Cap-Único

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Nanami! A que devo esse prazer?

A porta range ao se abrir, anunciando a chegada de Nanami. É raro que ele veja Nanami durante a semana, especialmente durante o horário escolar. Mais raro ainda era que Gojo estivesse aqui e não em missão.

Não é que ele esteja fazendo algo importante aqui. Ele acabou de voltar de Aomori e deveria estar escrevendo um resumo detalhado e, supostamente, não literalmente chutando os pés para cima da mesa jogando jogos para celular.

— Eu vim com Ijichi para deixar Itadori. —

Ele é um homem com uma missão e contorna a mesa até onde Gojo está sentado. Gojo sabe o que está por vir e tenta não ficar muito tonto.

Gojo empurra a cadeira para longe da mesa para dar espaço a Nanami. Ele para entre as coxas. Nanami o considera por um momento, afastando o cabelo da testa de Gojo e então permanecendo ali.

— Oi — ele sorri, inclinando-se para a mão que acaricia seu cabelo. Se ele for tão terrivelmente honesto quanto adora ser, ele sentiu falta dele. Ele esteve ausente por quase três semanas e sentiu muita falta, mas nada mais do que o tempo de provocação implacável e de qualidade passado entre ele e Nanami.

— Cuidando bem do nosso filho? —

Nanami olha para ele sem expressão. — Ele não é nosso filho. Mas ele está bem. —

Gojo suspira como um pai orgulhoso. Exatamente o que eu esperaria de um Nanami.

Nanami suspira como uma funcionária de um call center. — Por que senti sua falta de novo? —

— Porque sou tão cativante. —

Nanami emite um zumbido neutro que tende mais ao desdém. — Como foi em Aomori? —

— O mesmo de antes. Sem novidades. Agora vamos voltar para você sentindo minha falta. —

Nanami não lhe dá um momento, puxando a cadeira para mais perto dele. — Por favor, cale a boca — , ele diz, segurando o cabelo de Gojo para inclinar a cabeça para cima.

Nanami se inclina, apoiando-se com a outra mão no encosto da cadeira, e Gojo o encontra no meio.

Seus lábios são lisos e Gojo se perde neles facilmente. Ele passa os dedos pela ponta solta e abotoada da camisa, que saiu da calça de Nanami. Ele adora a pele macia de sua barriga e o arrepio que Nanami lhe dá em troca.

Uma cutucada no nariz e sua língua desliza para dentro, uma mão apoiada na nuca de Gojo, puxando-o mais fundo.

Os dedos se torcem no cabelo, enrolando-os em torno dos fios que ele consegue alcançar. É um leve puxão, mas dói perfeitamente. Gojo geme na boca de Nanami, uma corrente quente percorrendo seu corpo.

Os dedos de Gojo seguram com mais força o tecido. Ele quer Nanami muito mais perto do que está agora; quer a largura dele entre as pernas perto de seu colo.

Em vez disso, ele recebe outra mão. Dedos grossos acariciam a lateral de sua garganta. Para cima, para cima eles vão até que a ponta mais longa empurra sua carótida. Gojo sente a leve pressão de sua unha ao longo da barriga macia de sua mandíbula.

Ele quer que sua cabeça se incline mais alto, que o beijo seja ainda mais profundo. Ou talvez ele só queira senti-lo, com a mão espalhada no pescoço como uma tatuagem. De qualquer forma, Gojo não está se movendo, muito confortável aqui, e a mão de Nanami se afasta.

Sua reverência não terminou, porém, e a respiração de Gojo entra na boca de Nanami, roubando um suspiro. As pontas dos dedos percorrem cada canto de sua garganta, apenas explorando. Ele sabe disso. Para Nanami, é apenas mais um lugar em seu corpo que deseja um toque infinito.

Kissing with a fistOnde histórias criam vida. Descubra agora