Um leve brisa passou pelo corpo de Elain. Ela sentiu um leve desconforto em sua cabeça, apesar de ter bebido tão pouco na noite passada. A sua cabeça zumbia, ela estava submersa no sonho que a rondava, ela estava com preguiça de levantar da cama. O travesseiro embaixo de sua cabeça era quente e confortável, um braço musculoso estava segurando a sua cintura, como uma enguia, com firmeza. Quando expirou o cheiro do quarto, estava apreciando o corpo quente pressionado em sua costas, uma perna não familiar passava por cima de seu corpo.
O ar dos pulmões de Elain pareciam ler congelado no lugar.
O cheiro entrou no nariz de Elain, um cheiro de excitação estava impregnado no quarto, foi preciso menos de meio segundo para que a fêmea descobrisse de quem era o dono do cheiro misturado com o dela. A noite anterior passou como um relâmpago pela sua mente, a fazendo colocar as mãos na boca para não gritar. Ela moveu se levemente para fora da cama e Lucien a puxou novamente para os seus braços. A respiração estava fraca e tranquila, o coração batia dele no mesmo ritmo que ela escutava todas as noites,quando estava quase dormindo, quando ele estava dormindo.
Elain saiu furtivamente de seus braços, dando um travesseiro em seu lugar quando Lucien resmungou.
Não vou surtar. Pensou Elain. Não aconteceu nada. Só dormirmos no mesmo quarto, não é preciso se preocupar com o frenesi. Uma respiração profunda escapou de Lucien. A fêmea se assustou, colocando a mão no coração e isso fez com que tropeçasse na cômoda fazendo um vidro rolar, as mãos de Elain seguraram o pote antes que ele caísse e despedaçasse no chão. Ela só percebeu que as suas mãos tremiam quando colocou o recipiente em seu devido lugar.
O cheiro dela estava mesclado com o cheiro dele, não haviam feito amor, mas estava misturado mesmo assim. O seu rosto adquiriu uma coloração avermelhada enquanto balançava a cabeça olhando para o macho em sua cama.
Ela olhou rapidamente para o peitoral, a camisa estava com os dois botões abertos. Elain desviou os olhos quando percebeu que estava encarando demais.
Isso não está acontecendo. Não estar. Não estar.
Os olhos dela se fixaram na janela. O sol estava quase se pondo.
Merda
Enlouqueci de vez, não sou adepta a violência mas queria poder dividir-me em duas para espancar a mim mesma. O que estava na minha cabeça para...
É culpa do álcool.
Vou passar dez anos sem beber uma gota.
Ela saiu do quarto com passos de algodão, abraçando o próprio corpo. O desespero ondulava por ela conforme tomava banho. A última coisa que desejava era os irmãos bisbilhotando ou descobrindo o que havia feito. O cheiro dos dois estava no quarto, ela tinha que tirá-lo dali.
O banho estava sendo tomado no quarto mais longe do dela, onde Lucien dormia. Elain tomou um banho tão gelado que quase a queimou. Vestiu a calça e a blusa com os olhos atentos no pôr do sol. A última coisa que faltava era chegar atrasada para aquilo.
- Caramba, caramba, caramba - xingou ela apertando a bota firmemente em seus pés. Desejando aos deuses que não acordasse Lucien com o barulho que fazia enquanto se vestia.
A mente dela voou, pensando em como Lucien reagiria acordando com o cheiro dos dois. Ela engoliu seco. As visões dela futuras dela ficavam imprecisas quando estava com ele. Parecia que ele a cegava.
Ele a cegava. Ele odiava isso.
Vou me fazer de sonsa como sempre. Uma verdade bem sonseada, torna-se mentira auditada. É só fingir que nada aconteceu. E tudo vai correr o percurso do desespero. A peito de Elain estava doendo, quando foi em direção a ilha que estava sendo erguida entre o mar. Uma barreira se ergueu quando todos os seus irmãos entraram no Rex.
Elain odiava aquilo, cada pensamento deturpardo que pensava sobre Lucien. Pensamentos indecentes e nojentos que a deixava extremamente agitada. E quando eles começavam, não pareciam dar o mínimo sinal que iriam parar.
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Notas
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Corte de Visões e Luzes
Fanfiction- Você é uma hipócrita de certa forma - A voz dele estava firme. Tão firme que parecia uma linha de violão, prestes a se quebrar. Isso chamou a atenção de Elain, surpresa escapou dos olhos dela. (...) - O que você deseja, Lucien, é um amor incontrol...