- Eu não quero me Despedir

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Após o almoço, Irene se encontrava na sala de estar arrumando o carrinho de Danielzinho com o mesmo dentro para fazerem um passeio pela cidade.

A casa estava silenciosa, nem Gladys nem Tadeu e muito menos Graça estavam em casa o que a deixava mais tranquila para poder ter um momento a sós com o "neto".

Ela estava abaixada a altura dele e prende o cinto de segurança ao redor do corpo dele e o olha, o menino sorriu para ela e ela sorriu em resposta para ele.

Caminharam em direção a porta enquanto Irene empurrava o carrinho para fora da sala de estar.

Por já estar próximo do entardecer, o sol já estava mais baixo o que a deixava mais tranquila pois assim não incomodaria o bebe.

Em passos lentos, ela empurrava o carrinho pela calçada e sorria tranquila por estarem sozinhos. 

Irene já não se incomodava mais com os olhares das pessoas para ela, ela sabia que os comentários e o burburinho continuava, mas tentava ignorar a todo custo.

Depois de mais alguns metros de caminhada a morena chegou a praça onde ficava o logo da cidade, se sentou em um dos bancos de madeira branca e colocou o carrinho de frente para si e sorriu o olhando.

O pequeno lhe estendeu os braços afim de sair daquelas amarras do cinto de segurança.

- Vem vovó. Ela sorriu soltando as fivelas do cinto o pegando em seus braços.

Ele sorriu por estar nos braços dela e é colocado em suas pernas, o bebê apontou a raposa no carrinho e ela a pegou entregando a ele que sorriu.

Algumas crianças estavam ali brincando, umas corriam atrás das outras, já outras brincavam sentadas no chão ou até mesmo jogando bola.

Aquela cena a faz sorrir, e seu sorriso ficou ainda maior quando observou um homem e uma mulher, aparentemente os pais, segurarem a mão de um casal de filhos.

Aquela imagem a faz se lembrar de quando ela e Antônio levavam os filhos para aquela mesma praça para brincarem um pouco fora dos muros da fazenda.

Seus pensamentos são interrompidos por Danielzinho que começou a puxar a manda da blusa dela para ter a atenção da mais velha para si mesmo.

- Que foi benzinho? Ela sorriu o olhando.

O bebê deitou a cabeça sobre o peito dela e suspirou fechando os olhos.

- Tá soninho meu amor? Ela sorriu acariciando os cabelos dele. 

Com o carinho da adulta, o pequeno se aconchegou a ela e encolheu as pernas relaxando em alguns minutos.

A tarde foi caindo e Irene balançava lentamente o bebe em seus braços, percebendo que ele havia dormido e que a hora tinha praticamente voado, ela o colocou com cuidado no carrinho e seguiu caminho de volta para casa.

Por já ser de noite, Irene precisou acelerar os passos pois tinha receio de acontecer algo, estava já na calçada próxima do condomínio de sua casa.

Uma sensação ruim abraçou seu corpo após passar pela pousada, ela não sabia explicar o que era, seu coração se apertou e ela precisou parar, observou a aliança em seu dedo e pensou rapidamente em Antônio, porém, não sabia explicar o porque.

Ficou alguns segundos parada e seguiu novamente, passando os portões do condomínio, a morena quase que correu para casa, adentrando a sala, ela fechou a porta atrás de si e colocou a mão em seu peito sentindo o aperto ainda mais forte por ver todos os três outros moradores da casa em frente a televisão.

"URGUENTE: Doutor Antônio La Selva é baleado dentro de sua própria casa"

Aquelas eram as palavras que estavam estampadas na televisão e a repórter estava de frente a entrada de emergência do hospital central de Nova Primavera narrando os últimos acontecimentos com o produtor rural.

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"𝓔𝓾 𝓷𝓪̃𝓸 𝓺𝓾𝓮𝓻𝓸 𝓶𝓮 𝓓𝓮𝓼𝓹𝓮𝓭𝓲𝓻"Onde histórias criam vida. Descubra agora