Capítulo VIII • DNA

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~ 18 de Fevereiro ~
~ Sábado ~

Fará mais de cinco dias que estou aqui, nesse apartamento novo. ― mas, só no sentido secundário da palavra. Pois, de novo, no sentido primário, esse cubículo não tem nada.

Dabi não me fala muito sobre a localidade onde ele se encontra nessa cidade, com certeza com medo de que encontre algum herói e acabe soltando. Porém, pelo o que observo de uma das janelas que não possui revestimento escurecido, estamos em uma área pacata daqui de Musutafu.

Quase não há carros nas ruas e nem pessoas. É algo pacato mesmo.

Desde que acordei aqui, Dabi só saiu do meu lado duas vezes. Em ambas, ele não me contou exatamente para quê. Só me lembro de, no meio da noite, ser puxada para os seus braços e de fazermos amor com intensidade, até o amanhecer.

Sei que no começo odiei isso aqui, mas... agora, com essa rotina ao lado dele, é impossível não adorar e se sentir mais do que feliz.

Estamos nos resolvendo, aos poucos, e, mesmo após tantos momentos desagradáveis, eu sinto, bem no fundo de meu coração, que Dabi mudou comigo. E mudou para valer.

Estamos sendo um casal de verdade, que se ama incondicionalmente.
Eu sei que estamos.

[ 09:45 A.M. ]
| Ainda naquele apartamento, em seu banheiro |

Faz um bom tempo que eu e Dabi mudamos o real intuito do box desse banheiro.

Não estava muito a fim de transar tão cedo. Já tínhamos feito isso ontem, três vezes, e anteontem, umas quatro. Ou seja, estou cansada e precisando de um tempo para mim, mas, quando eu penso em explicar isso ao Dabi, quando finalmente me sinto segura para um "hoje, não" direto e reto, sou posta de quatro e aí eu não resisto, apesar do cansado extremo.

Como agora. Já gozei umas duas vezes, mas Dabi continua investindo contra mim, com força. Força demais.

Key: ahn... Dabi? ― ele faz de novo e eu mordo meu lábio para conter o grito e as lágrimas. ― a-amor...?

Dabi: shhh. ― morde meu ombro e eu suspiro, aliviada por ele ter dado um tempo. ― ei, me escuta... ― ele sussurra, nem um pouco ofegante. ― eu vou precisar sair hoje, falou? Volto lá pelas 19:00. Esteja pronta, pois vamos sair.

Key: sair? Ah! ― ele me invade novamente, fazendo-me gozar pela terceira vez.

Ele saiu de mim e me virou para si, dando-me um beijo profundo antes mesmo que pudesse recuperar o fôlego perdido há mais de meia-hora. Retribuí o carinho, obviamente, me permitindo ser pressionada contra o azulejo gélido daquele banheiro por um outro corpo. Gemi e sussurrei durante o processo, liberando alguns "eu te amo", já que sei o quanto Dabi gosta disso toda vez que o faço.

Dabi: agora... vai se secar, amor. ― orienta-me, quase ordenando.

Lhe beijei nos lábios, antes de seguir o seu pedido. Dabi se desvencilhou de mim e eu deixei o box, já me enrolando em uma toalha macia posta sobre o apoio externo do próprio.

Reconhecendo que Dabi não sairia dali tão cedo, me sequei, me vesti e segui até a cozinha. Lá, preparei um café reforçado para duas pessoas e organizei a mesa.

Esperava ansiosamente pelo meu amor. Esperava que ele fosse se sentar comigo, como andava fazendo durante esses dias ao meu lado.

Entretanto, sabia que ele sairia daqui a pouco, mas... não faz mal passar um tempinho com a sua mulher, certo?

De Repente, Você. (O Reencontro)Onde histórias criam vida. Descubra agora