O pombo

Prólogo

Sem revisão

03/12/2023

Prólogo

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Estava profundamente ansioso. Minhas mãos tinham leves tremulações e minha respiração por vezes descompassava. Mal acreditava na mensagem que seus tivôs mandaram no grupo da "Casa do Mistério".

Um pombo.

Eu tranquei a matrícula na universidade por causa de um pombo.

Um maldito pombo que libertou Bill Cipher de sua cripta.

E, por mais milagroso que pareça, depois de sua soltura, não houve nenhuma onda de anomalia, o que era estranho, já que por onde Bill passava, deixava um rastro de destruição.

Mabel e eu estamos a caminho de Gravity Falls, quase chegando praticamente. Já nos foi instruído de que provavelmente não encontrariam ninguém na cabana - todos estavam empenhados em achar o demônio -, portanto poderíamos pegar as armas inter-dimensionais separados no nosso quarto e seguir para a floresta.

Isso me lembrou que no verão retrasado os tivôs embarcaram no Stan O'War e fizeram uma expedição por umas 3 semanas. Eu e Mabel ficamos sozinhos. 

É... não deu muito certo.

Fomos perseguidos por uma horda de Leprecórnios implorando para serem mortos, e isso nem foi o pior! Fui alimentar um ganso estranho, que eu já tinha visto no livro do Ford, e esqueci que ele não podia abrir o bico, pois sua cabeça ficava na altura da sua barriga. 

Sim, eu vi suas tripas saindo.

E mais! Parece que alguma onda de esquisitice trouxe fantasmas de categoria 5 para nos assolar, igual mosquitos de verão. Não são difíceis de lidar, porém são do tipo chato e insistente... Em resumo: mosquitos.

A insônia também me atacou. Não poderia nem cochilar, que pesadelos de "como eu quase perdi minha família para um demônio trilateral amarelo de um olho só" aparecem. Pra quem acompanhou de perto já parece loucura, imaginem se eu tivesse uma psicóloga e contasse pra ela? Eu estaria numa sala branca com roupas da mesma cor.

Tudo isso, as vezes, é simplesmente incrível, mas ao mesmo tempo, muito traumático.

- Está preparado Dip-dop? - Ela sorri e me mostra seu gancho de alpinismo adaptado por Ford, que foi a primeira coisa que ela pegou ao chegarmos na cabana.

- Eu sempre estou. - Respondi em igual animação.

Olhei maravilhado para a caneta que eu implorei para o tivô fazer da saga, que eu estava hiperfocado recentemente, Percy Jackson. Apertei para testar e ela se transformou em uma longa e leve espada.

Pegamos um objeto familiar com formato de granada, mas que era, na verdade, uma cela portátil e saímos em direção a cripta em busca de pistas.

Tomamos cuidado ao caminhar pela floresta traiçoeiramente silenciosa, já aprendemos que calmaria é extremamente suspeito por essa cidade. Apesar disso, Mabel tagarelava sobre ter conversado com Pacífica e elas terem combinado de comprar roupas amanhã.

De longe, observei a pedra triangular, mas parecia ter algo diferente ali. Uma parte estava sem grama e bem bagunçado de terra. Nesse momento Mabel ficou calada e, então, nos entreolhamos conversando pela "telepatia de gêmeos".

Decididamente, corremos até o nostálgico lugar que me dava arrepios. Analisamos em partes diferentes e fiquei confuso ao ver que tinha duas frases ali ao redor:

"Um jeito de ser absolvido de seus crimes,

Uma forma diferente, em outro tempo."

Contudo parecia ter algo a mais, pois acima dessa frase tinha zigue-zagues mal feitos na terra, como se tivessem tentado apagar com certa pressa, pois o serviço não havia sido terminado.