Só por uma noite

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Música do capítulo:

Charlie Brown Jr.

Só por uma noite

Eu procurei em outros corpos encontrar você
Eu procurei um bom motivo pra não, pra não falar

Procurei me manter afastado
Mas você me conhece eu faço tudo errado, tudo errado

Fim de semana, eu sei lá, vou viajar
Vou me embalar, vou dar uma festa
Eu vou tocar um puteiro
Eu vou te esquecer, nem que for

Só por uma noite
Só por uma noite
Só por uma noite
Só por uma noite

Mas só de ouvir a sua voz
Eu já me sinto bem

XXXX

Marília.

Nos dias seguintes ao encontro com Maraisa no meu escritório, fiquei mudando entre me punir por minhas ações e sentir prazer ao repassá-las em minha mente.

Eu fiz sexo oral na irmã de Noah.

Eu fiz sexo oral na irmã de Noah e amei cada segundo.

De todas as mulheres no mundo, fui escolher logo essa.

Eu era uma doente.

Mas ela foi a única mulher que eu quis praticamente desde o instante em que a conheci.

Essa loucura precisava parar.

Sempre que eu estava tentando seguir normalmente os meus dias, me lembrava da sensação de sua carne contra minha boca, de seu sabor. Ficava tentando justificar, porque eu que tinha dado prazer a ela, como se isso significasse que eu não havia tomado algo que não tinha direito. Mas dar, e não receber, de algum jeito, deixava o que fiz um pouco menos imperdoável.

E então, praticamente a expulsei do meu escritório. Foi tão fácil me imaginar fodendo-a contra a parede ou sobre a minha mesa. Estava prestes a explodir, a segundos de me enterrar nela. Suspeitei de que ela me deixaria fazer o que eu quisesse. Porque era o que ela queria. Isso me assustou pra cacete. Pode ter parecido que perdi o controle quando a chupei, mas eu estava absolutamente ciente das minhas limitações durante cada segundo. Tomei uma decisão clara no momento em que a coloquei sobre minha mesa e cedi à tentação, mas também não permiti que as coisas fossem além de sexo oral.

Ela provavelmente interpretou meu pedido de que fosse embora como uma rejeição. Mas ela mal podia imaginar o quanto eu a queria, todas as coisas que eu queria fazer com ela, as coisas que eu queria que ela fizesse comigo. No entanto, eu estava mais determinada do que nunca a impedir que qualquer outra coisa acontecesse antes que fosse tarde demais.

Eu precisava fazer algo drástico. E isso começaria hoje.

(...)

Uma semana após aquele encontro, Maraisa ainda não havia entrado em contato. E eu também não havia tomado essa iniciativa. Eu sabia que ela viria em algum momento, já que iria querer ver Noah. Mas, por enquanto, apreciei o espaço que sua ausência me trouxe.

Pela primeira vez em um bom tempo, eu tinha planos para sair esta noite. Minha missão era fazer o meu melhor para esquecer Maraisa e esse dilema por uma noite. Todo ano, Maria dava uma enorme festa com o tema Nova Orleans para comemorar seu aniversário. Era o lugar perfeito para levar Keely, uma mulher que eu tinha conhecido em um aplicativo de relacionamentos. Decidi que precisava me forçar a começar a sair com alguém novamente. Foi a única coisa em que consegui pensar para me distrair do que havia acontecido com Maraisa.

M. Mendonça | G!POnde histórias criam vida. Descubra agora