Ten Zombie

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Olhei o passarinho morto no espeto, conseguimos pegar 4 deles com a armadilha, por incrível que pareça

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Olhei o passarinho morto no espeto, conseguimos pegar 4 deles com a armadilha, por incrível que pareça.

— Ah, como o sal faz falta agora... - Resmunguei enquanto mordia a carne da asinha.

— Melhor ter algo que possa forrar o estômago do que não ter nada. - Mayu chupou a carne do osso.

— Rá! - Olhei Mayu e sorri.

— O que foi?

— Você disse algo positivo, que bom ouvir isso.

— Foi um teste, por acaso? - Ela sorriu vendo que eu estava certa.

— Foi, quer dizer, mais ou menos...

Olhei o céu estrelado, e escutei a pequena fogueira estalando.

— Será que estamos indo na direção certa? Não vi mais nenhum carro passar.

— Eu tenho certeza que sim... Não podemos parar agora.

— Eu fico pensando, será que o tio está vivo? - Coloquei os ossos junto dos outros no chão. 

— Você quer tanto assim encontrar ele?

— Você não acha uma boa ideia? Ele pode ser o único que pode nos ajudar a sobreviver.

— Tá bem, mas por onde a gente começaria a procurar por ele? Não podemos nos dar o luxo de caminhar muito, estamos sobrevivendo com tão pouco, Maggie.

— Eu sei... Mas você sabe dirigir.

— Nunca tirei carteira, e não sei dirigir tão bem assim. Não se lembra que já bati o carro do papai em uma árvore? 

— Mas aquilo já faz bastante tempo. E você não precisa lidar com trânsito agora. Já que não tem tanta gente dirigindo agora. Se a gente continuar indo a pé de cidade em cidade, vamos morrer. Nós vamos morrer, e não vai ser uma morte rápida. 

Mayu abaixou a cabeça suspirando. Ela sabia que eu tinha razão. Não sabíamos quanto tempo mais a nossa sorte iria durar.

— Tudo bem, vamos procurar algum carro que funcione, e que tenha as chaves.

— Você não sabe fazer aquelas ligações diretas?

— Claro que não! Sua maluca, acho que você viu muitos filmes.

Cocei a minha cabeça, ela tinha razão. Acho que estou começando a misturar a ficção com a realidade. Depois de apagar o fogo, Mayu me ajudou a escalar uma árvore, ela fez o mesmo sozinha depois. Nos amarramos com uma corda, pra não cair durante o sono, e passamos a noite lá. Até ser seguro descer e continuar a nossa jornada.

(...)

Daqui para frente não teve muita coisa interessante, mal tive tempo de escrever no diário. Mas mesmo se eu quisesse escrever algo, não tinha muito para contar. 

T.W.D - 𝙎𝙩𝙖𝙮 𝘼𝙡𝙞𝙫𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora