não te amo

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ᴀ ʀᴜᴀ ᴠᴀᴢɪᴀ, ᴍᴏʟʜᴀᴅᴀ ᴅᴇ ᴄʜᴜᴠᴀ
ᴏ ʙᴀɴᴄᴏ ᴅᴏ ᴍᴇᴜ ᴄᴀʀʀᴏ ᴍᴇ ʟᴇᴍʙʀᴀ ᴅᴀ ᴛᴜᴀ ɴᴜᴄᴀ
ᴜᴍ ᴄᴏᴘᴏ ᴅᴇ ʙᴇʙɪᴅᴀ ǫᴜᴇɪᴍᴀɴᴅᴏ ɴᴀ ɢᴀʀɢᴀɴᴛᴀ
ᴇᴜ ғᴜɪ ᴀ ᴛᴜᴀ ᴠɪᴅᴀ, ᴀɢᴏʀᴀ ᴇᴜ sᴏᴜ ʟᴇᴍʙʀᴀɴçᴀ

ɴãᴏ, é ᴄʟᴀʀᴏ ǫᴜᴇ ᴇᴜ ɴãᴏ ᴛᴇ ᴀᴍᴏ
ᴍᴀs ᴛᴇɴᴛᴀʀ ᴛᴇ ᴇsǫᴜᴇᴄᴇʀ ᴊá é ʟᴇᴍʙʀᴀʀ ᴅᴇ ɴós
ᴇ sᴇ ᴇᴜ ʟᴇᴍʙʀᴀʀ, ɴãᴏ ᴍᴇ ʀᴇsᴘᴏɴᴅᴇ
ᴇᴜ ᴊᴜʀᴏ, ᴇᴜ ɴãᴏ ᴛᴇ ᴀᴍᴏ, ᴇᴜ só ʙᴇʙɪ ᴅᴇᴍᴀɪs

Poucos dias passaram, e Giovanna e Jude decidiram se permitir uma pausa nas preocupações da vida fora de Portugal, se entregando ao ambiente animado de mais uma festa local. O som alto da música preenchia o ar, enquanto as risadas e conversas se misturavam em uma sinfonia festiva. Não era uma festa com muita gente, em sua maioria eram pessoas perto dos trinta ou até quarenta anos e pré-adolescentes de treze ou doze anos, mas eles os dois só queriam qualquer coisa que tivesse música alta e gente.

Ambos seguravam copos, brindando a um momento de descontração, a luz colorida dos holofotes iluminando levemente o lugar.

— À liberdade, seja lá o que isso signifique para cada um de nós. — Jude ergueu o copo, propondo um brinde.

A garota sorriu, concordando, e os dois tomaram um gole. O álcool proporcionava uma sensação de leveza e a Moratti não lembrava desde quando o álcool tinha virado quase uma necessidade para se divertir.

Os dois circulavam pela festa tentando se livrar de um grupinho jovem que parecia ter reconhecido Jude e, em vez de ir falar com o jogador, ficaram observando estranhamente os dois se divertindo, quando Jude notou a mudança sutil na expressão de Giovanna.

— Algum problema? — ele perguntou, percebendo que a descontração anterior dela havia se dissipado um pouco.

— Não, só... me lembrei de algo. Deixa pra lá. — a menina tentou disfarçar, mas ele percebeu a sombra nos olhos dela.

Bellingham não era o problema naquele momento e ela esperava que ele não pensasse que fosse, porque isso só os faria voltar o caminho longo que já tinham percorrido, uma vez que o verdadeiro problema era a música que estava tocando - uma música que Manollo, irmão de Giovanna, escutava várias vezes e que ela detestava.

— Se quiser falar sobre isso, estou aqui. — ele ofereceu, tentando demonstrar preocupação genuína.

Giovanna hesitou por um momento, mas então concordou com um aceno de cabeça.

— Talvez mais tarde, tá bom? Por enquanto, vamos aproveitar a festa. Não é nada demais, Bellingham.

Os dois continuaram a se envolver no clima festivo, dançando, rindo e bebendo um pouco.

A festa continuava em pleno vigor, e Giovanna e Jude se deixavam levar pelo ritmo animado do DJ, ignorando os olhares julgadores de uns senhores de quarenta anos que estavam de braços cruzados aproveitando a música.

Enquanto dançavam, Jude puxou Giovanna para si, questionando:

— Você está mesmo bem? — ele perguntou, notando a expressão pensativa dela, e ela suspirou, revelando um lampejo de vulnerabilidade.

— Às vezes, a música me faz lembrar de coisas que preferiria esquecer. — ela olhou ao redor, como se procurasse uma distração momentânea.

— Certo. Se quiser ir embora ou, sei lá, qualquer coisa, me fala, pode ser? Não guarde tudo para você, Giovanna.

𝘊𝘓𝘈𝘙Ã𝘖 - jude bellinghamOnde histórias criam vida. Descubra agora