Vermelho como fogo - Aemond Targaryen

1. Estranhos chamativos.

Quando os monarcas de Tenebris adentraram a corte duas luas após o dia do nome do terceiro filho homem do rei Viserys foi um choque para todos. Tenebris era longe. Ficava situada distante o suficiente para que tudo que a baixa monarquia, que era desprovida de todo o material didático sobre a antiga Valíria, soubesse como um fato era que: A casa Harkness era formada por Valirianos de cabelo vermelho como fogo.

A rainha Alicent estremeceu com a visão de pessoas que batiam com tal descrição. Naquele momento tudo o que percorria pela mente da esposa do rei foi o dia em que ela, em sua mente adolescente e meio embriagada decidiu escrever uma carta para o rei de Tenebris. Descrente que um corvo seria capaz de cruzar sequer o mar, e quem diria regiões tão inóspitas que até mesmo montadores de dragões teriam dificuldade de ultrapassar, conseguiria chegar em seu destino final. Carta o qual tão audaciosamente lia-se:

Vossa majestade e patriarca da família Harkness, ei por meio deste corvo sugerir o matrimônio do segundo filho homem do rei Viserys, o príncipe Aemond, com o de sua primeira filha mulher. Isto claro quando ambos forem de idades apropriadas. Sendo assim, unindo politicamente as duas grandes casas valirianas de montadores de dragões remanescentes.

— A rainha Alicent Hightower em nome da casa Targaryen.

Com essa memória tão vívida a rainha não sabia como reagir. Obviamente mantinha a compostura esperada de uma dama de seu escalão, a coluna reta e uma expressão séria e fria enquanto observava os monarcas de cabelo vermelho cor de fogo em seus trajes de um roxo escuro e detalhes em fios de ouro delicados e reluzentes andando pelas dependências da fortaleza vermelha. Também não sabia o que pensar. Seria a grandeza da casa Harkness tão grande a ponto de ofuscar até mesmo os Targaryen que, segundo os dizeres populares, com seus cabelos prateados e dragões estavam mais próximos dos deuses que da plebe. Não tinha a menor ideia se Viserys se enfureceria com tal visita não requisitada, e ainda mais com a notícia que há tantos anos a rainha Alicent Hightower havia de prometer Aemond, que se mantinha solteiro em caso de guerra ou o surgimento de alguma aliança política incomensurável para a casa do dragão, à uma casa tão distante e notável quanto a casa Harkness, ou se simplesmente ficaria admirado com a grande casa Harkness e feliz por juntar duas casas valirianas em um matrimônio de idade apropriada.

— Rei Marcell, Rainha Edeline e Princesa Ashley da casa Harkness. — anunciou um dos cavaleiros vestidos com a armadura de aço enegrecido do reino de Tenebris.

Se não fosse a maneira formal com a qual andavam, rei e rainha na frente como um casal e a filha atrás, Alicent não saberia diferenciar a princesa da mãe. A rainha Edeline Harkness e seu cabelo vibrante como fogo era jovial, seu rosto abençoado com características suaves, mas ao mesmo tempo exóticas as quais Alicent nunca havia presenciado, apenas ouvido falar sobre dos marinheiros que viajavam para terras distantes. O tipo de lorota divertida a qual nunca se sabe se é uma mentira deslavada para impressionar e entreter as damas entediadas de king's landing ou um fato tão verdadeiramente impressionante que se tornava difícil de acreditar

O rei Marcell era dono de uma beleza tão excruciante quanto sua esposa, apesar da falta do cabelo vermelho característico de um Harkness, substituído por fios cor de ébano tão escuros quanto os dos homens do norte, ainda sim, tinha os tão notáveis olhos violeta de um verdadeiro valiriano, assim como sua filha.

A princesa Ashley herdava a aparência delicada e exótica de sua mãe, com bochechas grandes e rosadas, assim como uma boneca de porcelana, longos cabelos ondulados de um vermelho profundo e os olhos violeta do pai.

Alicent deu um passo à frente, como atual matriarca da família Targaryen, era de sua obrigação saudar tais formidáveis convidados.

— Eu desejo boas vindas à Westeros. Creio que a viagem não tenha sido curta, entretanto espero que tenha sido agradável. Fico feliz em mostrar a hospitalidade da casa Targaryen. — A senhora de westeros deu uma pausa em sua fala, relutante com a pergunta que perdurava em seus pensamentos, não deveria se precipitar em dizer que a casa Harkness se mobilizaria de tal forma apenas por um casamento. Deveria haver outro motivo mais plausível para a visita. — Mas devo perguntar... Qual o motivo pelo qual a casa Harkness nos agracia com a sua presença?