9장

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Algumas semanas haviam se passado desde o ocorrido do parque, e desde então Sunghoon tentou ao máximo ignorar Jake e se concentrar em Jungwon – este que chegou a estranhar o comportamento diferente do tio consigo.

Era sexta-feira e o garotinho iria em uma excursão escolar, Sunghoon estava com o sobrinho do lado de fora da casa esperando o ônibus vir buscá-lo enquanto Jake arrumava sua moto na garagem, já que mais tarde sairia com Heeseung e o sobrinho, e fazia um tempo que não dava uma atenção ao veículo.

O ônibus não demorou a chegar e parar na calçada, Sunghoon arrumou a mochila do sobrinho em suas costas e entregou a maletinha do seu lanche, ajeitou seus fios e selou sua testa antes de deixá-lo subir no automóvel e ver Jay esperando por ele.

— Está animado para a viagem, bebê? – o americano perguntou ao mais novo, recebendo um aceno. — Então vai lá sentar ao lado do Taki, vai!

Sunghoon sorriu pequeno ao ver o sobrinho subir as escadas devagar e sentar no primeiro banco ao lado de seu coleguinha de turma.

— Qualquer coisa eu te ligo, ok? Nós vamos para o jardim botânico e depois no museu, voltaremos antes das onze. – avisou ao Park assim como fez com os outros responsáveis. — E estarei pronto para o nosso encontro..

Sunghoon sorriu tímido e assentiu observando o homem acenar e adentrar o ônibus novamente, olhando-o sair andando pelo bairro até dobrar a esquina e sumir de sua vista.

A algumas semanas atrás quando o Park fora deixar Jungwon na escola, Jay não perdeu tempo em chamá-lo para sair e, é claro que o mais novo aceitou – estranhamente não se sentiu tão desconfortável com a ideia de sair com alguém.

E como Jake sairia com Heeseung e Jungwon naquele dia, não precisaria se preocupar com nada a não ser se divertir com o professor de seu sobrinho.

— O professorzinho falta te comer com o olhar, e se for só isso que ele queira de você? – ouviu a voz de Jake assim que entrou em casa e ele o seguiu para poder falar aquilo, já que Jaeyun Sim não perdia tempo em provocar. — Já parou pra pensar nisso?

— Primeiro, por que você se incomoda tanto com a minha vida? Segundo, o que ele quer fazer comigo ou não, não é do seu interesse. Terceiro, quem garante que não é isso que eu quero também?

— Primeiro, por mais que a gente brigue muito, eu me preocupo com você. Segundo, realmente não é do meu interesse, mas quando ele te magoar, não quero ter que servir de ombro amigo. Terceiro, eu sei que você nunca fez sexo na sua vida, muito menos que já beijou.

— Eu te odeio, sabia? – mandou um dedo do meio para o australiano.

— Ódio de cu é rola. – arqueou a sobrancelha e cruzou os braços se encostando na parede que dividia a sala da cozinha.

— Esqueceu que namora, foi?

— Não disse que a rola seria minha.

— Deu a entender que sim.

— Problema seu, otário. – subiu as escadas da casa, mas ainda recebeu uma almofada nas costas. — Irritante!

— Arrombado!

Juntos Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora