𝐂apítulo Único

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Não se passava das nove da manhã, porém aquela grande esfera de calor que se chamava sol, já começara a brilhar a todo vapor em um céu incrivelmente azul, que não tinga nenhuma das fofas e brancas nuvens que costumava possuir. De tronco desnudo no piso preto feito de cimento, estava um garoto de linda pele amarronzada, com seus cachos cor de chocolate balançando a cada rajada do vento quente que o ventilador transmitia em direção ao seu rosto na esperança que fosse ajudar a diminuir toda a fervura que alojava todo o mundo naquele ano.

Tudo que ele pensava era em tentar amenizar o ardor que sentia no corpo, que estava úmido de suor. Mesmo depois de já ter usufruído de um banho tão gelado, quanto  os canos velhos e imundos que ligavam o chuveiro à caixa d'água poderia oferecer. Aquele tempo o estava deixando exausto, nesse calor que se passava nem uma alma viva possuia alguma pequena coragem para desenvolver qualquer atividade naquele sol fervente.

Seu maior sonho era que em algum momento o grande lençol azul que cobria sua cabeça começasse a chorar para esfriar o terreiro quente e suas peles usadas e queimadas, mas como isso provavelmente não iria se concretizar com aquele mesmo céu limpo tudo que restava era se contentar com o seu fraco ventilador.

𝐂onsumação das 𝐂hamasOnde histórias criam vida. Descubra agora