Melhor Sozinho | One-Shot Guapoduo

Melhor Sozinho

    E lá estava Cellbit, vendo seu amado cantando em cima do pequeno palco enquanto lançava olhares em sua direção.

    Roier havia pedido para o loiro estar presente nesta apresentação, pois era muito importante para o moreno. Um estabelecimento entrou em contato com a banda do garoto, iria ter uma festa de inauguração de um novo estabelecimento que vinha de fora do país. Estavam todos super animados para essa nova fase da empresa e a banda, que ainda não é muito conhecida, ficou extremamente feliz por terem sido chamados.
    Por ser algo tão importante para Roier, quis chamar o Cellbit. Eles não sabiam o que eram, não teve um pedido oficial de namoro, nem nada do tipo, mas tinham a certeza que se gostavam muito. Mas apesar de tudo, achavam bom essa fase de não rotular nada e só deixar acontecer — mesmo que com certeza iriam adorar estar juntos oficialmente.

    O loiro estava no México a trabalho, no começo foi difícil, tanto pelo idioma novo, que por sinal já estava aprendendo bem, quanto por estar longe de sua família que ficou no Brasil. Quase todos os dias ligava para sua irmã e seus amigos para saber como estavam as coisas por lá.
    Durante um dos seus dias rotineiros, ele passou na cafeteria que sempre ia,— eles faziam um café maravilhoso lá — e avistou o aspirante a cantor com sua banda tocando dentro do estabelecimento.
    Já de cara eles viraram amigos. O mexicano era bem receptivo e animado, seria dificil não virar amigo dele — muito menos, mais para frente, se apaixonar.

    Esses sentimentos eram completamente novos para Cellbit, nunca tinha se apaixonado antes, pelo menos, não com essa intensidade.
    Roier tinha realmente cativado Cellbit, que se sentia um pouco perdido no meio de tantos sentimentos. Ele sabia que gostava muito de Roier, talvez o amasse apesar de achar essa palavra muito forte, era o que mais o apavorava.
    Queria chamar o moreno para conversar melhor sobre isso, sobre seus sentimentos. Ter a certeza de que era recíproco, mesmo que sentisse que Roier gostasse dele de volta, não sabia se era na mesma intensidade, se era de fato, amor. Cellbit queria tanto, muito mesmo, mas não sabe confiar. Ainda mais quando seus sentimentos estavam tão em jogo.

    Talvez fosse realmente preciso ter essa conversa com Roier, mas não teria por agora. Era um momento especial e, se fosse para dar tudo errado, daria em outro momento. Não queria estragar uma noite tão especial para o parceiro, ele tinha um carinho enorme pelo mexicano, foi ele que o acolheu da melhor maneira enquanto ainda estava se adaptando a tudo.

    Fazia pouco tempo que o moreno tinha parado de tocar em cima do palco com sua banda. Assim que tinha acabado o show, Roier foi em direção ao homem que estava o esperando desde o início da noite.

  — Ey, gatinho! O que achou do show de hoje?

    Os olhos do mexicano brilhavam. Ele amava o que fazia, isso era um fato. O jeito que ele canta tão animadamente, o jeito que ele parece sentir a música, como ele balançava o corpo junto ao ritmo da música.

  — Fue increíble, guapito. Siempre lo haces bien.

  — Seu espanhol tá muito bom! Melhorou bastante, estou orgulhoso.

  — Tive um ótimo professor, fazer o que né.

    Os dois soltaram risinhos. Roier não sabia se era pelo show, se era aquele espaço que estava cheio de gente, mas estava tão quente.

  — O que acha de sair daqui? Tô cansado, a gente pode ir para o meu apartamento se você quiser. Claro se não se importar, você não precisa ir se quiser.

  — Claro que eu quero. Vamos?

    Roier acena com a cabeça e começa a ir em direção à saída, segurando as mãos de seu par. O apartamento do moreno não ficava tão longe,  e era muito bom andar pelas ruas pouco movimentadas por conta do horário da pequena cidade, que estavam na companhia um do outro.
    Conversaram sobre muitas coisas no caminho, elogios eram soltos por ambas partes. Era bom, como aquilo às vezes parecia um romance adolescente. O sentimento era tão bom, seus corações acelerados a todo momento. A química entre os dois era inegável.
    Ao passar em frente a um mercado, Cellbit decide entrar para comprar algumas besteiras para ambos comerem nessa noite que, para o casal, havia apenas começado. Passando pelo corredor de bebidas o loiro pega um vinho, olhando para o moreno com um olhar de "vamos comprar, por favor?" E é claro que o moreno coloca na cesta junto com algumas outras coisas que pegaram.