Olho o relógio vendo que são 7:30 da manhã, acordei sem sono nenhum, me levantei pra usar o banheiro e vejo que não tinha ninguém em casa.
Olho pra estante que tinha um papel escrito.
Fui a feira, volto na hora do almoço. Beijos mamãe
Deixo o papel ali e vou fazer minhas higienes, vou na cozinha comer algo e começo a mexer no celular. Mandei mensagem pro Gabriel pra saber se ele estava melhor, e ele não me respondeu, então decido ligar.
-hum?- depois de duas ligações perdidas ele atende
- tá melhor?
- não - sua voz ainda estava baixa.
- aí meus deus Gabriel, onde é sua casa?- ele demora pra responder.
- atrás da creche, número 22, a porta tá aberta só entrar.
- tá
desligo a ligação e vou trocar de roupa. Coloco um vestido solto, estava muito calor, sei que minha mãe disse que não queria mas eu junto do Ret, mas ela teria que entender que ele é meu amigo agora.
Pego meu celular e vou andando a farmácia, compro alguns remédio pra febre.
E vou andando até a creche que não era tão longe daqui, viro indo pra trás e vejo uma casa de dois andares nunca tinha vindo aqui, olho o número que era 22.
Bato na porta e entro.
- Gabriel?- chamo em voz alta e nada.
Começo a andar pela casa que era bonita até, mas estava toda bagunçada, subi as escadas a procurar dele, entro em um quarto e nada entro em outro e nada, vou em direção a outro e abro a porta.
E ali estava, o Ret deitado todo coberto nesse calor que estava fazendo logo cedo .
- você não tá normal mesmo- digo me aproximando.
- demorou demais - ele diz quase morrendo.
- deixa se ser besta garoto - coloco a mão na testa dele que estava pegando fogo - meu deus, acho melhor liga pra tua mãe, ou ir pro postinho.
- não incomoda ela não pô, eu tô bem suavão - ele diz baixo com os olhos fechados.
- se senta vai- tento puxar ele pra ajudar a sentar - toma .
Entrego dois comprimidos, um de dor muscular e outro de febre, ele toma os dois sem água nenhuma e eu fico pasma, porque faço um escândalo pra toma remédio.
- vem- tento puxar ele- tu tem que tomar um banho gelado, porque se for depende de remédio isso não vai passar.
- tu vai tomar comigo?- ele tenta dá uma risada.
- ate doente você é cafajeste assim- ele se levanta ficando maior que eu, tento giar ele que estava todo mole- ali é o banheiro?- aponto pra porta no seu quarto e ele assente.
Vou empurrando ele que estava apoiado em mim, ele se senta no vaso enquanto eu tento regular o chuveiro, logo ligo deixando a água gelada e puxo ele que me segue com os olhos fechados.
Ele entra embaixo da água com o short de dormir que ele estava. O bichinho se tremia todo.
- nem tá tão gelada assim- digo parada olhando ele.
Logo ele abre os olhos me olhando
- não tá não?- nego com a cabeça mas o infeliz me puxa pra embaixo do chuveiro de roupa e tudo.
- a não Gabriel!- digo saindo toda molhada - vou voltar pra casa toda molhada cara, vou falar oque pra minha mãe?
Fico logo pistola e abandono ele lá no banheiro e pego a toalha começando a me secar
...
Ele sai do banheiro enrolado em outra toalha e vai no guarda roupa pegar a roupa dele sem falar nada.
E me sento na cadeira de pernas cruzadas, estava toda molhada, e sem paciência.
Ele sai do banheiro com uma camiseta e um short preto da Nike e logo se deita na cama dele denovo todo mole.
- ficou bolada?- ele me olha com um sorriso fraco
Nem respondi ele e cruzei os braços virando o rosto
- foi mal pô, foi pra tu vê que não se faz isso com o coitado aqui- ele diz manhoso- pega alguma coisa pra tu vesti ali, coloca teu vestido no bagulho de secar lá embaixo.
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VIVAZ
FanfictionRet recebe a informação que tem moradoras novas no morro, era uma mãe e filha, as duas crentes, mas a primeira impressão de Ana e Ret não foi uma das melhores. Porém eles acabam criando uma aproximação, e descobrindo coisas passadas... 31/10/23