O final da noite surpreendeu Regina andando pela cozinha, de um lado para o outro. Fizera o telefonema a Daniel e avisara o xerife a respeito.Naquele instante, Cody e seus auxiliares deveriam estar a caminho do local da emboscada. Isso, é claro, se Daniel houvesse realmente acreditado que ela havia cedido à chantagem.
A dúvida a estava enlouquecendo.
Robin ao contrário, parecia estar confiante. Sentado em uma cadeira, não perdia seus movimentos.
— Acabará ficando doente se não relaxar — Robin comentou. — Além disso, talvez esteja se preocupando a toa. E possível que eles nem apareçam.
—Só irei ficar bem quando souber que minha filha está bem e segura. Você e Cody deviam ter escolhido um outro lugar. — Ela passou a mão pelos cabelos. O vale que Robin lhe mostrara era muito exposto. Não entendia como o xerife e seus homens poderiam se esconder a fim de surpreender Daniel.
— Nós escolhemos aquele local justamente para que Daniel baixasse a guarda. E ninguém fará nada até que eles tenham reunido o gado dentro do caminhão. Serão detidos apenas quando chegarem à estrada.
— Onde estaremos nós quando isso acontecer? — ela indagou, ciente de que Robin faria todo o possível para impedi-la de participar da operação.
— Cody e eu nos posicionaremos do lado norte da montanha. Quando virmos o bando de Daniel conduzindo o gado, faremos um sinal para os outros policiais. Depois seguiremos o caminhão. Mas não a quero lá, ouviu? Será uma noite longa.
— Eu também quero ir.
Ele se levantou lentamente.
— Se alguma coisa sair errada, poderá haver um tiroteio. Não quero que fique no meio a balas Regina.
— Estarei tão segura quanto você e os outros — protestou. — O que não posso é ficar aqui a noite inteira, imaginando o que pode estar acontecendo.
— É melhor ficar imaginando coisas sob um teto do que sob a escuridão da noite e correndo perigo.
— Eu irei.
Robin se levantou e foi até a pia se servir de uma xícara de café.
Regina o enfrentou.
— Eu também irei, Robin. Se não me levar com você, irei depois, eu não vou ficar aqui esperando.
Embora sua insistência não houvesse convencido Robin, o xerife Cody concordou em levá-la.Ficaram à espreita durante horas. Por volta da uma, ouviram um ruído distante vindo da estrada.
Regina jogou fora o café que estava tomando e se apressou a guardar a caneca. Cody e Robin, no entanto, continuaram bebendo como se nada houvesse acontecido. Os nervos dela chegaram a doer a ouvir o veículo sendo freado.
— Aquilo não me parece um caminhão de transportar cabeças de gado — Robin observou.
— É claro que não. — O xerife riu. — Daniel não se arriscaria a circular com um pela cidade. Parece um caminhão baú comum, mas por dentro está equipado para comportar os animais. Ao menos até alcançar uma distância segura onde possa transferi-los.
Através dos faróis, eles conseguiram ver um homem saltar da cabine e correr para a parte traseira do veículo. Ficaram deitados no chão, as respirações suspensas, quando os faróis quase os focalizaram.
No instante seguinte, o gado começou a acordar e mugir.
Posicionaram o caminhão de ré, em uma curva. Os breques vibraram. O homem em terra cortou rapidamente a cerca de arame farpado e abriu a porta traseira do caminhão.
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Quando te conheci
FanfictionÀs vezes as estradas que percorremos pela vida não são aquelas que sempre idealizamos, as vezes o destino tem dessas surpresas, tem desses tropeços que nos fazem perder completamente as rédeas de nossa estrada. Regina Mills perdeu completamente o c...