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Pov S/n
Eram exatamente 18:00 da tarde quando entrei na emissora onde Paolla trabalha. Eu estava tão linda pra fazer algo tão dolorido. Em mim pelo menos era dolorido demais!
Bom,eu conheci Paolla em um barzinho simples,em uma noite linda. No dia,me lembro de falar para minhas amigas que não ficaria com ninguém. Enganada estava eu. Assim que eu entrei no bar,vi uma bela moça,sentada em uma mesa no canto,curtindo a música que tocava,sozinha. Paolla me encantou assim que meus olhos pousaram nela e quando ela se levantou para me chamar pra dançar eu me encantei mais ainda. Ela tinha um papo incrível e nossa conversa fluiu rapidamente. Quando percebi,já estávamos nos agarrando dentro de uma cabine no banheiro do estabelecimento. Na hora eu pensei que estava em um sonho! Até porque Paolla era simplesmente perfeita! Ela tinha um jeito único,era simpática e o principal,ela não me enrolou! Não tinha defeitos! Pois é,foi o que pensei,mas depois de algum tempo ficando com ela,descobri que ela é casada! Isso mesmo,CASADA!
E isso nos leva ao momento de agora!
Eu estava indo colocar um fim em tudo isso. Eu já estou cansada de ser escondida,de ser a amante. Paolla claramente não vai largar um casamento estável pra ficar comigo
Mas eu também não quero me privar de ter algo sério e seguro com alguém porque amo muito ela. Eu a amo mas me amo mais.
Estaciono meu carro e desço do mesmo,indo em direção a entrada do prédio,assim que piso dentro do térreo,Larissa,a secretária,sorri pra mim.
Larissa: veio visitar a senhora Paolla senhorita S/n? - assenti forçando um sorriso,até porque aqui nós somos só amigas muito próximas - vou pedir para avisarem.
S/n: Não precisa lari.- a interrompi rápido. - quero fazer uma surpresa a ela.
Larissa: Que legal dona S/n,acho tão bonita a amizade de vocês duas! Sendo assim a senhorita pode subir.
Agradeço a ela e vou em direção ao elevador.
Assim que chego no terceiro andar,avisto Paolla entrando dentro de seu camarim. A sigo até lá,mas antes de entrar,respiro fundo e me preparo para ser o mais fria possível.
Entrei.
Quando ela me vê,arregalou os olhos e veio até mim fechando a porta,logo atrás de mim.
Paolla: Ei,o que você tá fazendo aqui? - ela fala surpresa com um sorriso enorme no rosto,meu peito se apertou.
Suspiro fundo.
S/n: Quero conversar com você?- ela me olha confusa desmanchando seu sorriso.
Paolla: Sobre o que? - ela me pergunta curiosa, enquanto se aproximava.
S/n: Fica aí, não se aproxima!
Paolla: Que ?? Por quê? Me fala o que tá acontecendo! - ela falou apavorada.
S/n: Eu vim aqui pra colocar fim em tudo que a gente tem. - seu rosto ficou neutro.
Paolla: Não faz isso comigo. - ela sussurrou com a voz embargada tentando se aproximar.
S/n: Paolla,fica aí! Não dificulta mais as coisas por favor.- eu disse também já chorando.
Paolla: Vida,por quê você tá fazendo isso? - as lágrimas já banhavam o rosto dela - me deixa tocar em você s/a.- neguei mais uma vez.
S/n: Fica aí e me escuta Paolla. - ela concordou me olhando atenta e assustada.- quando eu me envolvi com você,eu te coloquei em cima da minha própria pessoa. E eu não vejo problema nisso. O problema é que eu não sou sua prioridade também Paolla. - ela negou
Paolla: Você é sim! Você sabe que é. - ela já falava entre soluços, e isso era como facadas atravessando meu corpo,mas eu tenho que fazer isso.
S/n: Não Paolla! Sua prioridade é seu marido,seus filhos. Sua família caralho.
Paolla: Eu vou me separar dele pra ficar com você! Eu só tô esperando as coisas se acalma-
S/n: NÃO, você não vai se separar dele Paolla! Para de mentir pra você! Para de mentir pra mim...- falei exausta - para! Pelo amor de deus. Quantas vezes você já me falou isso? Eu já perdi as contas. Você não vai se separar dele,sabe por quê? - ela negou chorando mais - porque você tem uma vida pronta com ele! Você tem filhos dele, você criou sonhos COM ELE PAOLLA! - ela se sentou no sofá soluçando - eu tô saindo fora.
Paolla: Não amor... Por favor,não faz isso comigo,não faz isso com a gente.- ela soluçava,seu rosto já estava todo vermelho e inchado.
S/n: Paolla, a gente nunca existiu de verdade.- falei olhando nos olhos dela- a gente nunca nem pôde existir de verdade.
