8장

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— Eu só te ajudei, percebi que estava desconfortável assim que parei a moto. Nem vem me olhar assim. – disse sentando ao seu lado e colocando o braço no encosto do banco.

— Você é um idiota, isso sim! E como sabia que estava aqui? – analisou as vestimentas do Sim, revirou os olhos.

Jake vestia um jeans preto e com alguns rasgos, uma camisa azul escuro junto de uma jaqueta da mesma cor que a calça, e um tênis também preto. O cabelo estava meio bagunçado e os lábios cheios de gloss.

— Pensei que você não fosse buscar o Wonie, então eu não fiz o que queria e fui na escola dele, mas um dos professores tinham me avisado que já haviam ido buscar ele, quando estava voltando vi vocês descendo do Uber, mas não me aproximei antes por ter visto uma pessoa.

— E por que eu não iria buscar o Jungwon? – franziu a testa.

— Você sabe bem o porquê. – reprimiu os lábios e Sunghoon revirou os olhos outra vez.

Os dois ficaram em silêncio até o momento em que o Park mais novo notou a presença de Jake, e não tardou em ir até o maior e puxá-lo para brincar consigo, enquanto Sunghoon apenas observava os dois no escorregador.

Por mais que odiasse elogiar alguém, Sunghoon sentia que deveria admitir que Jake era bom com crianças, pelo menos era o que o mais velho aparentava. Incluiu várias outras crianças em suas brincadeiras com o sobrinho, fazendo todas elas gostarem do "tio Key" e não terem mais vontade de ir embora.

Sinceramente, Park nunca foi bom com crianças, apenas com Sunoo e pelo motivo de serem irmãos e terem um ano de diferença, apenas. Não suportava os pirralhos fazendo barulho, mexendo em suas coisas ou vê-los sujos lhe deixava enjoado. E isso nunca mudou, nem mesmo com a chegada de seu sobrinho; para falar a verdade, só piorou.

Sunoo compreendia o irmão, então não forçava nada entre ele e o filho. Se Sunghoon tivesse que mudar, ele mudaria por vontade própria e não por obrigação; e talvez fosse por isso que Jungwon não se sentia tão bem ao lado do tio, assim como Niki também achava desconfortável sua presença.

— Ai, tô cansado. Essas crianças tem muita energia, não dá pra mim. – voltou a sentar ao lado do Park, estava suando e ofegante.

— Você poderia simplesmente dizer que não queria brincar. – Sunghoon encarou o outro com indiferença.

— Diferente de você, eu não consigo negar algo a uma criança, pois elas são os seres mais puros que poderia existir. É impossível alguém odiar tanto assim um ser tão pequeno, fofo e inocente.

— Eu não odeio crianças. – disse sem dar muita importância para o "ataque" do Sim.

— Então por que age como se odiasse? – rebateu. — Até parece que você nunca foi criança um dia. Pior de tudo é saber que nem do próprio sobrinho você gosta.

— Você não tem o direito de dizer isso sobre mim! Não sabe de nada da minha vida e quer vir dar palpite. – levantou do banco e ficou de frente para o australiano. — Espero que você se foda.

— Sua forma de fugir de um assunto é cativante, Park.

Juntos Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora