𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐈

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Mesmo não estando tão quente quanto Michael sentiu, ele ainda apressou seus irmãos diabinhos a tomarem banho e se refrescarem

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Mesmo não estando tão quente quanto Michael sentiu, ele ainda apressou seus irmãos diabinhos a tomarem banho e se refrescarem. Já era noite, o sol tinha se posto há muito tempo, porém o clima ainda estava quente e abafado. Ele não queria que seus irmãos passassem mal devido ao calor insuportável.

Isso só seria mais trabalhoso para ele cuidar.

Michael bufou, sentindo o suor descer por sua têmpora, descendo pela saliência de sua bochecha e seguir caminho para seu pescoço.

Sua orelha estremeceu de aborrecimento.

Michael não gosta de calor. Principalmente o calor insuportável.

É por isso que ele usa roupas grandes que mostram pedaços de sua pele, para poder sobreviver a esse calor, mesmo que odeie mostrar seu corpo mais do que necessário.

Após servir o jantar em dois pratos, Michael se senta à mesa. Todos os talheres e pratos já estão dispostos corretamente. No entanto, os lugares mais frequentemente ocupados são os de Michael e os dois ao seu lado. Fathar, que praticamente mora no trabalho atualmente, resulta em refeições que geralmente esfriam até sua chegada. Quanto a Rosalyn, ela nem se digna a aparecer.

Michael sinceramente não liga muito para ela.

Rosalyn era – ou melhor, costumava ser – uma boa pessoa. Sempre ajudava os outros, participava na igreja, envolvia-se com as crianças da comunidade, criando a imagem de uma boa samaritana. No entanto, não era uma boa mãe. Nunca foi. Quando os gêmeos nasceram, ela cuidou deles no início, da casa, de tudo. Rosalyn, pensa Michael, queria mostrar a William o quão boa mãe e esposa ela era, o quão habilidosa como dona de casa ela era. Mas quando William começou a passar mais tempo no trabalho do que em casa, muitas vezes ficando fora durante a noite, Rosalyn simplesmente desistiu.

Quando ela se casou com William, Michael tinha doze anos. No início, ela tentou ser uma espécie de mãe substituta, mas Michael não permitiu que ela se aproximasse. Sua verdadeira mãe falecera há anos, e, embora Michael não a recordasse dela, ela permanece a única mulher que ele aceitaria em sua vida. Além disso, o constante olhar de desdém de Rosalyn para Michael, como se ele fosse um animal sujo e imundo, só alimentava o desgosto que Michael sentia por ela. Rosalyn não merecia um lugar na família, nem como mãe, e certamente não como uma Afton.

Ela não era digna o suficiente.

Seu pai, em particular, compartilhava da opinião de Michael. Ele era apenas mais discreto nisso do que Michael.

Ah, seu pai.

Michael se lembra com carinho as memórias de seu pai.

Naqueles anos em que era apenas Michael e William, os dois se tornaram indescritivelmente próximos. A ligação entre eles era tão intensa que Michael conseguia até mesmo decifrar William. Seu rosto antes indecifrável e a máscara de pedra tornaram-se mais transparentes depois disso. Michael e William chegaram a um ponto em que podiam se comunicar silenciosamente, uma conquista que Michael considerou uma vitória pessoal.

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