Cinco de Paus

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!!!!!!!!! ALERTA DE GATILHO: Depressão!!!!!!!!!!!!!

Era pra atualizar só sexta? Era pra atualizar só sexta. 

Eu cumpro com os prazos de atualização? NÃO, mas pelo menos é adiantado. 

O surto, o tempo livre e a formiga na bunda pra esvaziar as idéias da cabeça ajudam! 

Agradeço ao carinho que tenho recebido pela minha perda, agora meu corpo físico começou a sentir o luto e não estou bem, mas estou melhorando, e em parte graças á vocês. 

Amo cada leitora, que me dói partir o coração de vocês com o que escrevo. 

Eu amo os finais felizes, e teremos! Como sempre prometo, visualizo um final lindo pra Kelmiro e Dimaury. Mas até lá, precisamos desenvolver a história! 

Ás Dimaury: aproveitem 

Ás Kelmiro: desculpas 

As músicas do capítulo são: 

Dois Estranhos - João Gustavo e Murilo 

Sonho Bom - Munhoz e Mariano 

Bora sustentar a dor? 

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 Nas profundezas da mente, na escuridão apresentada num túnel somente com trilha de ida, Diego visualizava com rapidez, flashes de um filme que protagonizava sua vida. Todas as suas escolhas, seus sonhos, as pessoas ao seu redor que importavam para si, giravam diante de seus olhos, fechados fisicamente mas agora tão abertos internamente, enxergando suas feridas como as águas cristalinas que quase o levaram para o além vida.

Ainda via nuances do seu passado e borrões de um futuro incerto quando sentiu seu corpo ser apoiado numa superfície com grama e ouvir vozes o chamando em tom de desespero, além de sentir leves tapinhas em seu rosto, solavancos em seu peito e lábios trêmulos sob os seus com intenção de levar ar para seu pulmão

Tudo foi tão rápido que nem conseguiu processar o que acontecia. Deu um passo em falso próximo á cachoeira e quando percebeu estava sendo lançado de encontro á um poço de água que fazia seu corpo afundar cada vez mais devido a pressão da queda da água. E jurava para si mesmo, que ali naquele desespero de seu corpo físico lutar para sobreviver, sua mente desligou. Desejou talvez até permanecer por mais alguns minutos numa luta já perdida, para finalizar sua dor enfim. Tudo seria tão mais fácil, mais simples. Mas haviam seus sonhos ainda para conquistar, seus amigos, sua família, seus fãs e as pessoas que torciam tanto pelo ruivo, que se sentiu egoísta por querer abandonar tudo e todos para se esconder de encarar seus traumas.

Decidiu lutar para viver, quando ouviu no fundo de tantas vozes o chamando, uma em específica. Uma que tinha uma força sobre si tão profunda que aquecia as entranhas da sua alma e o revirava o estômago desde que sentiu os dedos tocarem levemente seus lábios. Abriu os olhos com Amaury em cima de si, num olhar tão medroso como um menino numa noite de chuva e trovoada.

- Diego? Tá me ouvindo? - Sentia as mãos de Amaury sacudindo seus ombros para atrair a atenção de seus olhos apáticos

Quando conseguiu puxar o ar completo pelo nariz, enchendo seu pulmão com oxigênio ao invés de água, sentiu a garganta arranhar e uma tosse tomar conta de si, conseguindo apenas sentar e afastar Amaury de cima de si para expurgar a água que havia engolido.

Amaury não poderia estar mais aliviado vendo Diego reanimado, tossindo e cuspindo a água engolida. Seu sorriso sincero de alegria não poderia ser maior, e enquanto passava as mãos nas costas do colega para ajudá-lo a encontrar o compasso respiratório, revivia tudo o que passou nos últimos minutos

Simples - Kelmiro/DimauryOnde histórias criam vida. Descubra agora