Capítulo 57 :

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Parado em frente a porta de Jonathan questionava minha sanidade, infelizmente ele era o único que poderia me ajudar no momento

Isso é um tiro no pé

Antes que eu mudasse de idéia apertei a campainha, após alguns segundos de espera, a porta se abriu e Jonathan apareceu com um sorriso no rosto.

- Lucas! Que surpresa agradável. O que o traz por aqui? - ele genuinamente parecia surpreso e empolgado com minha presença

- Oi, Jonathan - sorri sem jeito

- Não precisa ficar tímido, entra aí - ele abriu ainda mais a porta e me deu espaço para entrar

- Preciso de um terno emprestado - falei enquanto ia em direção ao sofá - Desculpa te incomodar

Praticamente desfaleci no sofá, só agora sentia o cansaço tomar meu corpo da corrida até lá. Meus pés trabalharam na mesma medida que meus pensamentos, rápidos como uma flecha

- vocês vão se casar? - não pude não sorrir com a ideia, era tão boa que parecia irreal e inalcançável

- um dia, concerteza. Mas não - sorri envergonhado - preciso pra festa de amanhã

- vai ir fantasiado de que? - dei de ombros mesmo com a ideia de Kauane passando pela minha cabeça, como eu explicaria pra ele que possivelmente iria me fantasiar de cachorro só pra agradar ela

Ele riria da minha cara e me chamaria de louco

- e a Kauane?

- Cruella

- deixa eu adivinhar... - ele colocou a mão no queixo pensativo e começou a andar em volta do sofá - ela quer que você vá de dámalta?

Apenas ri e concordei com a cabeça

- com direito a coleira e tudo?

Ele parecia genuinamente impressionado, como se tivesse acabado de ouvir a ideia mais genial do mundo

- não vai nos julgar?

- loucuras de amor - ele deu de ombros e foi em direção a cozinha, ouvi a geladeira ser aberta e logo em seguida o som de uma latinha sendo aberta - quem nunca né, aliás todo mundo vai tá grogue demais pra reparar num cara desfilando de coleira pela festa

- não sou um cara qualquer - escutei seus passos vindo em minha direção

- mil perdões, Brad Pitt - ele deu um longo gole e estendeu a lata de cerveja para mim - aliás, já vi coisas mais bizarras do que um homem encoleirado nessas festas

- vindo de você não fico surpreso - tomei um gole da cerveja, o amargor misturado com a sensação gélida desceram queimando minha garganta

Cerveja não é meu forte

- quais suas medidas? - ele parou para me analisar, estava tão focado que linhas se formavam em sua testa

- alto e gostosão? - dei de ombros




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