Prisoners

Not now it happened

Sophie Young P.O.V

2 de janeiro de 2015

Tudo o que se ouvia eram os meus passos altos no piso preto da delegacia, meus pulsos ardiam pelas algemas apertadas e minha cabeça doía como se tivesse levado uma pancada. Meus saltos ecoavam cada vez mas alto como se cada vez em que eu pisava no chão eu colocava mais força sobre eles.

Mais passos se juntaram aos meus e dois policiais apareceram no corredor escuro em que haviam me deixado.

-Não deveria deixar uma presidiaria sozinha sabia? -Disse com um sorriso safado no rosto e um tom de deboche -Eu poderia ter fugido...

-Então porque não o fez? -Perguntou o policial.

-Tem razão -Sorri.

Um dos meus pés chutaram a barriga de um dos policiais o arremessando contra a parede e ele caiu no chão desacordado. O outro policial se aproximou rapidamente me acertando uma arma na cabeça e eu cai zonza no chão. Ele se virou de costas e disse alguma coisa que eu não entendi mas que mencionava ''Corredor principal''. Estiquei meus pés os batendo na perna do policial e o mesmo caiu batendo o rosto no chão. Me levantei prendendo suas mãos mãos atrás das suas costas e me sentei em cima dele impossibilitando-o de se mover.

-Aprenda policial... -Tirei sua arma de choque presa em seu cinto com dificuldade por causa das algemas -Nunca dê as costas ao seu adversário -Sorri sarcástica e o dei um choque com a arma me afastando dele para que eu não sentisse o mesmo.

Procurei a chave das algemas nos bolsos dos policiais mas não as encontrei. Ouvi um barulho e corri até o fim do corredor, cheguei a porta da delegacia e fui sair.

-Parada ou atiramos! -Ouvi um grito e meus pés pararam. Olhei para trás e haviam quarto policiais apontando a arma para mim. Olhei rápido para porta e dois grandes policiais bloqueavam a passagem e suas grandes armas apontava para mim. Me rendi levantando as mãos algemadas para cima. Eu estava cercada, se tentasse fugir levaria balas nas costas. Um dos policiais me pegou forte pelo braço e foi me puxando com força. Prendi meus pés no chão de birra e ele me olhou com um olhar mortal. Com um puxo forte no meu braço meus pés desgrudaram do chão para que não me deixassem cair de cara no chão. Comecei a caminhar com uma expressão de ódio no rosto, vi ele sorrir vitorioso o que fez meu sangue ferver de vontade de sair dali.

Ele me empurrou para dentro de um quarto pequeno e meu corpo cambaleou. Passei a mão pelo meu braço vermelho do seu aperto. Ele pegou uma chave e tirou as algemas da minha mão pensei em fugir mas ele me olhou com uma cara de ''se fugir você morre''. Ele me deu uma calça laranja e uma regata da mesma cor acompanhados de um tênis branco. Fechou a porta e me deixou no pequeno cubículo. Tirei meu vestido branco manchado de sangue e meus saltos. Esfreguei as mãos pelos pulsos machucados das algemas, peguei as calças as colocando e eram ridículas como todo esse lugar e todas essa gente, a regata apertada ficou um pouco curta deixando um pedaço da barriga de fora e os tênis que ficaram um pouco largos. Bati na porta e o policial a abriu e já tirou as algemas do bolso e as prendeu no meu braço deixando-as um pouco mais largas do que estavam. Sua mão segurou meu braço e vi que estávamos indo para outra sala da delegacia. A sala também era pequena, tinha dois sofás, um filtro de água, uma TV pequena em cima de uma estante e tinha na parede o que eu mais precisava um telefone.

-Você tem direito a uma ligação -Ele disse e me deu uma ficha que parecia com uma moeda. Dessa vez ele não tirou as algemas, ele as deixou e ficou encostado na porta me olhando. Coloquei a ficha no telefone e disquei o primeiro número que veio na minha cabeça a não ser o dele, não iria ligar para ele, ele me abandonou e cá estou eu.

-Alô? -Disse ele através da linha.

-Você vai me tirar daqui não é? -Perguntei e pude ouvir um suspiro.