Amanhã é um novo dia.

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Não fazia parte da minha pessoa sair acreditando em qualquer coisa que aparecesse em minha frente. Mas quando estamos desesperados, o mínimo que alimente o nosso sonho idiota, faz a gente acreditar em coisas mais idiotas apenas para buscar um motivo para as coisas que fazemos. E eu era assim, mesmo que renegando no meu interior que não passava de bobagens. Eu não acreditava. Mas fingia. Era melhor que encarar a dura realidade no mundo em que vivemos. Ódio por ódio. Amor por ódio. Ódio por amor. Não passávamos de animais que no decorrer do caminho, acabava se corrompendo mesmo não querendo. Por que o mundo precisava ser tão cruel?

(porque as pessoas faziam dele cruel.)

Porque éramos destinados a sofrer.

Era de manhã por volta das 5:30 antes de me arrumar para escola enquanto eu estava sentada na cama pensando em como gastar meu tempo livre de todos os dias. Não é como se não houvesse nada pra fazer, havia, mas eu só não tinha vontade de fazer algo mesmo que tentasse. Sempre era desanimador e eu não sentia vontade, e fazia questão de invejar em como as pessoas fazem o que eu acho idiota com uma vontade que eu queria ter. Você já sentiu que vive os mesmo dias repetidamente, mas com algumas coisas diferentes? Eu me sentia assim. Era humilhante pra mim fazer trabalhos escolares infantis dizendo qual era a minha rotina. Era humilhante ter que inventar alguma coisa do qual eu não fazia. Era humilhante pensar em cada mínimo detalhe para mentir o que eu supostamente fazia. E era humilhante tentar reagir de um jeito como se fizesse e voltasse pra casa chorando no mesmo dia porque eu não tinha uma vida tão... agitada, quanto os outros. Isso acontecia ainda, mas eu não chorava mais. Depois que sangra, seca. Mas os vestígios ainda ficam lá. E era horrível tentar ignorar a mancha que ficava em você porque você não tinha a menor idéia de como tirar. Que chato, não?

Levanto da cama pegando junto minha toalha que estava na cabeceira dela; frutos da minha preguiça de estender em um lugar melhor.
E caminho em direção ao meu banheiro abrindo a porta e dando de cara com meu espelho enorme. Foi uma decisão minha em colocar logo de cara para porta para eu não esquecer, ou tentar, de quem eu era. De quem eu fui e não sou mais. É um hobby normal eu me encarar todo santo dia naquele maldito vidro e colocar defeitos até eu achar que tenha melhorado algo. E nunca melhorei. Minha aparência era tão sem graça... Eu era tão... Normal? Sim, normal. Não havia traços marcantes ou alguma característica que alguém poderia apontar e dizer que gostava ou notava. Era apenas eu sendo eu. Cabelos encaracolados batendo nos ombros, olhos castanhos escuros em um formato de olhos sem vida e minha pele branca com alguns sinais espalhados.

Eu achava horrível.

Me odiava mesmo que dizia de boca pra fora que era incrível. Era melhor do que aceitar. Fingir sempre foi a minha melhor escolha. Aliviava a dor, por mais que ainda doesse, não era tanto. Pego um pincel em cima da pia; que eu deixei justamente lá por um motivo. E risco um zero imenso no espelho para me lembrar do que eu valia. Um zero. Um nada. Sem valor. Não pode ser somado. Estava apenas ali por estar, porque não fazia diferença alguma. O resultado sempre era o mesmo.

Jogo o pincel dentro da pia e tiro minhas roupas entrando no box logo em seguida, ligando o chuveiro e deixando a água gelada cair em meu corpo. Não me fazia tremer, eu gostava da sensação. Eu poderia me concentrar nas gotas caindo para não pensar. Mas não durava mais que 5 cinco minutos porque tinha que encarar a realidade novamente. A escola.

Não é como se ela fosse um grande problema, eu só não suportava aquele ambiente. Odiava olhar para cara de cada um de lá. Pessoas tão falsas, chatas, hipócritas e egoístas. Mas me obrigava a tentar ser "legal". Mas é tudo por questão de interesse, já que eles passam alguns trabalhos em grupo. Seria um saco tentar achar um sendo a porra de uma solitária no canto da sala que ninguém quer falar.

Enfim, cada um com seus problemas.

Termino meu banho e saio do banheiro deixando um rastro de respingos de água que tomo cuidado para não escorregar. Estava quase na hora de sair, e eu não tinha mais que 15 minutos para terminar de fazer tudo. Já que metade desse tempo eu faço algo para comer, ou nem como na maioria das vezes. Mas ao menos tento pra acabar não passando mal no meio da aula.
Visto meu uniforme, e saio do meu quarto andando pelo corredor escuro; Sinal de que minha mãe não estava em casa. Já que ela deixa tudo ligado quando está em casa. Raramente a vejo, já que ela passa o dia trabalhando assim como meu pai. As vezes esqueço que moro com eles. Se eles lembrarem ao menos meu nome, já é muito.
Enquanto descia as escadas, acabo dando de cara com minha gatinha no final da escada, que estava esparramada preguiçosamente na parede em um sono de dar inveja com sua língua de fora. A imagem era engraçada. Já bati diversas formas dela desse jeito, e nenhuma perde a graça. Espero que ela não tenho consciência pra entender que eu rio toda vez que olhos as fotos.

-Queria estar no seu lugar, Amaya. Ao menos me faça o favor de dormir por mim, tudo bem? - Digo enquanto fazia carinho em seu rostinho peludo com o pé, não recebendo reação alguma.

Era um sono de dar inveja.
Paro de incomodá-la e vou em direção a cozinha abrindo a geladeira em seguida. Não havia muita coisa, a única coisa que era possível ver ali era algumas garrafas de cerveja do meu pai. Fazia um tempo que eu não o via beber, mas dúvido que tenha parado.

Pego uma maça que por milagre estava na geladeira, e me contento com ela mesmo já que não havia muita coisa. Teria que durar. Espero não passar mal, já que não jantei adequadamente ontem.
Desligo as luzes da casa e verifico os potes antes de sair de casa, fechando a porta de casa e começando a caminhar pelo asfalto com algumas poças de água feitas pela chuva de ontem a noite. Seria em cerca de 20 minutos caminhando até meu colégio. Não é tão longe, mas pra uma sedentária, isso é um inferno.

Seria um longo caminho.

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{Bom dia. Boa tarde. Boa noite. Seja o horário que estiver lendo essa história vaga, agradeço por estar aqui de qualquer forma.}

Não é mania minha começar a escrever para diversas outras pessoas verem. De verdade, essa é a minha primeira vez.

Senti vontade de compartilhar algumas das minhas palavras e pensamentos com algumas pessoas, já que estava sem nada pra fazer. E decidi colocar isso em uma garota.

Essa "história", veio calhar pra mim simplesmente do nada. Não é algo muito elaborado, mas por algum motivo, decidi vir aqui compartilhar já que era mais acessível.

Eu particularmente não tenho idéia se vou continuar isso. Talvez eu continue por diversão ou a pedidos. De qualquer forma. Peço desculpas por qualquer erro. Não revisei a história. E estou disposta a aceitar algumas dicas em relação minha escrita.

Tenham paciência. É a minha primeira vez escrevendo algo do tipo.

(Inclusive, a pessoa na foto, é a Harper. Nossa protagonista entre outros.)

Bye bye 👋



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⏰ Última atualização: Nov 28, 2023 ⏰

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