, e sim a Yoongi.

Yoongi-ah, sei que deve estar preocupado comigo nesse momento. Eu poderia ter escrito essa carta para minha irmã, mais não faria sentido já que não nos damos bem. Mais, em fim. Eu fui embora de Seul viver com meu pai em Busan, sei que apesar de tudo ele não me deixaria na rua. Pode ficar com minha coleção de mangás, que eu sei que sempre quis pegar emprestado. Cuide do meu cãozinho também por favor, sei que ele gosta e lhe obedece mais do que a mim. Infelizmente eu não poderia o trazer comigo.

Eu preciso de um tempo de tudo isso, de mim mesmo. Quando eu me sentir melhor, talvez eu volte para Seul. Mais não posso prometer nada. Se cuide Yoon. E Jimin hyung, obrigado por me mostrar a verdade sobre mim. Adeus.

Ass: Jungkook.

As palavras de Jungkook me fizeram engolir em seco. O que ele queria dizer com aquilo? E quando ele voltaria para que eu pudesse me desculpar? Ninguém sabia onde o Pai de Jungkook estava naquele momento, uns diziam que morava em Busan, já outros que tinha se mudado para os Estados Unidos. O fato e que ninguém sabia o certo para onde ele foi.. Então não sabíamos quando jungkook iria voltar...

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6 anos depois
Seul, Coreia do Sul

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— Jimin? Pega aquela louça que ganhamos no natal passado? As com rosas vermelhas, quero que nesse natal seja tudo perfeito. — Soyeon dizia animada.

— tudo bem, eu vou pegar — digo terminando de posicionar os copo sobre a mesa. Pego os pratos na cristaleira e os coloquei sobre a mesa. Já faz seis anos que jungkook foi em bora de Seul e apesar de manter contato com Yoongi, não falava comigo ou com sua irmã. E ele disse para o yoongi que estava voltando para casa, e que estava com saudade dos aires de Seul.

Eu fique feliz por sua volta, talvez agora eu seja capaz de me desculpar pelo o que aconteceu a seis anos. Eu espero que ele não tenha guardado rancor ou algo assim da minha pessoa. Suspiro ao ouvir a campainha tocar.

— eu atendo — vou até a porta a abrindo, quase tendo um ataque do coração com o que eu vi.

Um metro e setenta e oito, cabelos escuros e roupas que eu nunca pensei que eu veria ele usando na vida. Jungkook estava realmente muito mais bonito do que quando tinha apenas dezenove anos. Já era um homem feito e isso estava me assustando.

— Oi Jimin Hyung, sentiu saudades? — o sorriso que ele tinha nos lábios me faz acreditar que, ele não era mais aquele menino doce e sensível que eu conheci. E que eu teria muitos problemas com isso.

Notas:

Continua?