Ato 2. De Amor

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"Surreal o seu toque psíquico,
caso viceral, um desejo cítrico
uma noite em claro derretendo,
meu tempo, o medo, o corpo,
hoje eu sou seu acalento.

Surreal, eu deixo por escrito,
caso viceral, toque psíquico,
lance conjugal, desejo cítrico,
noite em claro derretendo,
meu corpo, meu medo, meu acalento."

Não era a primeira vez que eu ia de noite pra sua casa, e eu desejava que não fosse a última. Eu bati na porta, esperei alguns segundos e logo ele abriu para mim. Nem deu tempo de respirar direito que já começamos a nos beijar, beijos lentos e calmos, aumentando gradativamente em beijos ferozes e profundos. Ele fecha a porta e me prensa contra a parede, descendo beijos por todo o meu pescoço. Eu empurro ele de leve vou descendo até me agachar, ele já sabia o que eu pretendia por isso nem perdeu tempo para abrir seu zíper e abaixar sua cueca, tirando seu pau já ereto de lá.

Eu começo pelo começo, a cabeça, vou chupando e lambendo só aquela parte, dando alguns sorrisinhos maliciosos enquanto faço isso, sabia que ele estava mais sedento que eu, e eu gosto de ver a expressão sedenta dele, praticamente implorado para que eu vá logo.

Ele, já sem paciência, empurra seu quadril contra a minha boca, me fazendo quase engasgar, mas persisto em provoca-lo. Cansado de esperar, ele envolve os dedos nos meus fios de cabelo e começa a fazer movimentos lentos de vai e vem, movimentos que vão ficando cada vez mais rápidos até eu estar chupando seu pau inteiro em uma velocidade absurda. Conforme vou chupando, também faço movimentos com minhas mãos pra masturba-lo.

-Caralho...- Diz Alhaitham, meio fraco, depois de ter gozado na boca de Kaveh- Vamos pro quarto.

Eu só engulo tudo e concordo com a cabeça, me levantando para irmos até o quarto. Chegando lá, ele me deita na cama, ficando por cima de mim já começando a desabotoar minha camisa e minha calça. Faço o mesmo com ele e vejo aquele corpo belo na minha frente, eu nunca conseguia me acostumar com aquela visão, mesmo já tendo visto ela um monte de vezes. Acho que ele treina mais algumas coisas além do cérebro.

-Fica de quatro.- Ele diz, sempre com poucas palavras e em um tom autoritário, eu simplesmente obedeci e fiz o que ele mandou.

ouço o barulho de uma gaveta sendo aberta e, depois de alguns segundo, fechada. Provavelmente ele foi pegar o lubrificante e a camisinha. Depois de mais alguns segundos, provavelmente dele passando o lubrificante e a camisinha em si, ele finalmente enfia seu pau em mim.

Doía, como nas outras vezes, mas a sensação de prazer era mais forte do que isso. Ele esperou uns segundos até eu me acostumar, quando me acostumei com ele dentro dei um sinal mexendo meu quadril, ele entendeu e começou a se mover devagar, esperando eu me acostumar com ele se movendo ali.

-Vai logo.- Digo, já acostumado com os movimentos dele ali.

Ele começa a aumentar a velocidade, e a medida que a velocidade aumenta ele vai socando mais fundo, minha boca não consegue se segurar e começo a gemer, assim como ele, a cada estocada.

-Vai... Isso.- Digo, ofegante, enquanto ele estoca cada vez mais rápido.

Em meio a alguns palavrões e gemidos dizendo o nome dele, eu sinto que estou chegando no meu ápice.

-Eu tô... Quase... lá.- Digo pra ele, que nem faz nenhuma reação, só continua metendo como se não houvesse amanhã.

A cama parecia que iria quebrar a qualquer momento, espero que não tenha ninguém na rua agora, porque daria para ouvir meu gemidos, os corpos batendo e a cama rangendo do outro lado da calçada.

Eu chego no meu ápice e Alhaitham chega no dele alguns milésimos depois, deitamos, já exaustos, na cama e dormimos assim mesmo, sem lenço nem nada, apenas pelados e se aquecendo com o corpo um do outro. Sinceramente, essa foi a segunda melhor foda que eu tive com ele, apenas perdendo pra nossa primeira vez.

Acordo sentindo o sol na minha cara, viro pro lado e tento abraçar os lençóis para voltar a dormir, até que um alarme desperta.

-Filho da puta.- Digo, bocejando e dando um leve sorriso por ele me conhecer a ponto de saber que só o sol na cara não era suficiente para me fazer despertar completamente.

Desligo o alarme e vou pro banheiro, tomo banho, faço minhas necessidades, me seco com a toalha de Alhaitham e saio dali, vou no armário dele e pego umas roupas dele emprestado, mesmo ficando um pouco grandes em mim. Vou para a sala e pego umas bolachas para forrar o estômago, depois de pegar um pacote de Negresco do armário eu vou pra mesa da cozinha e sento para comer.

Enquanto eu comia, eu percebo que tinha uma carta deixada na mesa, embaixo da estátua horrível de um homem lendo um livro, mas um pouco pra fora para que eu conseguisse ver.

Eu pego a carta e leio o que estava escrito: "Fui pra Academia, se você quiser pode passar o dia na minha casa, fique a vontade para fazer o que quiser, te amo.
De Amor: Alhaitham."

Sagrado ProfanoOnde histórias criam vida. Descubra agora