Chapter 482 Mundo dos sonhos, um demônio vulnerável em seu próprio território 2

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Arco final Capítulo 482 Mundo dos sonhos, um demônio vulnerável em seu próprio território 2

“Não é possível...” — Huan Shui pensou sendo absorvido pela boca ávida de Lao Shi sugando e beijando seu pescoço, até os estalidos eram como uma música envolvente. — “Ele enterrou toda minha raiva e rancor no mundo real e apenas trouxe minha própria luxúria?...”

Cedendo cada vez mais, ainda havia um fio tênue de resistência.

Huan Shui gemeu entre dentes, os lábios entreabertos e úmidos por vezes suspirantes.

— Qianbei... — O jovem deus tentou dizer, quando era tão difícil ser coerente. — O sonho ainda é como a... Fortaleza vazia... Saindo de uma prisão e entrando em outra...

Seus corpos estavam contra a lateral da ponte e de repente um dos lados dela, parecia nem ter fim.

— A culpa é de quem, criança?... — Lao Shi provocou, as costas de Huan Shui bateram contra a lateral da ponte, suas virilhas roçaram ainda vestidas. — Sua teimosia que torna inviável a sua volta para o mundo real.

Quando ele mordiscou seu queixo, comprimindo suas virilhas numa carícia viciosa, desamarrou seu hanfu num movimento quase hipnótico.

Huan Shui se sentiu ansioso, amaldiçoando seu corpo que formigava, sem esconder que desejava por mais.

— Mas... Qianbei... A culpa é sua... Por essa sua falha...

Podia não estar de posse de seus piores sentimentos, mas o rapaz ainda podia jogar com as palavras usando sua voz mansa e macia:

— Não foi nessa vida que eu me apaixonei por aquele que foi o Divino Imperador...

Claro que Lao Shi não o soltaria por nada, ainda mais tendo o princípio de ereção do jovem deus cutucando inevitável seu corpo.

Contudo, ele não pôde ignorar o leve veneno doce nas palavras.

— Do que Shui está falando agora?

O inquérito veio junto com uma carícia entre as pernas de Huan Shui, que por um momento, escondeu o rosto excitado contra o ombro viril do Duque.

— Houve um renascimento meu... — Huan Shui replicou, a respiração ofegante. — Antes desse... Se Qianbei tivesse me achado, eu não teria me apaixonado pelo Príncipe daquela nação...

As sobrancelhas finas e bonitas de Lao Shi se arquearam num apelo afiado e sombrio e sua mão ergueu-lhe a roupa interna, alcançando um dos mamilos.

— Quem diria... Parece que matar com frieza não foi a única coisa que você aprendeu comigo, não é? Essa criança está tentando me manipular... Isso é mentira.

Suas ereções ocultas pelo tecido fino se esfregaram, a boca atrevida de Lao Shi lambeu e chupou-lhe o mamilo, mordiscando além do provocante a carne que enrijecia em torno da aréola.

Huan Shui gemeu, o calor se propagou por seu corpo e ondulou ligeiramente contra a construção sobre o rio.

Então, subitamente, ele aproximou seus lábios da orelha de Lao Shi e pronunciou palavras inconcebíveis.

Não era o significado delas que carregava o pecado, mas o dialeto.

Tão antigo... Esquecido.

Apenas duas pessoas em toda Face da Terra ainda sabiam conversar nessa língua morta, Bai Wu Xiang até se lembrava como era e Hua Cheng sabia até ler uma palavra ou outra gravada em Tong Lu.

O idioma falado em Wu Yong.

— Lao Shi falhou... Não me encontrou e eu passei a amar outro.

Se acaso a Calamidade tivesse um coração batendo em seu peito, este ficaria louco, pulsaria alucinado como se a carne e os músculos fossem explodir perante a pressão, ao ouvir aquele dialeto pronunciado com perfeição, como um nativo.

Jun Wu - A Terceira Face do Príncipe • Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora