Entrando em uma fria | Hyunlix

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felix On:

Três anos havia se passado, e hoje era a minha cerimônia de graduação.

Estar com a família (no caso apenas a minha mãe) e amigos reunidos ao final da cerimônia, me parabenizando por ter me formado, era realmente gratificante, pois eu estava realizando um sonho, ou pelo menos dando um grande passo em direção a ele.

Me divertir bastante estando na companhia dos amigos que fiz no curso, até mesmo com os amigos que fiz fora dele. Surpreendentemente eu acabei fazendo amizade com Chan, o dono da boate que é o irmão mais velho de Hyunjin, e com Jeongin. Ainda morro de vergonha pelo fato de ter ficado com os dois na mesma noite, mas tento disfarçar o meu constrangimento o máximo que consigo na frente deles, principalmente porque os dois agora são oficialmente namorados.

Depois de ter arrumado todas as minhas coisas do dormitório ao qual eu fiquei o último período da faculdade, eu fui até a saída do campus me despedindo de alguns amigos que me paravam no meio do caminho. Sorri quando senti o vento bater contra o meu rosto me dando finalmente a liberdade que eu tanto queria, Minho iria fazer um jantar em comemoração à minha formatura, só para os amigos mais próximos que eu tinha em sua casa, e isso me deixou animado para passar a noite com eles.

Ao chegar no ponto de ônibus eu acabei olhando para o sinalizador que tinha ali, e vi que o ônibus que eu deveria pegar demoraria meia hora para passar, o que me fez bufar em indignação, e me xingando por ter recusado a carona que Chan me ofereceu. Pego o celular de dentro do bolso e vejo que já passava da três da tarde, o que me faz entrar em um breve desespero, pois eu tinha pouco tempo. Se eu ficasse aqui plantado por meia hora, eu chegaria atrasado.

Por isso que sem pensar duas vezes eu aceno para o primeiro táxi que passa na rua e lhe falo o endereço do meu apartamento, e ainda digo que para o taxista que ele deveria o mais rápido o possível, pois era questão de vida ou morte (a minha morte, no caso).

Assim que ele parou em frente ao edifício em que eu morava, lhe entreguei algumas notas de won dizendo que ele poderia ficar com o troco, já estava bem atrasado e tudo devido ao trânsito. Malditos motoristas bêbados que causavam a porra de um acidente nas ruas de Seul, não sabem pedir a merda de um motorista não? Porra! Foi por culpa de um deles que o trânsito acabou ficando engarrafado pelo caminho que o taxista pegou para vim para cá, e agora estou ainda mais atrasado do que antes.

Entrei afobado pela portaria, desejando uma boa tarde ao porteiro já de idade que me cumprimento de volta, e o senhor de idade ainda disse que eu estava ferrado, pois Hyunjin já estava em casa a um tempo, e havia perguntado se eu estava. Choraminguei ao ouvir aquilo e o ancião apenas riu da minha cara de choro, cogitei na ideia de dar a meia volta e ir direto para a casa do Minho, mas desisti no segundo seguinte pensando que iria ser pior para mim.

Respirando fundo, eu me dirigi até o elevador que já estava no térreo, assim que as portas se fecharam eu peguei o cartão passando na máquina de leitura que tinha ao lado dos botões de controle e logo depois apertei o botão indicando o último andar do prédio. Ouvi o barulho que indicava que travava as portas e logo o elevador começou a subir sem parar em outros andares, e cada vez que eu via a luz alaranjada indicando que havia passado um andar, o meu coração ia batendo mais forte contra a caixa tórax do meu peito.

13... 14... 15... 16... 17... 18... 19... 20.

O elevador parou e começou a abrir as portas no meu andar, me fez ficar ainda mais aflito. Dou alguns passos hesitantes, saindo do elevador e arrastando minha mala pela sala, olho para o imenso sofá branco que tinha no meio dela e que ficava de frente para um painel de tom pastel, onde estava uma imensa televisão de setenta polegadas fixada nela.