14장

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Jake acordou na madrugada ao ter um sonho envolvendo Sunghoon e a si mesmo; nele, os dois estavam juntos de uma maneira inusitada, mas boa ao imaginar. Porém o Sim não achava certo ter aquele tipo de pensamento envolvendo o outro rapaz — até porque se Sunghoon soubesse, o mataria.

Sentou na cama e espantou aqueles pensamentos impuros, logo levantando para ir ao banheiro lavar o rosto. Pegou uma toalha que tinha em cima da pia e a usou para secar seu rosto, podendo se sentir mais aliviado com aquilo. Mas o barulho do seu estômago roncando o fez bufar.

Saiu do quarto e caminhou até as escadas, mas quando passou em frente ao quarto do casal, percebeu que a porta estava entreaberta e saía uma luz lá de dentro. Andou a passos lentos até o cômodo e espiou pela frecha da porta, vendo Sunghoon sentado na cama com algo em suas mãos.

De primeiro, Jake pensou em não dar a mínima para aquilo e ir comer alguma coisa, mas ao ouvir um soluço vindo do Park, acabou por ficar preocupado com ele. Sunghoon nunca havia chorado naquelas últimas semanas, pelo menos nunca com o Sim em casa.

Então Jake caminhou até o homem e sentou ao seu lado, vendo agora que o que ele segurava era um quadro onde estava junto do irmão; os dois sorriam um para o outro, Sunghoon tinha o cabelo branco e Sunoo tinha o seu tingido em um rosa, suas roupas estavam combinando e a paisagem era de um jardim de girassóis. Lindo.

— Eu quero ele de volta.. – foi o que o Park disse em meio aos soluços e lágrimas que caíam por suas bochechas.

— Você deve deixá-lo ir, Sunghoon. – queria abraçá-lo, mas tinha medo de ser negado pelo mais novo, então não  o fez. — Sei que é difícil, ele é seu irmão.. eu não entendo muito bem porque sou filho único, mas sinto sua dor. Mas você precisa deixar ele descansar, só assim vocês dois ficarão em paz.

— Não é tão fácil quanto parece. – abraçou o quadro, não se importando mais de estar tão vulnerável na frente do Sim.

— Eu imagino que não, mas você precisa tentar.. – finalmente criou coragem para tocar as costas do maior e fazer um carinho ali.

— Já não bastava perder meu pai, depois o Sun e.. – fungou baixinho. — Algumas horas atrás me ligaram avisando que minha mãe teve um ataque cardíaco antes de ontem e não sobreviveu. O pior de tudo é que eu não pude dizer a nenhum dos três o quanto os amava, porque nunca passou pela minha cabeça que seria a última vez. Não consegui impedir meu pai de sair naquela noite mesmo tendo uma sensação ruim, não consegui pedir ao meu irmão que me acompanhasse até em casa naquele dia para me ajudar em um quadro meu, não consegui ver minha mãe por não permitirem mais de uma visita por semana e eu já havia ido ver ela na segunda.. agora minha única companhia é o meu sobrinho que todos conseguem enxergar o quanto não sou próximo dele.

— Você tem a mim também.

Juntos Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora