Três semanas depois
Inês
Hoje finalmente é sexta-feira. Estas três semanas têm sido desgastantes. Os nossos professores têm-nos enchido de trabalhos, testes e relatórios. O lado positivo, é que metade, desses trabalhos são de grupo, então ficámos nós os quatro juntos (eu, Eduardo, Cláudia e Bruno), assim dá para estudarmos todos juntos, cada casal namorar e claro, fazer os trabalhos de uma forma animada. O Eduardo agora tem passado maior parte do tempo em minha casa, porque para além de chegarmos tarde devido à alteração de horário na universidade, é também por causa de tudo o que temos a fazer das aulas.
Eu e o Eduardo ainda não assumimos na universidade que namoramos, se bem que, ele está a pensar esta semana ou para a outra assumir. A Anastácia até agora não nos tem chateado nem feito das suas, por isso, achamos, que já não haverá problemas em assumir o que sentimos um pelo outro, até porque me custa estar com ele nos intervalos e não puder o abraçar, andar de mão dada ou o beijar.
- Bom dia amor – disse-me e deu-me um beijo no ombro – já estás há algum tempo acordada?
- Bom dia – sorri – sim, estou bastante ansiosa por causa do trabalho que temos para apresentar hoje – torci a boca – tenho receio que não corra como planeado.
- Ei – olhou para mim – nós os quatro estamos preparados para apresentar, sabemos os slides todos de cor e salteado, quem é que fala isto e aquilo, tem tudo para correr bem meu amor – sorriu – não podes ficar assim sempre que vamos apresentar um trabalho.
- Sim, eu sei – suspirei – só tenho receio de me sentir preparada e chegar lá, e dar para o torto.
- Não penses assim, tens de ter mais confiança em ti mesma – sorriu – para não falar, que eu vou estar ao teu lado, seja para o que for – dei-lhe um beijo.
- Bem, temos de nos levar – suspirei.
Levantámo-nos da cama e cada um começou a despachar-se. Após ter tomado duche, vesti umas calças ganga, uns ténis da adidas, uma camisola branca e um casaco preto que irei vestir depois quando sair de casa, uma maquilhagem básica.
- Amor, vou tomar preparar o pequeno-almoço – disse.
- Está bem, eu estou quase despachado do duche.
Saí do meu quarto, quando vou a caminho da cozinha, começo a sentir o cheiro do pequeno-almoço, parece que a Cláudia chegou primeiro que eu.
- Bom dia – disse.
Ao olhar para as panquecas que ela estava a preparar, uma vontade de vomitar apareceu. Fui a correr para uma das casas de banho e vomitei.
- Inês estás bem? – Perguntava a Cláudia enquanto corria.
- Sim, já passou. Foi só uma má disposição.
- Vê lá se não apanhaste alguma virose.
- Não te preocupes – disse enquanto lavava a boca – está tudo bem, nem me sinto doente – sorri – vamos para a cozinha?
- Sim vamos.
Saí da casa de banho e fomos para a cozinha. Sentei-me há mesa à espera dos rapazes mais a Cláudia. Quando chegaram, começámos a tomar o pequeno-almoço, depois do mesmo estar tomado, fui lavar os dentes.
- Amor, queres vir no meu carro, comigo? – Perguntou o Eduardo.
- Sim pode ser.
Ambos saímos de casa primeiro que a Cláudia e o Bruno. Saímos do prédio e entrámos dentro do carro dele.
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O idiota do meu inimigo de infância - 1°Livro | revisão |
RomanceInês tem 19 anos e é de Tabua que fica no conselho de Coimbra. Decidiu vir estudar para Lisboa, numa das melhores faculdades de enfermagem. Por mais que digam-lhe que é uma decisão um pouco arrojada ela não desiste. Eduardo tem 20 anos e é de Tábua...