Capítulo 8 - O começo de novas conexões

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A alguns quarteirões de distância, na casa dos Kaulitz, os gêmeos dormiam tranquilamente. Naquela noite Bill dormiu junto com o irmão, sentia saudade por mais que estivem sempre juntos e raramente desgrudassem por um minuto se quer.

Os garotos compartilhavam a mesma cama, Bill dormia deitado de lado de frente para o irmão mais velho e Tom dormia de barriga para cima. Eles tinham o costume de sempre que dormirem juntos segurar a mão um do outro, independente da posição que estavam, até mesmo se estiverem abraçados, sempre arrumam um jeito de dar as mãos. Essa era a forma que Tom havia encontrado para acolher o irmão e mostrar que estava ao seu lado - pronto para lhe proteger se necessário - até durante seu sono, poderia dormir em paz já que o loiro não lhe deixaria sozinho.

Parte da noite seguiu bem, até que durante a madrugada Bill começa a se mexer constantemente, Tom tinha um sono relativamente leve quando dormia acompanhado, então foi despertando aos poucos.

O moreno acorda de repente, de forma abrupta. De uma hora para outra sua mente e coração ficam inquietos. Não tivera um pesadelo.

— O que foi, Bill? Volta a dormir. - Tom finalmente acorda muito sonolento. Queria dormir logo pois o dia que se segue seria cansativo. — Que horas são?

— 03h00 da manhã. - Bill vê as horas no celular ao lado da cama.

— Ainda temos muitas horas de sono. Você vai ficar com dor de cabeça acordando assim.

Tom Kaulitz conhecia seu irmão mais do que qualquer um, a final, o irmão era uma parte de si. A ligação entre eles era de outro nível, outro mundo.

— Não consigo dormir, maninho.

Bill coça o olho incomodado, Tom vira de lado ficando de frente para o irmão mais novo e olha para ele.

— Por que não consegue dormir? Teve um pesadelo? Posso cantar para você.

Apesar de não viver cantando como o irmão e até não ser tão talentoso quanto ele, o loiro costumava cantar alguma música tranquila para acalmar o gêmeo quando não conseguia dormir. Se mantinha ciente de que: a música espanta os males e amansa o espírito.

— Não precisa, maninho. - Bill solta a mão de Tom e o abraça. — Não tive um pesadelo, estava tendo um sono gostoso, mas comecei a sentir um mal pressentimento, do nada.

— Você não sabe por quê?

— Não. Está me apertando o coração, parece que fica cada vez pior.

— É apenas dor emocional ou também é física? Vou procurar algum remédio para você. - Tom se prepara para levantar, acender a luz e pegar um remédio para dor na caixa de primeiros socorros.

— Não, Tommy. Fica aqui. - O menino agarra o irmão mais firme, não queria que saísse de jeito nenhum. — Acho que é emocional, vai passar.

— Tem certeza? Pode ser alguma coisa mais séria. Vamos no hospital para conferir.

— Não quero ir no hospital, eu estou bem. Sério. - Bill deita a cabeça no peito do irmão.

— Está bem. - Tom faz carinho no cabelo de Bill. — Tenta não pensar nisso e voltar a dormir. Estou aqui com você e vai ficar tudo bem.

— Está bom. Obrigado Tommy. Eu te amo.

— Eu também te amo. Agora tenta dormir.

Bill sorri se aconchegando nos braços firmes do irmão, depois de longos 8 minutos acordados, eles voltam a dormir. Bill já se sentia um pouco melhor.

09h00 da manhã, o dia estava apenas começando para os gêmeos.

— Bom dia, Bill. Acorda. - Tom faz carinho no rosto do irmão e beija o topo de sua cabeça.

Georg Listing & Bill Kaulitz •Disputa de interesses•Onde histórias criam vida. Descubra agora