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Essa fanfic é G!P, se não gosta nem comece a ler.

Essa fanfic não romantiza a gravidez na adolescência.

Valentina Albuquerque

Calafrios, tremores e dor no peito é o que eu sentia no momento, com os pensamentos a mil passo a língua pelos meus lábios secos na intenção de deixá-los menos ressecados enquanto minhas pernas tremem como uma vara bamba prestes a cair, me controlando para não entrar em pânico ou até mesmo vomitar todo o meu café ali mesmo.

- Voltei. Merda Valentina, você me meteu em uma grande furada! - Duda resmunga, entrando na mesma cabine que eu estava, se abaixando em minha frente. - Você não pode surtar agora, me entendeu? Eu quem deveria estar surtando, o moço da farmácia conhece minha mãe e vai achar que isso é pra mim. Pega, faz logo isso.

Ela me estende a pequena sacola de farmácia, me fazendo prender a respiração. Era apenas nós duas no banheiro da quadra, esse o qual tivemos que pular a janela, já que a porta estava trancada.

- Vai Valentina, ela está como uma maluca procurando você pela escola. - A morena disse, provavelmente falando sobre a minha namorada.

Com as mãos tremendo, pego a sacola e tiro de dentro dois pequenos testes de gravidez e um corpinho de plástico que Duda havia trago.

- Não é difícil, você faz xixi no copinho e coloca até a marcação e olha pra ver se tá com dois tracinhos ou não.

- Ok.

Me levanto e abaixo a minha calça junto da calcinha, eu não tinha o porque ter vergonha de Duda, ela me conhece desde que éramos bebê. Faço o que Duda me instruiu e me limpo, subindo a calça novamente.

- Carol está dando um jeito de distrair ela, disse que você vai chegar atrasada. - Duda me informou, apenas assenti, não conseguia pensar nisso agora.

O suor frio escorreu pela minha testa, engoli em seco e limpei as lágrimas que insistiam em descer pelo meu rosto, eu nunca estive tão nervosa quanto agora. Céus, minha vida vai se tornar um caos por irresponsabilidade minha.

- Você não pode ficar assim, tem que se acalmar. Se isso der positivo, saiba que vai mudar sua vida drasticamente. - Falou a minha amiga, apenas engoli em seco e neguei com a cabeça.

- Eu irei abortar. - Murmuro.

- Como? Sabe que é ilegal e não é certo ir em um clínica clandestina, você pode morrer! - Minha amiga murmurou, quis bater minha cabeça contra a parede, eu conseguia parar de pensar.

- Não é certo eu ter um bebê tão jovem! - minha voz sai rouca e com dor, Duda percebe que eu não estou bem e apenas assente, controlando suas palavras.

Já haviam se passado 2 minutos, olho para os malditos palitinhos que diriam se eu estava grávida ou não e vejo os pequenos tracinhos com o resultado.

- Negativo, graças a Deus. - Duda falou, me fazendo respirar aliviada.

Sinto um peso enorme saindo dos meus ombros, meu corpo relaxa e parecia que eu estava em êxtase, como se eu acabasse te der um orgasmo.

- Certo, jogue isso no lixo e vamos embora. E aprenda a usar camisinha caralho, não é possível que terei que monitorar as transas de vocês. - Duda falou, saindo da cabine.

Sorrio feliz, dou de ombros e jogo o teste no lixo, sem me preocupar se teria gente falando depois, ninguém saberia que aquele teste é meu, só geraria um fofoca ou outra que alguém provavelmente diria que era uma aluna brincando com a cara de todos.

Pego a minha mochila e saio da cabine, vendo Duda pular a janela e segurar  para mim. Pulo a janela e corro junto com a Duda para o pátio aonde todos os alunos ficam antes das aulas. Lá vejo a minha morena conversando com Carol , irmã de consideração da minha namorada.

- Amor, você chegou. - Luiza falou feliz, abraçando minha cintura, beijando meus lábios. - O que aconteceu para chegar atrasada?

- Acordei um pouco tarde. - Murmuro, sentindo seus beijos em meu pescoço, suspiro com esse contato.

- Você está com uma carinha de cansada, não conseguiu dormir bem?

Eu não diria a ela que eu passei a madrugada acordando diversas vezes para ir vomitar, ela ficaria preocupada e daria um jeito de me mandar pra casa de alguma forma.

- Só tive alguns pesadelos, nada demais. - Murmuro, beijando seus lábios.

- Hoje minhas mães não vão estar em casa, ou seja, a casa livre para nós. - disse em um sussurro, me fazendo corar e assentir levemente, mordo os lábios envergonhada e olho para o chão.

- Parem com isso, suas cadelas no cio. - Carol falou, espirrando água em mim e na minha namorada.

- Carol! - Duda repreendeu a jovem, que apenas riu.

- Vai dar Duda, tá precisando. Cadê seu irmão Valentina? - Carol perguntou pelo namorado de Duda, meu irmão mais velho que está no terceiro ano do ensino médio.

- Ele ficou dormindo, disse que o despertador não tocou. - Falo, dando de ombros.

- Hoje eu tenho aula de educação física. - Luiza resmungou com um bico manhoso nos lábios, minha namorada é uma pessoa estranha que não gosta de educação física. Fica sentada na arquibancada a aula inteira mexendo no celular.

- Não sei como você tem um corpo tão definido e gostoso sem fazer nada, você é uma preguiça de plantão e tem mais músculos que eu. - Fiz pirraça e ela riu, abraçando a minha cintura.

- Genética Cabello Jauregui. - disse apenas isso, jogando o cabelo para o lado.

Como a namorada boba que sou, solto um suspiro alto com o seu ato, fazendo-a rir e me deixar envergonhada. Iria lhe dar um beijo mas o sinal da escola tocou fazendo eu me assustar e ser acolhida por seus braços.

- Preciso ir, te vejo no intervalo? - Questiono, Luiza confirma com a cabeça e me dá um selinho rápido.

- Tchau meu amor, boa aula. - Falou, indo em direção a quadra.

Céus, eu sou apaixonada nessa menina

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⏰ Última atualização: Nov 25, 2023 ⏰

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