*Tec Tec Tec*

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'Manhã'

Às 6:00 horas da manhã, o despertador toca. O barulho ensurdecedor de um galo gritando é o som do toque.

𝑪𝑶𝑪𝑶𝑹𝑶́𝑪𝑶𝑪𝑶𝑶𝑶𝑶𝑶!!!

Ainda com os olhos fechados, Luana desliga quase que imediatamente o alarme

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Ainda com os olhos fechados, Luana desliga quase que imediatamente o alarme. Com preguiça, a menina levanta e vai se arrumar para ir à escola. Escova os dentes, põe a sua roupa de escola junto com um casaco gola alta e um par de luvas, para esconder suas próteses de ferro.
Luana nasceu sem os dois braços, então, sua própria mãe projetou próteses para que a filha pudesse viver de forma independente. As pessoas, por algum motivo, não podem saber sobra isso, por isso ela os esconde.
Enquanto se arrumava, ela começou a ouvir um barulho.

*tec tec tec
tectectec
tec tec tec*

Era um som baixo, distante, quase imperceptível. Porém, foi o suficiente para Luana ouvir.

- Ai! Que barulho chato! - reclamou Luana. - De onde está vindo isso?
Ela olhou ao seu redor, mas nada emitia aquele barulho. Como já estava no horário, ela continuou se aprontando para ir a escola.
Antes de ir tomar café da manhã, Luana passa no quarto do seu irmão para acordá-lo. Gentilmente, ela o acorda com um tapão na nuca.

- AI, GAROTA! - grita Pedro, seu irmão mais novo - Que susto, precisava mesmo disso? Eu já ia levantar.

- Bora logo, cê sabe que a mamãe vai nos matar se a gente se atrasar, né? Anda! - diz Luana, indo em direção a sala.
Pedro afunda a cara no travesseiro, se recusando a levantar.

- Não vai levar, né? Tá bom então...QUEM CHEGAR NA SALA POR, PERDE! - berrou Luana.
O espírito da quinta série se manifestou em Pedro, obrigando-o a levantar e correr também.
Assim que chegaram na sala, ouviram um grito:

- PAREM DE CORRER! EU TO CRIANDO BICHO POR ACASO? - berrou Dona Maria, a mãe dos dois.

- AAAHH NÃO, eu não acredito que caí nessa DE NOVO! - reclamou Pedro, batendo a mão no rosto para de lamentar.

- ALA HAHAHAHA QUE OTÁRIO HAHAHAHA! - Zombou Luana, gargalhando de tanto rir.

- Uma hora dessa os dois correndo e gritando! - broncou Dona Maria, sem gostar nem um pouco da atitude deles.

- Quem começou foi a Luana, mãe. Eu tava dormindo de boa - se defendeu o Pedro.

- Ele que começou a correr igual um maluco, aí eu fui também né. Sei lá, pensei que ele tava querendo comer o café da manhã todo sozinho. Sabe como é né, Preto é fogo.- retrucou Luana, se fazendo de sonsa e alfinetando o irmão.
Pedro se revolta mais ainda.
- Ah, é assim? Bom, o que você acha de trocar o seu café por um ESPELHO!? - refutou Pedro, na mesma moeda.
Luana e Pedro são irmãos de pais diferentes, um é negros e a outra parece ser indígena.

e ambos iniciam uma sessão de ofensas provavelmente criminosas.

- JÁ CHEGA! Vão se adiantar logo antes que eu cometa algum crime de ódio logo de manhã. - diz Dona Maria, tomando o seu cafezinho matinal obrigatório.

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