Obra de Arte - Benedict Bridgerton

Capítulo 1

P.O.V Emma

11:00 horas da manhã

Fazia uma hora que eu tinha chegado na Inglaterra e 10 minutos que eu tinha pisado na entrada do palácio de Buckingham, o lugar onde meus pais moram e sendo sincera não estava tão animada pra ver eles, talvez estivesse pra ver meu pai mas para ver a minha mãe não... Bem, se ela parar com aquele assunto de casamento talvez eu goste de conversar com ela e contar sobre a minha viagem que eu fiz a Itália, mas é claro que não irei contar sobre tudo que aconteceu porque o que aconteceu na Itália fica na Itália.

Eu tinha feito essa viagem para fugir da temporada do ano passado, a de 1813. Minha mãe inventou isso a alguns anos atrás para as pessoas de classe alta da sociedade londrina pudessem se casar, acho que ela inventou isso só para ver seus filhos casados porque quando a temporada começava sempre vinha príncipes, princesas e até duques pra Inglaterra para encontrar alguém, casar e começar uma família.

Mas isso não aconteceu porque nem eu, nem meus irmãos e irmãs se casaram o que deixava minha mãe brava, ela só queria netos porque ela tinha medo que quando ela e meu pai morressem a geração deles acabassem nos meus irmãos por nenhum ter um filho legítimo, e assim não teria nenhum herdeiro ao trono.

Mas voltando para mim, como eu não queria entrar em um relacionamento agora eu sempre dava um jeito de fugir e a minha desculpa que eu dei ano passado foi a viagem pra Itália, eu conversei com os meus pais e falei que essa viagem seria boa pra mim aprender o forte piano, canto, e aperfeiçoar meu italiano e assim eu teria mais chances de arrumar um marido. É claro que sendo uma princesa eu não precisava de nada disso para casar, só com eu falando que tinha sangue real teria vários e vários homens caindo aos meus pés, mesmo se eu fosse desprovida de inteligência teria homens implorando para se casar comigo.
Minha mãe não queria que eu fosse mas o meu pai deixou contando que eu teria guardas 24 horas por dia atrás de mim observando cada movimento meu.

Assim que cheguei no palácio de Buckingham olhei em volta e respirei fundo, eu só estava ali pra avisar meus pais que eu cheguei bem de viajem e depois iria pra minha casa. Vi um dos guardas se aproximando e fazendo uma breve reverência pra mim.

Guarda: Vossa alteza, sua majestade a rainha me informou para que a senhorita fosse para a sala de estar onde acontecem as tardes de chá - Ele fala com uma voz calma -

Emma: E porque?

Guarda: Ela disse que gostaria de ter uma breve conversa com você e com seus irmãos e irmãs

Emma: Meus irmãos estão aqui? - Eu perguntei, era estranho todos os meus irmãos estarem reunidos aqui no palácio -

Guarda: Estão vossa alteza

Emma: Tudo bem então, obrigada

Dei um sorriso fraco e ele faz uma reverência e eu saí indo até a sala de estar onde minha mãe gostava de tomar os chás dela, assim que cheguei lá já pude sentir o cheiro de cigarro e de álcool, vi meus irmãos jogados no chão e no sofá enquanto bebiam e fumavam, enquanto minhas irmãs estavam sentadas nos sofás conversando e bebendo chá. Também tinham alguns serventes ali segurando bandejas com alguns aperitivos.

Frederick: Olá irmã, como foi a viagem? - Ele diz segurando um copo de bebida -

Emma: Foi legal, aperfeiçoei meu canto e forte piano, nada demais. Também visitei lugares lindos

Eu fui sentar com as minhas irmãs enquanto elas me cumprimentavam.

Augusta: E seu italiano? Como está? - Ela me pergunta quando eu me sentei do seu lado -

Eu logo lembrei que fiquei com dois italianos quando eu consegui despistar os guardas que ficavam atrás de mim dia e noite, eu fiquei com os dois ao mesmo tempo mas quando as coisas estavam começando a esquentar eu parei.
Eu não era tão santa como as minhas irmãs, se eu quisesse fazer algo eu ia lá e fazia, e meus pais não podem nem sonhar com as coisas que eu já fiz porque se não eles iriam me deserdar.
A única certeza que eles tinham e que realmente era real é que eu era virgem, meu maior medo era ficar com algum homem e engravidar, tirando o fato que isso seria um escândalo.