Capítulo 8: A Elaboração do Plano

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Na mansão da família Shauce:

Era domingo por volta das 11:55 am, João se arrumava cuidadosamente no seu closet, escolhendo com atenção sua roupa para o encontro com seus amigos. Decidiu vestir uma elegante roupa de outono da marca Giorgio Armani, com um blazer azul-marinho, uma camisa branca e uma calça de linho bege. Completou o visual aplicando uma leve borrifada do perfume Bleu de Chanel, exalando uma fragrância sofisticada.

Ao sair do closet, João foi surpreendido pelo mordomo Jeffrey, que bateu na porta chamando seu nome para avisar que o chofer já aguardava na BMW Série 750i L Pure Excellence, pronta para levá-lo ao seu destino.

- Sr Shauce, o carro está esperando por você - disse Jeffrey com sua voz elegante e postura impecável.

João pegou seu celular e saiu apressadamente, indo em direção à sala principal da luxuosa mansão. Antes de sair, sua mãe Andreia, uma mulher de cabelos pretos e olhos castanhos, chamou sua atenção e perguntou para onde ele iria.

- João, querido, para onde está indo? - indagou Andreia com um olhar de curiosidade.

Com um sorriso encantador, João respondeu:

- Vou encontrar-me com meus amigos para dar uma volta. Não se preocupe, mãe, estarei de volta antes das 6 p.m.

Andreia suspirou, sabendo que seu filho era um jovem "imprevisível", e apenas pediu para que ele não voltasse tarde.

- Tudo bem, João, mas garanta que voltará a tempo para o jantar. - respondeu, com uma mistura de preocupação e entusiasmo.

João acenou com a cabeça e deu um beijo na bochecha de sua mãe antes de se dirigir à saída da mansão. Lá estava a imponente BMW, um carro de luxo prateado, reluzente ao sol. O chofer, um homem de meia-idade chamado Roberto, abriu a porta para João, que entrou no veículo com uma expressão de empolgação estampada em seu rosto.

- Olá, sr. Shause. Para onde deseja ir hoje? - perguntou Roberto, com um forte sotaque italiano.

- Me leve até o Restaurant Tapería, vou encontrar-me com meus amigos lá - respondeu, ajeitando-se confortavelmente no banco de couro do carro.

O chofer deu partida no veículo, conduzindo com habilidade pelas ruas elegantes do bairro.

Durante o resto do trajeto, João com a cabeça encostada na janela, mexia no celular e observava as mansões e jardins impecáveis ao redor.

Chegando ao local combinado,"Restaurant Tapería Lío Salamanca", Shauce encontrou seus amigos já aguardando na mesa do lado de fora. Cumprimentaram-se com entusiasmo e ocuparam as mesas que estavam disponíveis. A atmosfera descontraída do ambiente combinava com a ocasião e eles começaram a falar sobre o plano para se vingar de Victor.

Enquanto degustavam as refinadas, deliciosas iguarias do restaurante, a conversa entre os amigos foi ganhando forma. Edu, sempre impecavelmente vestido, ajustou sua blusa de grife e reforçou a ideia de uma humilhação em público como forma mais eficiente de atingir Victor.

- Concordo plenamente, Edu. Devemos mostrar a todos quem o lixo realmente é - concordou Alex entusiasmado com a possibilidade de colocar o plano em prática.

Henry, concordou e sugeriu que a humilhação acontecesse na escola, onde todos poderiam testemunhar.

- Na escola seria o cenário perfeito para expor ele. ¡que foda sería eso!- acrescentou Henry, olhando com determinação para seus amigos.

João, atentamente ouvindo seus amigos, completou a ideia, desta vez sugerindo o uso de panfletos ou algo semelhante para criar uma maior repercussão.

- Bueno, se pá, da para espalhar panfletos pela escola. Dessa forma, a notícia se espalhará rapidamente e todos tomarão conhecimento - explicou, pensando em como causar um impacto duradouro.

Ádrian adicionou um ponto importante à discussão.

- ¡Calma gente!, o plano precisa ser algo pessoal, algo que afete diretamente o Oliveira. Mentiras não serão suficientes. Precisamos encontrar algo verdadeiro sobre ele, algo que possa ser usado para expô-lo publicamente - afirmou Ádrian, olhando diretamente para Guilherme.

Gui, ainda confuso com essa proposta, perguntou como ele poderia descobrir informações pessoais sobre Victor.

Edu, colocando a mão no ombro do Godoy, olhou seriamente para ele, oferecendo uma sugestão.

- Você tem acesso à área dos funcionários. Talvez você encontre alguma informação no quarto daquele lixo. Algo que possa ser usado contra ele. - sugeriu Eduardo, com um olhar desafiador.

Nesse momento, Edu fez uma outra sugestão, envolvendo sua irmã. Porém, Gui estava relutante em envolver Letícia nesse plano, pois sabia que ela tinha um nível de lerdeza e certamente pediria algo em troca. Ele decidiu que era melhor fazê-lo pessoalmente.

- Não acho uma boa ideia envolver mi hermanita nesse plano. Ela é muito "lerda" digamos assim, ainda pediria algo em troca. Vou fazer isso pessoalmente - afirmou Guilherme, determinado em seguir em frente no plano.

Enquanto o segundo prato começava a ser servido, o grupo continuava a discutir e planejar cada detalhe. O clima no restaurante era descontraído, mas a determinação em seus rostos era evidente.

Alex, com a voz suave, dirigiu-se a Shauce, trazendo uma nova ideia para o grupo:

- João, ¿e se a sua namorada nos ajudasse nessa exposição do emo? Uma das amigas dela faz parte do jornal da escola e pode imprimir os materiais necessários para concretizar o plano. ¿O que você acha?

João, ponderando por um momento, acenou positivamente com a cabeça.

- Hm...É uma ótima ideia. Beca pode ser uma aliada valiosa para nós. Vou conversar com ela e ver se ela está disposta a colaborar.

Eduardo e Henry concordaram com a sugestão de Alex, reconhecendo a importância de uma colaboração externa. Afinal, ter acesso a recursos do jornal da escola poderia aumentar ainda mais a visibilidade do plano e tornar a exposição de Victor mais eficaz.

Conforme o almuerzo prosseguia, João puxou o celular do bolso e enviou uma mensagem para Rebeca, convidando-a discretamente para uma conversa.

Enquanto esperava a resposta, João voltou sua atenção para a mesa, onde seus amigos continuavam a debater sobre os possíveis impactos do plano. A tensão era palpável, mas todos estavam comprometidos com o objetivo em comum.

Pouco tempo depois, o celular de João vibrou em sua mão. Era uma mensagem de Rebeca, concordando em ajudar, porém em troca queria jantar com a família dele na majestosa mansão. Shauce sorriu, sentindo-se aliviado e confiante de que teria o apoio necessário.

Terminando de almorzar, o grupo levantou-se da mesa, pagou a conta e se despediu do atencioso garçom. Enquanto aguardavam a chegada dos motoristas para levarem embora, João puxou o braço de Edu e Henry, aproximando-se para uma rápida conversa enquanto os demais estavam em um telefonema.

- Beca concordou em nos ajudar com a exposição. Ela irá falar com sua amiga para imprimir os materiais para nós. Irei encontrar com ela em breve para discutir os detalhes - anunciou Shauce com um sorriso de satisfação.

Entusiasmados, eles começaram a rir e trocar ideias. O sol da tarde iluminava o restaurante, criando um cenário perfeito para as confabulações. O grupo se sentia confiante e o brilho nos olhos de cada um mostrava que estavam prontos para enfrentar qualquer obstáculos, desafiando até onde estavam dispostos a ir. A partir daquele momento, uma série de eventos estava prestes a desenrolar-se.

CONTINUA...

𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐨𝐬 𝐂𝐫𝐮𝐳𝐚𝐝𝐨𝐬 Onde histórias criam vida. Descubra agora