"Primeira Morte"

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POV: Camila Cabello

Ela se aproximava com um sorriso malicioso, seus olhos verdes me encaravam como se eu fosse uma presa para ela.

Me aproximo quase em um ato de desespero, encosto nossas testas e ela sela nossas bocas com um beijo. Começo a movimentar meus lábios sobre os dela, sua língua invade minha boca  me fazendo sentir seu gosto de bala de cereja.

Minhas mãos deslizam por seu cabelo preto, parando em sua nuca pálida, arranho mostrando todo meu desejo enquanto ela aperta minha cintura colando o maximo possivel nossos corpos.

Mordia sua boca e sentia seus suspiros. Quando nos faltou ar resolvo descer os beijos para seu pescoço, beijo como se minha vida dependesse disso. Ela cada vez deixava seu pescoço mais exposto e puxava meu cabelo.

Seu cheiro doce misturado com o forte odor de seu sangue estava me deixando louca, sua veia pulsava... Eu não consigo resistir, é mais forte que eu! é da minha natureza.

Minhas presas aparecem e então mordo seu pescoço diretamente na veia jugular interna, me afasto e vejo o sangue jorrar pelos furos que causei, não consigo me controlar, eu a mato.

– Droga! - Digo despertando do meu sonho ou pesadelo. – Que loucura!.

As vezes acordo com o coração disparado ou a boca seca e eu imagino que a causa disso seja as pílulas, não sei se estão deixando os sonhos mais realistas ou se impedem que sejam piores.

Sonhar com ela tem sido muito regular.

Tudo que estava acontecendo me tornava insegura.

E mesmo nos meus melhores dias me sinto deslocada, como se todos já soubessem o que querem ou o que fazer, as roupas que vestem, as bandas que gostam, quem eles são, quem eles querem ser. Parece que eu sou a única que continua fingindo.

Penso enquanto faço minha higiene pessoal,  troco de roupas mais de 15 vezes, arrumo meu cabelo testando vários penteados mas no fim o que me incomoda de verdade é ter que tomar essas pílulas de sangue.

Suspiro segurando meu frasco de remédio, vendo que já estão acabando.

Desço para meu café e meus pais estão na mesa.

– Bom dia filha. - Minha mãe fala me encarando.

– Dormiu bem? - Meu pai pergunta colocando meu café sobre a mesa.

– A.. Claro. – Me sento.

– Eu peguei mais pra você,  sei que estão quase acabando. - Ela mostra mais pílulas.

– Mas já? Camila você esta bem? - Meu pai pergunta me encara do outro lado da mesa.

Engulo seco.

– Tô bem. - Sorrio bebendo meu café.

Mas era óbvio que eu não estava bem e eles sabem, só querem que eu diga isso em voz alta, mas eu não vou, porquê ai seria o fim de tudo e eu não estou pronta para o que vem depois.

First Kill. (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora