𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐨𝐬 𝐂𝐫𝐮𝐳𝐚𝐝𝐨𝐬

Capítulo 9: Conversas e Dúvidas

Na mansão dos Romero:

Maky acorda com batidas fortes e gritos chamando pelo seu nome. Era Elaine Martins, a governanta, que estava impaciente do lado de fora do quarto.

— Maky, ¡Abre esa puerta ahora! !Já são duas da tarde e ¿você ainda está dormindo? - Elaine esbraveja, tentando girar a maçaneta.

Maky teve uma noite agitada jogando online com os seus amigos até altas horas. Estava exausta e só queria dormir mais um pouco. Se enrolando no cobertor segurando o seu ursinho de pelúcia, Stitch, que era o seu companheiro desde a infância.

Ela estica o braço até a mesa de cabeceira e pega o celular, esperando que a governanta desista de incomodá-la.

Enquanto olha para a tela, vê que já são 2:13 pm, com várias notificações, inclusive mensagens de Victor. Ao abrir o whatsapp e lê as mensagens  atentamente, percebe que parecem de desespero, falando sobre o que tinha acontecido entre ele e o Guilherme.

Ainda ouvindo a governanta na porta, sonolenta, responde com a voz rouca:

— ¡Infiernos de caralh*s, só mais cinco minutos "chefia"!

Elaine solta um suspiro irritada e continua a bater na porta.

— Não pode ser cinco minutos, Maky! O almoço já está pronto e faltam apenas algumas horas para o jantar!

Relutantemente, ela se levanta da cama e vai em direção à porta.

Ao abrir a porta, a governanta entra no quarto com a expressão de desaprovação característica.

— ¡Finalmente! Não tem vergonha de ficar dormindo até essa hora? Você tem que se cuidar, menina. Tem que ter uma rotina, se alimentar bem, fazer exercícios... - diz, enquanto arruma a cama e recolhe as roupas sujas do chão.

— Precisa deixar de ser preguiçosa, Maky. Cuidar desta mansão é uma tarefa árdua, e sua mãe confiou em mim para garantir que tudo esteja em ordem.

Maky boceja e esfrega os olhos enquanto ouve Elaine reclamar. Ela entende a responsabilidade dela, mas também sabe que tem suas próprias preocupações.

Deixando a Sra. Martins, falando sozinha em seu quarto, ainda vestida com seu pijama de seda. Ela decidiu sair e caminhar pelos corredores da imponente mansão. Seus pés descalços deslizavam suavemente sobre o carpete macio enquanto ela seguia em direção à escada principal, cujos detalhes esculpidos à mão conferiam um ar de nobreza ao local.

Com passos apressados, Maky desceu a escada, sentindo a energia pulsar em seu corpo.

Ao alcançar a sala de estar, Maky jogou-se no sofá de veludo azul, afundando-se em suas generosas almofadas. Enquanto se acomodava, decidiu responder às mensagens de Victor, que haviam se acumulado em seu celular. Ela selecionou a opção de enviar um áudio, pedindo para ele se encontrar com ela em sua casa.

Após alguns minutos, o celular emitiu um som, sinalizando uma nova mensagem de áudio recebida. Ela imediatamente reproduziu a mensagem de Vic. Sua voz, carregada de tristeza, ecoou pelos alto-falantes do celular:

— "Tá bom, tá bom. Eu tô indo aí. Obrigado por se importar comigo." - disse com a voz embargada.

Enquanto digitava, Maky não percebeu que sua mãe, havia chegado furtivamente à sala de estar.

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